sábado, 31 de janeiro de 2009

Capitalismo está conduzindo a humanidade para uma catástrofe ecológica

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O planeta e a própria civilização estão em perigo


O sociólogo e pesquisador brasileiro Michael Löwy, membro do Conselho Nacional de Pesquisa Científica da França, afirmou ontem que o sistema capitalista está conduzindo a humanidade a uma catástrofe ecológica.

"O capitalismo conduz inexoravelmente à destruição do meio ambiente e aos gases do efeito estufa. A lógica do sistema está na busca pela expansão e acumulação ilimitada dos lucros, sem cuidado e preocupações com o meio ambiente e com o futuro de recursos naturais que hoje nos servem de alimento, como o milho, por exemplo", afirmou Löwy que participa do Fórum Social Mundial, em Belém do Pará.

Considerando sobretudo o aquecimento global e a crise financeira internacional, o sociólogo, que é um dos intelectuais brasileiros de maior prestígio internacional, avaliou, em entrevista à Agência Brasil, que a civilização atual caminha a passos largos rumo a uma outra crise – denominada por ele de "crise de civilização".

"Estamos caminhando a uma velocidade muito grande para uma catástrofe ecológica e a raiz do problema é o próprio sistema capitalista. Partindo desse princípio, consideramos que não é só o planeta, que possivelmente vai continuar existindo, que está em perigo, mas sobretudo a civilização atual, que talvez não sobreviva caso se concretize essa catástrofe ecológica", acrescentou.

Ainda na avaliação de Löwy, uma das alternativas para evitar essa possível catástrofe ambiental é o ecossocialismo.

"Precisamos de um sistema que alie as causas sociais com ecologia e esteja à altura dos desafios do século 21. Lutar por um sistema eficiente de transporte público é um exemplo disso. Fazendo um balanço crítico das experiências socialistas do século passado e dos movimentos ecológicos atuais, poderemos propor esse outro modelo de civilização, que é o ecossocialismo", resumiu.


Redator: Cristóvão Feil

do blog Diário Gauche


Nota do Chicão:

Quando o Bush foi a guerra, seu governo convocou os americanos a irem às compras para financiar a guerra.

Os conservadores brasileiros ficaram maravilhados com a solução.

Esta solução é a alma do capitalismo moderno. Gasto cada vez maior, gasto cada vez maior com supérfluos e extravagâncias.

Isto tem um preço ecológico a ser pago.

A crise americana atual, em grande parte, se dá porque as pessoas estão gastando menos e aproveitando mais o que possuem. Vou dar um exemplo: o sujeito tinha uma raquete de tênis e logo partia para comprar outra. Acabava com várias em casa. A maior parte delas ficava encostada em um canto qualquer. Hoje, com a crise o sujeito que tem uma ou duas raquetes pensa duas vezes antes de comprar a terceira, a quarta, a quinta...

Esta sociedade perdulária e insatisfeita (como todos os que vivem do consumismo) é que financiou, por um período, as guerras do Bush.


Insatisfação: a lógica do consumismo


Consumismo gera frustração


Menos é mais: grupos anti-consumismo ganham espaço com a internet


Consumidores conscientes e a reação dos conservadores



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Quem conhece Rafael Capote?

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Rafael Capote é um cubano que fugiu da delegação cubana durante os jogos pan-americanos e pediu asilo no Brasil.

Hoje ele vive aqui no Brasil.

Veja a notícia abaixo:

"Cubano refugiado estréia em Praia Grande - tv transmite jogo ao vivo

PRAIA GRANDE / SP (LCS) – O cubano Rafael Capote, que abandonou a delegação de Cuba durante os Jogos Pan-Americanos do Rio, em julho, vai estrear em solo brasileiro..."

leia mais aqui

Ele desertou, pediu asilo político e ficou no Brasil.

Dias depois da deserção dele, dois boxeadores desertaram. E desistiram de desertar. Pediram para voltar para seu país.

Os fatos foram acompanhados pelo ministério público e por representantes da OAB do RJ.

O governo cubano mandou um jatinho (emprestado pela Venezuela) e eles foram embora.

5 cubanos pediram asilo e ficaram no Brasil.

Quem quis ficar, ficou.

A grande imprensa, sem compromisso com a verdade, tenta de todas as formas mudar a realidade, para encaixar aos seus interesses econômicos, políticos e ideológicos.

Naturalmente, usam e abusam da mentira e da enganação porque seus leitores aceitam as mentiras passivamente.

Leiam este comentário ao Blog do Luis Nassif:

"adorei a resposta que o ministro da Justiça deu ao Seidenberg ontem na CBN, algo mais ou menos assim

Seid… - mas ministro, o BRASIL não deu asilo pros cubanos

Genro - demos asilo, pelas nossas leis, a 5 cubanos que pediram ASILO

Seid…- sim, mas e os boxeadores ?

Genro - você queria o que? …eles não pediram …pediram pra ir embora… diante da OAB quiseram ir embora …você queria que eu desse voz de prisão a eles ?

pronto !!! …FIM DE PAPO"


Rafael Capote vive no Brasil.

O técnico de ginástica artística Lázaro Ramíres também obteve asilo no Brasil.

TODOS QUE SOLICITARAM OBTIVERAM O ASILO NO BRASIL.

TODOS OS CUBANOS QUE SOLICITARAM ASILO AO BRASIL DURANTE OS JOGOS PAN-AMERICANOS FORAM ACOLHIDOS PELO NOSSO PAÍS.

TODOS.

TODOS, SEM EXCESSÃO.




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A goela aberta dos que querem tudo

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BRASÍLIA – Não demorou a aparecer o melhor termômetro para aferir o acerto das medidas adotadas quarta-feira pelo presidente Lula, aumentando investimentos públicos, ampliando o Bolsa-Família, a merenda, o transporte escolar e confirmando o aumento do salário mínimo. Foi significativa a febre de que se viram acometidos os megaempresários, protestando contra o aumento de gastos públicos, apesar dos cortes de custeio no orçamento da União, anunciados antes. Ontem, estrilaram a mais não poder através de suas associações corporativas e de seus porta-vozes amestrados.

Para eles, é dever do Estado utilizar recursos do Tesouro para ajudá-los a sair do sufoco, desde os já liberados aos anunciados 100 bilhões que o BNDES distribuirá. Trata-se, porém, na singular visão da plutocracia, de demagogia e de desperdício destinar dinheiro público para minorar as agruras dos mais pobres, criar empregos em meio à onda de dispensas e governar para o andar de baixo.

Note-se que o governo também não deixou de contemplá-los, com a esdrúxula revogação, em menos de 24 horas, das iniciativas que restringiriam importações e criariam barreiras alfandegárias para proteger o interesse nacional.

Numa palavra, não tem limites a goela aberta das elites, felizmente não todas. Querem salvar-se com benesses públicas, mas não se dispõem a ceder em nada, como exemplifica sua intransigência em, mesmo recebendo bilhões, recusarem o compromisso de interromper as demissões em massa.

E estão indo além, nacional e internacionalmente: no Fórum de Davos, o que mais se ouve é que os governos devem salvar a economia mundial com seus recursos, mas sem regulamentar o sistema financeiro e estarem preparados para cair fora ao primeiro sinal de normalização.

Carlos Chagas /Tribuna de Imprensa


Nota do Chicão:

Existe uma questão histórica que é sede incontrolável de poder por qualquer grupo humano que seja a "elite" de uma sociedade.

Na idade média, não bastava todos os poderes dos senhores feudais. Alguns exigiam ser o primeiro "a dormir" com as donzelas. O problema não é apenas eles quererem. Se não houve uma revolta dos "seus subordinados" que deveriam entregar suas filhas é porque eles davam um jeito de justificar.

Este ato de justificar é a ideologia. Ela é capaz de justificar tudo na mente de quem permite ser dominado.

Pode ter certeza de que naquela época existiam pais que levavam suas filhas para serem desvirginadas e achavam aquilo correto, justo, etc.

Não há dominação da elite sem que os "outros" a apoiem.

No Brasil, a classe média e a pobre são mestres em considerar que o discurso da elite é a favor da sociedade.

Não, não é.

É favor dos interesses dela. E o interesse é aumentar seu poder, aumentar sua capacidade de manter o dinheiro em suas mãos.

A discussão sobre a carga tributária é simbólica. Estamos em janeiro. Todos que possuem veículos auto-motores estão recebendo o IPVA. Carros, motos, jatinhos... Opa! Jatinho não paga IPVA...

O sonho dos donos das grandes mídias é que eles se auto-regulem. Ou seja, o poder fica com quem tem dinheiro, tem o negócio. Democracia? Para o quê?

O que é auto-regulação? Eles são donos, eles decidem, a justiça não pode dar pitaco, eles ficam impunes e, por fim, se houver alguma dúvida eles reúnem e tomam a decisão final.

Você acredita que o Silvio Santos vai decidir o que é melhor para o Brasil? Você acredita que os donos da Globo tem melhores condições, inclusive morais, de decidir que você?

Pense bem. Para dominar, a elite precisa do apoio da sociedade.


Distribuição de renda e emprego para os filhos da classe média


Consumidores conscientes e a reação dos conservadores


O sonho da classe alta e a insensatez da classe média


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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Funcionalismo público, números.

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A Miriam Leitão escreveu: "O governo Fernando Henrique reduziu em cem mil o número de funcionários". É verdade. Ela só esconde onde aconteceram estas reduções. Vou dar exemplos: não houve NENHUM concurso para contratação de professores para as escolas técnicas federais durante os 8 anos de FHC. Professores que morriam, aposentavam ou pediam demissão não eram repostos ou fazia-se contratos com alguns "professores" indicados por políticos, radialistas, etc.

No cálculo dela uma escola técnica ficar SEM professor é algo bom. Melhora os números. É bacana. No cálculo dela estes "professores" contratados por indicação de "amiguinhos" não entram como funcionários públicos, pois de fato não são, são é amigos de radialistas, vereadores, filhos de Vips desempregados. O problema, para ela, são os professores concursados e com currículo adequado dando aula (são estes que pioram os números e geram o inchaço da máquina).

Não é só professor que faltava nas escolas técnicas. Faltavam técnicos, pessoal de apoio, etc. As escolas ficaram detonadas, o ensino piorou, mas as estastísticas do TOTAL de funcionários públicos ficou melhor.

Outro bom exemplo foi o que aconteceu aqui em SP na apreensão de cocaína pela PF na era FHC. A suposta droga ficou guardada pois não havia perito para analisa-la. O traficante foi solto, mas as estatísticas da Miriam leitão ficaram BEM MELHOR.

O governo Lula, CORRETAMENTE, contratou dezenas de milhares de professores e pessoal para as escolas e universidades. ISTO É BOM. Mas, as estatísticas da Miriam Leitão ficaram bem piores. Segundo ela: o Lula está inchando a máquina...

A polícia federal está muito mais eficiente, programas sociais enormes foram criados, agências reguladoras (que quase não tinham recursos humanos para tabalharem) foram estruturadas, etc.

Mas, a principal contratação do governo Lula, fora os professores e pessoal de segurança, foi decidida pela JUSTIÇA que considerou ilegal a quantidade de terceirizado que havia no governo FHC. Ou seja, substituiu terceirizados por funcionários concursados. Na realidade não aumentou. Substituiu a mando da justiça (decisão da justiça é para ser cumprida).

Pense bem: você quer escolas com ou sem professores?

O governo FHC não fez concursos. No estado de São Paulo faltam professores na maior parte das escolas estaduais. Mas, as estatísticas são lindas...

Opa! As estatísticas de São Paulo NÃO são lindas. São escondidas... ESCONDIDAS.

lEIA ABAIXO DO JORNAL DE BRASÍLIA:

"Planejamento explica números

O Brasil contava, em agosto de 2008, com 1.007.226 servidores ativos civis e militares da União. Este é o quantitativo de servidores federais ativos do Poder Executivo da administração direta, autarquias e fundações, bem como do Banco Central do Brasil, Ministério Público, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista dependentes.

O número foi confirmado ontem pelo Ministério do Planejamento, que está preocupado com informações veiculadas de que o quadro de servidores do setor público brasileiro é inchado, em especial no Governo Federal, e particularmente no governo Lula. Na avaliação do ministério, os dados não corroboram essa tese.

Quando contabilizados apenas os servidores civis do Poder Executivo Federal na ativa, chega-se a 533.434 servidores. É verdade que a trajetória de redução no quantitativo de servidores federais ativos, iniciada em 1990, foi interrompida em 2003. Mas o quantitativo de 2008 é semelhante ao total de servidores civis do Poder Executivo Federal ativos em 1997 (531.725) e consideravelmente inferior aos 705.548 ativos de 1988.

Menos que Estado de São Paulo

Levantamento do Ministério do Planejamento comparou a trajetória do quantitativo de servidores do Poder Executivo com a do estado mais rico e mais populoso da Federação, São Paulo. As trajetórias são semelhantes, pelo menos na última década. ... o fato de o Estado de São Paulo ter um quantitativo de servidores ativos SUPERIOR ao de servidores civis do Poder Executivo Federal.

O crescimento do quantitativo de servidores de São Paulo SUPEROU os 12% na década, com grande CONCENTRAÇÃO no período 2003/2008. Na mesma década, a elevação no quantitativo de servidores federais foi inferior a 4%, destacando-se o período 2003/2008, com aumento de 9,82%.

Prioridades

Por fim, o Ministério do Planejamento destaca que os desafios assumidos pelo atual governo implicam NECESSARIAMENTE em aumento do efetivo. Cita, por exemplo, a estruturação da rede federal de educação profissional; a ampliação de vagas e cursos na universidades federais, a substituição de terceirizados IRREGULARES; estruturação das agências reguladoras e do sistema de defesa da concorrência; ampliação dos programas sociais; reforço aos òrgãos de controle, fortalecimento da Polícia Federal; e ampliação dos quadros do ciclo de gestão. Essas são as justificativas do Ministério do Planejamento para as 200 mil contratações realizadas pelo Governo Federal na era Luiz Inácio Lula da Silva


Nota do Chicão:

O governo federal fez algo bom, construiu vários presídios de segurança máxima. Como eles vão funcionar sem pessoal?

O governo federal já construiu ou está construindo dezenas de escolas técnicas. Como colaca-las para funcionar sem pessoal? As vagas nos cursos de técnicos federal vai mais do que dobrar. Escolas exige muitos funcionários... (o que piora as estastísticas da senhora Miriam leitão).

Não digo aqui que não existam funcionários relápsos, baixa produtividades, áreas ineficientes com má organização e gestão. Existem e existe muito. É preciso melhorar muito. Cobrar mais dos funcionários públicos, desburocratizar, etc.

Há muito o que melhorar.

O que eu digo é que números são um PERIGO. Em mãos erradas podem causar "estragos" pois, como demonstrei, um vilão como o FHC pode virar mocinho.

É só deixar escolas sem professores, polícia sem peritos e policiais, etc, que podem bater no peito e dizer: eu diminuí o número de funcionários públicos.

Cuidado, pessoas como a Miriam leitão não tem o menor compromisso com a realidade.

Tanto é que não colocam JAMAIS o "inchaço" em São Paulo realizados pelo Alckmin e o Serra.





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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

É assim que se combate o racismo

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No auge da fama da Xuxa muitas crianças negras perguntavam para suas mães quando iriam ficar brancas.

Xuxa, Angélica, Eliane, etc... eram todas loirinhas, como se o Brasil fosse uma filial da Suécia.

As crianças negras viam a propaganda de bonecas loiras de olhos verdes.

Estas crianças cresceram sem referência nenhuma do que é ser negro que não fossem pessoas simples e em posições sociais humildes. Traduzindo, negros apareciam na Tv em programas sobre criminalidade ou apareciam na vida das crianças como cozinheira, motorista de ônibus ou como um vizinho pobre e sem estudos que nem seus pais.

Os mais ricos somente cruzavam com negros quando estes trabalhavam em serviços simples ou quando os "incomodavam" pedindo coisas ou andando por onde "não deveriam".

Palavras bonitas não competem com fatos concretos. De que adianta alguém falar que os negros merecem respeito e depois ficar com medo quando vê um grupo deles andando na rua?

Não adianta nada.

A melhor forma de combater o racismo é ajudar os negros a "crescerem" econômica e culturalmente. Mais educação e mais oportunidade de estudos e empregos (empregos "bons").

Eu já disse e repito. Obama só foi eleito porque ANTES os americanos se acostumaram com negros comandando as forças armadas do país, com negros médicos cuidando de brancos em hospistais, com negros juízes, promotores, etc. Este fato só possível de ser realizado em curto espaço de tempo por existiu as políticas de cotas (as políticas de ação afirmativas).

Veja agora que bela a notícia abaixo:

"Deu na "New York" e ecoou no Blue Bus que as agências publicitárias americanas "lutam para se ajustar à nova era, em que as pessoas mais admiradas da América são uma família negra". Agentes buscam modelos (acima) que lembrem as duas filhas de Obama". Folha de SP

Certamente as crianças americanas negras não perguntarão mais para suas mães, como as brasileiras: quando é que eu vou ficar branca?

Não perguntarão porque terão muitos e bons exemplos de pessoas como elas em posição social de relevância.

E as crianças de outras raças poderão admirar negros que não sejam esportistas ou artístas.

E vai chegar um tempo em que a cor das pessoas serão o segundo (ou terceiro) plano de suas vidas.

Neste dia a sociedade humana estará vivendo muito melhor.




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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Quem manda no Brasil são os brasileiros

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Ano passado, quando a França se recusou extraditar para a Itália um membro de um grupo de extrema esquerda Italiana todos os ministros italianos ficaram quietinhos.

Ficaram uns anjinhos.

Ficaram caladinhos.

Isto porque na França seriam tratados na "ponta da botina". Francês nenhum aceita que um estrangeiro venha reclamar de uma decisão de seu país.

Quem manda no Brasil somos nós brasileiros. Que fique claro isto.

Estrangeiro nenhum pode reclamar de nossas decisões.

É justo a oposição reclamar, que os brasileiros esbravejem, que os jornais brasileiros façam campanha contra o asilo de tal Battisti.

Italiano não!

Italiano tem que ficar caladinho.

Ainda mais este país FDP que não quis mandar o bandido do Cacciola de volta para o Brasil.

Leia o que os pilantras dizem: "as promessas de investimentos no País também se multiplicavam ... Em Roma, a embaixada brasileira recebeu até mesmo empresários interesses nos projetos do PAC, em especial na construção do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro".

Avisa os jornais do Brasil que já passou o tempo em que o Brasil precisava ficar de joelhos implorando investimento estrangeiro.

O Brasil é um país economicamente bom. É muito melhor investir aqui do que na Itália. Tanto é que o Brasil recebe MUITO mais investimento estrangeiro que a decadente Itália.

Se eles não quiserem investir não farão falta.

Aliás, a FIAT poderia ir embora do país. Certamente entraria em falência se fizesse isto. Isto mesmo, o grupo FIAT (um dos maiores da Itália) só sobrevive graças a seus negócios no Brasil. Por isto eles estão quietinhos.

Por isto é bom estes italianos babacas ficarem calados.

Quem manda no Brasil são os brasileiros.

Quando um brasileiro falar sobre o Brasil o italiano tem que ficar de bico fechado.

Eu tenho orgulho de defender meu país.

Ajude o Blog do Chicão a divulgar esta mensagem por todo o Brasil.




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Liberdade de imprensa?

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A esmagadora maioria dos jornalistas da mídia corporativa diz com a boca cheia de orgulho regurgitado: “Uma imprensa que precisa da ajuda governamental para sobreviver jamais será livre.”

Concordo em parte, afinal, a BBC esta ai para contrapor a tese!

Este blogueiro diz: “Uma imprensa que precisa da ajuda das grandes corporações para sobreviver jamais será livre.”

A grande mídia corporativa brasileira depende de pouquíssimos grupos econômicos e para piorar confunde-se com o bando endinheirado!

do blog Brasil Brasil


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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Números, revista Veja, ideologia e educação

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Com números é possível você provar quase tudo. Alguns meses atrás a manipuladora revista Veja fez uma reportagem que vai entrar para a história do mau jornalismo. O título era: " a falácia da decadência americana".

Ou seja, quem fala dos EUA em decadência está mentindo, segundo os gênios da Editora Abril.

Agora a revistinha Veja está iniciando mais uma campanha: Lula perdulário.

Faz parte desta campanha uma entrevista com o economista, "especialista" em contas públicas, Raul Velloso.

Vamos ler uma parte da entrevista:

"O governo brasileiro vai elevar para 103 o total de adidos no exterior, com salário de até 37 000 reais. Também planeja admitir até 50 000 novos servidores. O que o senhor acha dessas contratações?

Elas deveriam ser imediatamente suspensas, assim como deveriam ser renegociados todos os reajustes de servidores aprovados no fim do ano passado. Historicamente, em início de mandato, há restrição de contratações e de aumento salarial do funcionalismo. Com o passar do tempo, os governantes cedem às pressões políticas e aos lobbies dos sindicatos dos servidores. Os presidentes perdem a força, ficam menos austeros. Abrem as comportas. Essa é a regra. Mas agora as comportas se abriram demais. O governo perde a cada dia sua disposição de reduzir os custos da máquina pública".

Eu sou adépto da máxima: governo "bão" é governo pão duro. Ou seja, cabe ao governo ficar o tempo inteiro pensando onde pode economizar.

Economizar para quê?

Para gastar. Gastar onde é mais importante.

O que é mais importante? Educação.

A IMENSA MAIORIA das contratações autorizadas serão de novos professores e de pessoal para trabalhar em escolas técnicas e universidades.

Considero isto um gasto fantástico e importantíssimo.

Aliás, isto é gasto a ser SUSPENSO somente na cabeça de minhoca deste Raul Velloso.

Na minha cabecinha isto é INVESTIMENTO em educação.

Imagine só: o governo federal está fazendo algo muito legal. Está construindo dezenas e dezenas de escolas técnicas. Centenas de milhares de adolescentes vão estudar nelas.

O que os cabeças ocas da Veja e do "economista" querem? Que as escolas fiquem fechadas por causa da crise?

A crise, no Brasil, vai reduzir o crescimento. No resto do mundo ela está detonando.

A grande vitória do atual governo foi justamente ter equilibrado a economia e agora, no meio de uma das maiores crises do capitalismo, o Brasil está sofrendo bem menos.

Para quê que o governo vai equilibrar a economia?

Para poder investir.

Investir aonde? Investir em asfalto?

Eu prefiro que ele invista em educação. E investir em educação obriga o governante a CONTRATAR muita gente.

O economista poderia dar outros BONS exemplos de economia. Por exemplo: poderia preconizar a diminuição dos gastos com propaganda. Poderia nomear o péssimo exemplo do governador José Serra. Em 2008 ele já havia aumentado MUITO a verba para propaganda. Agora em 2009 ele AUMENTOU mais ainda. E diminuiu verbas para manutenção das escolas.

Certamente o "corajoso" economista não tocou no assunto. Ele sabe que se tocasse no assunto eles arranjariam outro "especialista" para dar entrevista.

Leia trecho da reportagem do Jornal Brasil de Fato:

"Ano que vem a publicidade DOBRA, o transporte terá MAIS dinheiro, e a educação, MENOS. À primeira vista, é isso que salta aos olhos de quem lê o Projeto da Lei Orçamentária do Estado de São Paulo para 2009, proposto pelo governo José Serra à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Atendo-se à publicidade, o governo tucano terá a sua disposição R$ 313 milhões para o setor de comunicação social no ano que antecede a eleição para presidente. Quase o dobro do valor de R$ 166 milhões gastos neste ano nessa área".

O Serra governa de olho nos números. Por exemplo: investir em educação o obrigaria a contratar professores (incluive substitutos). Investir em asfalto não obriga governante nenhum a contratar pessoal.

Hoje no Brasil é ótimo investir em asfalto. Construtoras dão dinheiro para campanha política, professores não dão.

O político faz concessão de estrada e o BNDES banca o dinheiro para a obra. O político aparece como um grande gestor e a população fica com os pedágios.

Nas estatísticas jamais é contabilizado se nas escolas tem material didáticos, se as aulas são realmente dadas e se há professores naquelas escolas.

Para se encaixar no pensamento ideológico dos cabeças de minhocas da Veja e do economista Velloso uma das piores coisas que o governante pode fazer é investir em educação.




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domingo, 25 de janeiro de 2009

Duas formas de “avaliar” o PAC

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O PAC representa menos de 30% dos investimentos do governo federal. Mesmo assim, sendo uma ação muito bem articulada, envolve números enormes: 503 bilhões segundo o Contas Abertas ou 636 bilhões segundo a revista Veja.

A pouca boa vontade destes dois informantes com os números do governo federal é notória. Mas, o site Contas Abertas é MUITO mais profissional.

Abaixo você lerá a avaliação dos dois e a minha avaliação em letra maiúscula.

Contas abertas:

"É importante ressaltar que os valores citados referem-se apenas ao “PAC Orçamentário”, ou seja, aquele cujas obras podem ser acompanhadas no Orçamento Geral da União (OGU) por meio do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Os investimentos privados e das empresas estatais não são contabilizados no sistema de receitas e despesas da União. Assim sendo, dos R$ 503,9 bilhões previstos para serem investidos nos eixos do programa entre 2007 e 2010, apenas R$ 67,8 bilhões fazem parte do OGU, e são passíveis de monitoramento no Siafi. (ESTA É UMA DIFERENÇA QUE DEVE SER LEVADA EM CONTA. PAC ORÇAMENTÁRIO E EXTRA-ORÇAMENTÁRIO. UM EXEMPLO DISSO É A CONSTRUÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA QUE É FEITO ATRAVÉS DE CONCESSÃO NÃO ONEROSA DAS LINHAS).

Assim, considerado apenas o “PAC Orçamentário”, foram executados, até agora, apenas 28% dos recursos previstos para os projetos e atividades do PAC tocados pelo governo federal. Para atingir a meta anunciada quando do lançamento do Programa será preciso, portanto, gastar os demais 72% nos próximos dois anos.

Segundo o último balanço global do PAC divulgado em outubro pela Casa Civil, 83% das ações da principal política de infra-estrutura do governo federal estão em ritmo adequado, 5% indicam situação de atenção e que apenas 1% é preocupante. Desde o início do PAC até setembro, foram concluídas 190 ações, o que configura 9% do total de obras. Foram finalizados 86 projetos de logística, 103 de energia e um na área social-urbana. Segundo o comitê, 59% das ações estão em obras, 20% em licitação e 12% em situação de projeto ou licenciamento. (PARA CONSTRUIR UMA ESTRADA GASTA-SE MUITO TEMPO COM OS PROJETOS E LICENCIAMENTOS - AS VEZES ATÉ MAIS TEMPO NESTA FASE DO QUE NA FASE DE CONSTRUÇÃO. O MAIOR VOLUME DE DINHEIRO É GASTO NA FASE DE CONSTRUÇÃO. PORTANTO, É NATURAL QUE OS GASTOS COMECEM PEQUENOS E VÃO AUMENTANDO À MEDIDA QUE OS PROJETOS SÃO FINALIZADOS E INICIA A ETAPA DAS OBRAS).

http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=2527


Revista Veja

PAC O programa empacado (SEMPRE O NEGATIVO, REPAREM)


O próprio governo reconhece que o PAC está longe de atingir seus objetivos ambiciosos. ... (LONGE É 2010)

Há dois anos, quando foi lançado, o Programa de Aceleração do Crescimento, batizado de PAC, chamou atenção pela exuberância de seus números. O mais ambicioso projeto do governo prevê, até o fim do segundo mandato do presidente Lula, investimentos públicos e privados em energia, transporte e infraestrutura urbana no valor total de 636,2 bilhões de reais, cifra superior ao PIB da Argentina. Com seu nome sonoro, o PAC também tem um inegável apelo eleitoral. O presidente Lula deu incontáveis provas disso no ano passado, ao chamar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, sua candidata ao Palácio do Planalto em 2010, de "mãe do PAC". Na semana passada, porém, a divulgação de um balanço produzido pelo próprio governo revelou que o PAC empacou. De acordo com os dados oficiais, transcorrida metade do prazo para sua execução, o programa só alcançou 15% da meta. Se continuar nesse ritmo, será concluído apenas em 2019, quase uma década depois de encerrada a administração Lula. Assim como a maternidade do PAC deu fôlego à candidatura de Dilma, um eventual fracasso poderá deixar a ministra a pé na próxima eleição presidencial. (UM EVENTUAL FRACASSO... OBSERVE BEM: SE O PAC TERMINASSE COM 80% DE SUA META CONCLUÍDA JÁ SERIA UM SALTO MONUMENTAL NO PAÍS. O BRASIL TEM QUE PENSAR GRANDE E LUTAR PARA VENCER OS DESAFIOS).

A principal razão para o fiasco parcial do programa é a meta aparentemente inexequível. Investir 636,2 bilhões de reais em quatro anos exigiria a formidável combinação de um cenário econômico pujante, um estado eficiente e ágil, agências reguladoras com credibilidade e crédito abundante para os investidores privados – tudo o que não existe atualmente. Além disso, licenças ambientais necessárias para começar uma obra levam anos para ser concedidas. Mesmo quando são aprovadas, muitas vezes o Ministério Público Federal consegue paralisá-las na Justiça. (O BRASIL TEM QUE LUTAR, BATALHAR. LEMBRE QUE 59% DAS OBRAS ESTÃO EM ANDAMENTO) Também falta racionalidade. Enquanto reluta em conceder licenças para hidrelétricas, contribuindo para o atraso do PAC, o Ibama libera a construção de usinas termelétricas, que poluem mais o ambiente. Diz o economista Pedro Krepel, diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo: "O governo tenta tapar o sol com a peneira ao estabelecer essas metas. É preciso separar o que é sonho do que é possível fazer. Existem coisas que não dependem apenas de competência ou vontade política". (REALMENTE, É NECESSÁRIO LUTAR. NÃO PODE DESISTIR, É ASSIM QUE SE CRIA UM GRANDE PAÍS. UMA DAS METAS DO PAC É DEIXAR PARA O PRÓXIMO PRESIDENTE, SEJA QUEM FOR, UMA QUANTIDADE FORMIDÁVEL DE OBRAS TERMINADAS, OBRAS EM ANDAMENTO E PROJETOS PRONTOS. A IDÉIA É QUE A PARTIR DO LULA O BRASIL SEJA "UMA FÁBRICA" DE PROJETOS E OBRAS. ENQUANTO UMA OBRA É FEITA, UM PROJETO É DESENVOLVIDO, E ASSIM POR DIANTE).

Não há sinal de que será possível recuperar o tempo perdido nos próximos dois anos. As incertezas que cercam o futuro na economia podem ser fulminantes para o PAC. Isso porque a participação do governo no programa parece não ir muito além do caminho político com a sua criação. Apenas 15% dos investimentos previstos serão feitos com dinheiro do Tesouro. (ISTO SE CHAMA PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO. CONSEGUIR FAZER MAIS COM MENOS. TODOS QUEREMOS QUE NOSSOS IMPOSTOS SEJAM BEM UTILIZADOS. É ISSO O QUE O REPORTER DA REVISTA QUER ESCONDER - SE CONTAR PARA OS LEITORES ELE PERDE O EMPREGO.)

A imensa maioria do investimento, uma bolada de 538 bilhões de reais, precisaria ser desembolsada por empresas privadas e estatais. Ainda que a ministra Dilma Rousseff consiga manter intacto o orçamento do governo para o PAC, e usar a alavanca do Fundo Soberano e do FGTS para arrecadar recursos (veja a reportagem), é certo que haverá perdas significativas (É PROVÁVEL. MAS, NÃO PODE DESANIMAR, TEM QUE LUTAR). A Petrobras, responsável por 35% dos investimentos do programa, só pretende divulgar neste mês o seu plano de negócios para 2009. Com a queda do preço do petróleo e a tormenta mundial, a empresa vem enfrentando dificuldades de liquidez – e é quase certo que terá de cortar gastos. (A PETROBRÁS ESTÁ AUMENTANDO OS INVESTIMENTOS E APROVEITANDO PARA PEDIR DESCONTOS, O QUE VAI BARATEAR ALGUNS INVESTIMENTOS) "A capacidade de investimento e a existência de crédito para que as empresas possam gastar com o PAC são as duas principais incógnitas do momento. Isso é o que pode definir o sucesso ou o fracasso do programa", afirma Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). (ISTO É VERDADE. GRAÇAS A DEUS QUE O GOVERNO SEMPRE AGIU EQUILIBRADAMENTE. HOJE ELE ESTÁ TENDO QUE LUTAR PARA TER RECURSOS, ENQUANTO EM OUTROS TEMPOS JÁ ESTARIA QUEBRADO).

O empacamento do PAC certamente torna o caminho de Dilma rumo ao Planalto muito mais acidentado. (ESTE É O PANO DE FUNDO DO ARTIGO É O QUE INTERESSA PARA A REVISTA. POR MAIS QUE O PAC SEJA VITORIOSO, A REVISTA VAI FALAR COISAS HORRÍVEIS. O SONHO DELES É ELEGER O SERRA, QUE GASTA UMA FORTUNA EM PROPAGANDA E DIMINUI INVESTIMENTO EM ÁREAS DA EDUCAÇÃO).

... Dilma, portanto, depende dos investimentos do PAC para decolar. Ela vai ter de trabalhar muito neste ano". Disposição não é obstáculo para a ministra. Já a falta de dinheiro... (O PRÓPRIO PAC JÁ É UMA FORMA DE FAZER MAIS COM MENOS RECURSOS. JÁ É VITORIOSO...)

GOSTARIA DE REALÇAR ALGO IMPORTANTE: O GOVERNO FEDERAL, DESDE 2003, INVESTIU PESADO NO BNDES. INVESTIU EM RECURSOS HUMANOS, REORGANIZOU O BANCO, PROFISSIONALIZOU, "ARRANJOU MUUUUIIITTOS BILHÕES" PARA ELE EMPRESTAR. ESTAMOS AGORA COLHENDO OS FRUTOS DESTE TRABALHO. AS CIDADES E ESTADOS ESTÃO FAZENDO CONCORRÊNCIAS PARA ESTRADAS, SANEAMENTO E OUTROS. QUEM ENTRA COM O DINHEIRO PARA AS OBRAS? O BNDES. TER RECURSOS PARA EMPRESTAR E FINANCIAR É UM DOS PRINCIPAIS MOTORES PARA TERMOS UM PAÍS MELHOR.






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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A boquinha do Alckmin e a distribuição de cargos do PSDB

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“Jogada de mestre”, ” liderança”, “capacidade política” e “demostração de unidade”; este e outros foram os comentários que acompanharam a nomeação de Alckmin secretário de Serra.

Nada de “prêmio de consolação”, “emprego”, “boquinha” e outros epítetos que acompanham nomeações de políticos do PT, mais ainda quando foram derrotados nas urnas, como foi o caso de Alckmin.

Porque Serra que a mídia pratica duas atitudes opostas?

Recentemente a Folha nos brindava assim:

“Pressionado, Lula terá de acomodar petistas sem emprego após eleições”


“Ex-prefeitos de Belo Horizonte, Recife e Diadema querem ficar na vitrine para 2010″

Hoje, o registro é outro:

“De olho em 2010, Serra dá a Alckmin secretaria em SP”


“Ex-governador comandará pasta do Desenvolvimento”

“Reaproximação dos dois tucanos fortalece Serra no âmbito nacional como o nome do PSDB à sucessão de Lula no próximo ano”

O derrotado candidato a presidente, que passou de favorito à prefeitura a eliminado já no primeiro turno, ganhou o picolé do “desenvolvimento”. Ganha Serra, dizem os articulistas repercutindo assim os autoelogios prodigados pelos próprios tucanos.

Assim a Folha, no artigo consagrado ao assunto, dá a palavra aos envolvidos:

“Venho para somar, unir e trabalhar”, disse Alckmin, que reconheceu o favoritismo do governador paulista. “Se da própria eleição presidencial, na qual Serra desponta como importante candidato, não é hora de se tratar [desse assunto], imagine da eleição estadual”, disse, após ter sido questionado se concorrerá ao Bandeirantes.
Segundo Serra, a escolha pode funcionar como antídoto contra sua imagem de “desagregador”. Embora negando divergências internas, o governador afirmou ainda que, “para o público externo, existe a imagem de fissura partidária”.

“É um fato político importante. Um sinal de maturidade e grandeza de Serra e Alckmin, que certamente será bem aceito, não apenas pelo PSDB, mas também pelos paulistas em geral”, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O que pensa a oposição sobre esta nomeação? Nenhum jornal nos informa a respeito.

Mas porque deveriam os opositores aguar a alegria tucana? LF


Do blog do Luis Favre


Nota do Chicão:

Note bem os termos usados em cada "reportagem" do mesmo jornal. O Prefeito de BH é chamado de desempregado. Jamais este jornal associaria o ex-governador Alckmin a um desempregado em busca de uma boquinha.

Voltando ao texto do Luis Favre: "“Jogada de mestre”, ” liderança”, “capacidade política” e “demostração de unidade”; este e outros foram os comentários que acompanharam a nomeação de Alckmin secretário de Serra.

A manipulação da mente das pessoas se inicia com a escolha das palavras empregadas. Preste bem atenção neste detalhe, pois o uso das palavras não é aleatório.



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Bem vindo, Obama, o novo presidente conservador dos EUA

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Não se iludam. Obama é conservador e imperialista. Seu governo será assim, salvo agradáveis surpresas.

Todavia, fico super feliz que seja ele. Não é ligado à indústria do petróleo e flerta com a "agenda verde".

Ele carrrega em si um simbolismo. O simbolismo da importância da luta dos movimentos sociais para mudarmos o planeta.

Os negros lutaram. Conseguiram direitos. Mais do que direitos, conseguiram gerar leis que deram APOIO ESPECIAL. Foram várias dessas leis, a mais visível são as cotas de emprego e de estudo.

Antes de votar em um negro, os americanos brancos foram atendidos por médicos negros. Foram auxiliados e orientados por advogados negros. Foram amparados por enfermeiras e assitentes sociais negras. Tiveram negros na Suprema corte. Tiveram negros em altos postos militares.

Só depois que eles acostumaram a "ver" os negros como capazes é que um fenômeno como o Obama foi possível.

Um dos shoppingcenters que mais vendem no Brasil fica em Campinas. É o shopping Iguatemi. Um dia eu estava lá atoa e resolvi percorrer suas lojas. Nada de negros trabalhando lá (como vendedores e muito menos como gerentes). Em dado momento eu encontrei com uma conhecida que tem loja neste lugar a muitos anos e comentei com ela minha observação. Ela confrmou e disse: "as pessoas tem medo de perder vendas se colocarem um negro como vendedor ou gerente. As pessoas associam negros a lugares populares".

Eu faria diferente, mas não a critico. Eu reflito. Se tivesse cotas de empregos para negros, todas as lojas seriam obrigadas a contratar e aí os racistas se acostumariam a ser atendidos por negros em "lojas finas".

Seria uma benção para estes racistas. Ter a oportunidade de superar o preconceito é realmente uma benção.

Por isto, a política de cotas para negros e pobres em geral deve ser vista como um benefício para a sociedade TODA.

Para aqueles que, como eu, acreditam na importância da evolução do espírito eu digo: ninguém leva calça de marca para o plano espiritual. Mas todos levam para o plano espiritual o que cultivam de valores, crenças e sentimentos. E o racismo, mesmo que enrustido, é algo péssimo para se cultivar.

Leia abaixo o texto do Elio Gaspari:

... Não há apenas um negro na Casa Branca, até porque o pastor Thomas Robb, diretor da Ku Klux Klan, já informou que ele "é só metade preto".

Os negros americanos liquidaram a fatura. O presidente é negro. O procurador-geral também, bem como a embaixadora nas Nações Unidas. O trisavô de Michelle Obama foi escravo numa plantação de arroz. Os netos da geração que marchou (ou não) nos anos 60 tornaram-se parte da elite americana. Susan Rice, a embaixadora na ONU, é sobrinha neta de Vernon Jordan, que em 1961 era um jovem advogado e escoltou a primeira estudante negra admitida por ordem judicial na Universidade da Georgia.

A meia hora de caminhada da escadaria onde Obama tomou posse está guardado um par de mocassins com os saltos tipo anabela quase completamente comidos. Durante dez anos, aqueles sapatos ficaram em algum canto da casa de uma professorinha negra de 25 anos, mulher de um militante que tomara 125 cadeias por conta das encrencas de Martin Luther King. Eram a um só tempo coisa velha e memorável. Um dia veio-lhe a ideia de oferecer os mocassins ao Museu de História Americana. E lá estão eles, com a informação: estes foram os sapatos que Juanita Williams usou na Marcha de Selma.

Em março de 1965, Barack Obama ainda não completara 4 anos, viviam em Selma (Alabama) 15.000 negros, mas só 156 deles podiam votar. Uma primeira marcha andou seis quarteirões e acabou a cacetadas. Não adiantou. Duas semanas depois os negros marcharam por 80 quilômetros, durante cinco dias e quatro noites. Eram 300 na partida e foram 25.000 na chegada, na capital do Estado.

Os sapatos de Juanita eram um pedaço da história dos Estados Unidos e ela percebeu. Depois de Selma o presidente Lyndon Johnson pôs fim às chicanas eleitorais contra os negros...


Nota do Chicão:

Reflita sobre esta frase:

"Uma primeira marcha andou seis quarteirões e acabou a cacetadas".

Muitos destes homens e mulheres foram presos e indiciados por desrespeito as leis.

Se fosse no Brasil a associação de juízes os teriam incluído na lista suja das eleições.

Por isto é muito bom tomar cuidado com esta idéia de lista suja. Pois quem arregaça as mangas e luta contra a injustiça comumente tem algum problema com as leis.

No mundo todo é assim.

No Japão, dois ativistas ecológicos estão sendo processados porque filmaram e fotografaram a farsa que é a "pesca científica" das baleias. Entre outras coisas eles mostraram a carne da beleia sendo embalada, algo bem comercial e nada científico.

Tomem cuidado!

Viva a AÇÃO DIRETA!



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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Sabesp e o fator 2010

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É importante prestar atenção no que está acontecendo com a Sabesp.

O presidente Gesner de Oliveira é uma espécie de operador do PSDB, incumbido de ações mais sofisticadas. Ele foi encarregado de articular, no CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico), a aprovação da fusão Brahma-Antárctica, um dos mais obscursos episódios da história do direito econômico brasileiro.

Aliás, quem puder trazer o parecer dele, como presidente do CADE, avalizando a fusão, ajudaria a entender um pouco a maneira como ocorreu o processo político de concentração empresarial no país.

Coube a ele investir em uma campanha publicitária nacional milionária, para uma empresa com atuação estadual. Houve uma piora em todos os indicadores de resultados da empresa, no último balanço. Além de contratos jurídicos e de prestação de serviço de valor elevado.

Agora, ele está ameaçado de prisão por falta de providências na melhoria do saneamento em Guarujá.

Pode ser uma sucessão infeliz de episódios, que não comprometa a empresa definitivamente. Pode ser uma processo de degradação mais grave.A Sabesp tem um corpo profissional de alto nível. Tomara que consigam resistir a esse processo.

Do Blog do Luis Nassif




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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Viva a transparência pública!

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"Governo não consegue disciplinar uso de cartão

Um ano após crise, meio de pagamento ainda é usado em compras não-emergenciais

Portal da Transparência aponta gastos com aluguéis em sequência de carros, restaurantes de alto padrão e loja de time de futebol" (Folha de S. Paulo)

A reportagem continua com o exército, aeronáutica e uma universidade federal justificando os gastos efetuados.

Que maravilha!

Procurar no computador da sua casa e saber de que forma o dinheiro foi gasto o dinheiro público é muito importante.

Quem sabe como foi usado o dinheiro do estado de São Paulo? E do governo de Minas Gerais? E do governo do RJ?

Ninguém sabe. Está tudo escondido, bem escondido.

Em todos os países existem pessoas que estrapolam as leis e existem situações excepcionais.

Uma outra reportagem já havia indentificado um professor que faz pesquisa científica no interior da floresta amazônica que havia sacado dinheiro com os cartões. Um caso excepcional.

Os jornais descobriram olhando pela internet. É público, é para todos.

Naturalmente falta que a justificativa dos gastos sejam colocados na internet conjuntamente com o valor, local e data da compra.

Porque a transparência pública é tão importante?

Justamente para todos possam saber onde e como foi gasto o dinheiro público. Assim é mais fácil inibir a corrupção, o desperdício, a desorganização e proteger o honestos.

A função da sociedade civil é ajudar o governo a fiscalizar e usar os dados para propor melhorias.

A manchete do jornal é uma vitória para o povo Brasileiro e para o governo federal.

Não se deixem iludir por interesses econômicos e políticos: a menchete do jornal é uma vitória para o povo Brasileiro e para o governo federal.

Transparência pública: esta é uma das principais ferramentas de cidadania que existe.

Os governos estaduais e municipais deveriam seguir o bom exemplo do governo federal.

O governo federal precisa ampliar e aperfeiçoar a transparência pública.



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Carinho é mais importante do que sexo?

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Manchete de jornal: carinho é mais importante que relações sexuais para quase a metade das mulheres.

A manchete poderia ser assim: mais da metade das mulheres preferem sexo a carinho.

Sexo é um ato limitado no tempo. Carinho é a permanência.

Só um tolo não cultiva a permanência. Só um bobo NÃO cultiva a permanência do que é bom.

Sexo é fantástico. Tanto é que a imensa maioria dos homens preferem e mais da metade das mulheres também preferem.

Quem tem carinho antes tem mais tesão, curte melhor.

Quem tem carinho depois do sexo mantém o estado de extase e prolonga a satisfação.

Portanto, o carinho, a gratidão, a benevolência são grandes estimuladores do sexo e perpetuadores da vontade de transar.



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Microcrédito pode acabar com a miséria

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Um estudo da Universidade Federal do Ceará (UFC) revelou que as pessoas com acesso ao microcrédito tiveram mais chances de escapar da miséria, informa a Agência Sebrae de Notícias.
"O estudo é de dois pesquisadores do Centro de Pós-Graduação em Economia, o Caen. E diz que quem teve acesso ao microcrédito aumentou em 40% a possibilidade de sair da pobreza", relata o professor da UFC, Márcio Correa.

O microcrédito é um empréstimo de baixo valor concedido em grupos para ajudar pequenos empresários a começar uma atividade econômica, ainda que na informalidade.

O instrumento de concessão de financiamento surgiu em Bangladesh, um dos países mais pobres da Ásia, quando, nos anos 70, o professor de economia Muhammad Yunus emprestou uma pequena quantia para mulheres fabricarem cestas de bambu.

Os juros baixos e a pequena inadimplência fizeram os empréstimos prosperarem. E as empreendedoras melhoraram de vida. Em 2006, Muhammad Yunus ganhou o Prêmio Nobel da Paz pela iniciativa.

No Brasil, o Banco do Nordeste, que atua na área de apoio ao desenvolvimento, detém a maior fatia do mercado de empréstimos da modalidade. Os bancos privados de maior porte ainda ignoram o segmento.

"Os bancos comerciais preferem deixar o microcrédito para os bancos oficiais porque é caro fazer o modelo operacional com um nível de adimplência adequado", explica o superintendente de Inclusão Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Ricardo Ramos.

(Pequenas Empresas Grandes Negócios)


Nota do Chicão:

Dar oportunidade para as pessoas. Esta é uma das principais responsabildiades de uma sociedade justa e moderna.

Alguns aproveitarão as oportunidades, outros não.

Fazer o dinheiro e a instrução chegar até as camadas mais populares é o desafio.

Vale a pena este esforço, seja sob a forma de cotas, de microcrédito, de bolsa família, de Prouni, etc.

Vale a pena do trabalho das milhares de ONGs.

Na minha região uma ONG criou um cursinho pré-vestibular que desse aulas para alunos carentes, a preço acessível.

Ontem eu vi a propaganda deles. Vários destes alunos, que cursaram a escola pública e são de família de classe média baixa e pobres, entraram em escolas públicas de qualidade.

Ou seja, muitos agarram com unhas e dentes as boas oportunidades.

Os bancos privados não se esforçam pelo microcrédito. Alguns dirão: o dono do banco é que decide, o banco é dele e ele faz o que quiser.

Sim, o dono do banco é que decide. Todavia, o mercado interno brasileiro é "propriedade" dos brasileiros que devem regular o acesso a ele. Para usufruir do direito de usar deste mercado interno eles DEVERIAM ter várias responsalidades. Infelizmente não tem. Entre estas responsabilidades deveria estar fornecer microcrédito para os mais humildes e correr o risco.

Quem não quiser fornecer o microcrédito deve se retirar do mercado brasileiro. Ou seja, o dono do banco faz o que quiser com a sua empresa e nós brasileiros fazemos o que queremos com o nosso mercado interno.

Lembre deste texto quando os conservadores fizerem campanha contra as empresas estatais.



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sábado, 17 de janeiro de 2009

Indústria de alimentos corta propaganda para menores de seis anos

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A partir deste mês, diversas indústrias alimentícias multinacionais presentes no país começaram a adotar regras mais rígidas na publicidade dirigida ao público infantil, informa a repórter Cristiane Barbieri, em matéria publicada na Folha.
Entre as determinações, não haverá mais nenhum tipo de propaganda ou atividade de marketing para crianças de até seis anos. Nesse caso, as campanhas serão dirigidas a seus pais. Já para os maiores de seis anos, as informações transmitidas enfatizarão o uso de dietas balanceadas e saudáveis.

A iniciativa, que entra em vigor agora, foi tomada após a assinatura do termo de compromisso europeu EU-Pledge, em 2007, cuja intenção é fazer com que as empresas se comuniquem de forma mais responsável com as crianças.

Onze empresas assinaram o compromisso, entre elas, Nestlé, Coca-Cola, PepsiCo, Danone, Kellogg's, Kraft, Unilever e Burger King Europa.

Do UOL


Nota do Chicão:

É uma boa notícia. É o reconhecimento básico que a propaganda pode ser muito prejudicial às pessoas.

Não é o bastante. Numa sociedade democrática a auto-regulação é secundária. A sociedade democrática se baseia em leis e normas que devem ser cumpridas por todos.

Imagine você se as normas que regem a qualidade dos pneus de carros fossem de adesão voluntária. Você ficaria tranquilo em colocar um pneu no seu carro?

Auto-regulação é a forma que os mais poderosos possuem para resguadarem para eles próprios o direito de decisão e a CERTEZA DE IMPUNIDADE.

Os conservadores no Brasil sempre tentaram desqualificar a luta que setores da sociedade fazem, por exemplo, contra toda e qualquer propaganda de bebida alcoolica. Outro dia lançaram um manifesto dizendo que a propaganda não faz ninguém tornar alcoolatra.

Qualquer besta sabe que a propaganda busca induzir o consumo de um certo produto e de uma certa marca. Portanto, a propaganda é peça fundamental para se conquistar mercado, inclusive de bebida alcoolica. Ou seja, é incentivo para as pessoas beberem.

Nosso país não precisa deste tipo de incentivo. Algumas empresas precisam deste dinheirão todo. São jornais, revistas, artistas, publicitários, etc.

Como sempre, em todas as decisões democráticas, alguns perdem e outros ganham. A proibição de TODA propaganda dirigida para crianças e adolescentes menores de 18 anos e a proibição de toda propaganda de bebidas alcoolicas é fundamental para uma sociedade saudável (todos ganham).

Para evitar que a democracia possa limitar as propagandas, os conservadores lançaram dois lemas: a livre manisfestação comercial e a auto-regulação.

São duas formas de dizer: quem decide somos nós, todos poder está em nós e vocês não podem dar palpite em nada.

Já denunciei várias vezes que os grupos de mídia fizeram uma aliança com os setores atrasados do meio rural para apoio mútuo. Este apoio mútuo se chama a grande aliança conservadora. Ele significa a busca de mais poder, dinheiro e certeza de impunidade.

Saiba o que é a grande aliança conservadora

Cabeça de deputado e a aliança conservadora

Amigos protegem amigos. A grande aliança con$ervadora.




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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O tamanho do setor madereiro na Amazônia

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Setor madeireiro da Amazônia é 3,5% do PIB

Por Chico Araújo, da Agência Amazônia


Atividade gerou 232 mil empregos diretos e indiretos em 2004 na região e outros 147 mil fora da Amazônia.

Mesmo responsável por uma fatia considerável dos 11.986 quilômetros desmatados ano passado na Amazônia, o setor madeireiro na Amazônia é o maior empregador industrial e um dos que mais arrecadam impostos. O bom desempenho da atividade põe o Brasil na condição de maior produtor e consumidor mundial de madeiras de florestas tropicais.

Em 2004 o setor gerou 124 empregos diretos e outros 108 mil indiretos, além de mais 147 mil empregos indiretos fora da região. A atividade ainda proporcionou uma renda bruta de US$ 2,3 bilhões, com 3.132 empresas distribuídas em 82 pólos madeireiros. O valor das exportações também saltou entre 1998 e 2004. Passou de US$ 381 milhões para US$ 943 milhões, segundo o Plano Amazônia Sustentável (PAS). O plano é uma carta de boas intenções para a Amazônia que o governo federal lançou ano passado.

O setor de mineração, por sua vez, investiu R$ 14 milhões na região, mas com baixo benefício para a população local. A mineração geração cerca de 14 mil empregos e a maior parte das renda gerada é direcionada para as regiões mais desenvolvidas do Brasil ou do exterior, com efeitos positivos mínimos nas Amazônia.

Enquanto isso, as cadeias de produção diretamente baseadas em produtos florestais madeireiros representam 3,5 do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e 6% das exportações no ano de 2006. Naquele ano o setor arrecadou mais de R$ 4,2 bilhões e impostos e gerou 6 milhões de empregos direitos e indiretos no País. A atividade é aquecida por sua ligação direta com alguns setores estratégicos da economia — a siderurgia, as indústrias de papel e celulose e a construção civil.

Exploração sustentável

A intensa procura pela madeira da Amazônia torna a atividade madeireira uma das atividades econômicas mais importantes e tradicionais da região. Devido a esse fato, a forma de retirada de madeira evoluiu. Saiu do sistema arcaico e predatório para a produção em bases sustentáveis mediante planos de manejo em várias áreas da Amazônia. O sinal de alerta para essa mudança foi declínio nas grandes regiões produtoras de madeira no leste paraense e no centro-norte mato-grossense.

Em 2005 a produção extrativa regional de madeira em tora totalizou 14,4 milhões de m³, o correspondente a 83% da produção nacional. Esse patamar foi superior aos dos anos 90, quando a produção regional, mesmo maior — entre 35 e 45 milhões de m³ de toras —, representava entre 75% e 80% da produção do País.

Segundo dados do IBGE de 2005, os principais estados produtores são Pará (9,9 milhões de m³), Mato Grosso (1,7 milhão), e Rondônia (1 milhão). No ano anterior, mais de 70% da madeira em toda explorada na Amazônia foram oriundas de áreas de terceiros e o restante das próprias empresas: 28% vieram de pequenas propriedades; 31 das médias e 41% das grandes. Cerca de dois terços a três quartos da madeira saíram de floresta nativa e o restante, oriundas de planos de manejo.



(Envolverde/Agência Amazônia)

Grilagem de terra no Brasil é uma festa

Irmã Dorothy e o crime organizado dos grileiros e desvastadores da amazônia

Leis que beneficiam a grilagem

Desmatamento e grilagem é coisa de gente grande

Serra e a grilagem em são paulo



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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

GM lança carro elétrico em escala comercial

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Em meio à maior crise da sua história, a indústria automobilística americana deu ontem o pontapé para fazer o consumidor americano andar em carros elétricos daqui a um ano. O presidente da General Motors, Rick Wagoner, anunciou ontem, no segundo dia de apresentação do salão de Detroit, a a construção da primeira fábrica de baterias para veículos no Estado de Michigan, sede da companhia nos Estados Unidos.

As células das baterias da GM serão fornecidas pela LG Chem, do grupo coreano de produtos eletrônicos. O primeiro carro elétrico do mercado que a GM quer lançar no final de 2010 terá autonomia de apenas 64 quilômetros, depois de uma carga de três horas em uma tomada de 240 volts.


Jon Lauckner, vice-presidente da companhia responsável pelo projeto desse carro, chamado Volt, disse ao Valor que 60 quilômetos é a média que o americano percorre diariamente.


O preço do veículo é ainda uma incógnita. Mas a indústria automobilística já conta com os bônus prometidos pelo governo. Segundo Lauckner, o consumidor que comprar um carro elétrico vai ganhar um desconto no Imposto de Renda que variará de US$ 4 mil a US$ 7,5 mil. Ele diz que no caso do Volt, o abatimento chegará a US$ 7,5 mil.


Além da fábrica de baterias, Wagoner também anunciou ontem a construção do maior laboratório de pesquisa do produto do mundo, que também será construído no estado de Michigan. A instalação terá 3,25 mil metros quadrados. Além disso, a GM também fechou um acordo com a tradicional Universidade de Michigan para a criação de um curso específico de engenharia em baterias.


A indústria automobilística está, portanto, criando até uma nova especialização profissional para fazer o carro que não depende de gasolina funcionar. Mas está numa encruzilhada porque o interesse pelo carro movido a baterias cai à medida em que o preço do petróleo cai. "Se o valor do barril continuar baixo será um problema para o projeto do carro elétrico", afirma Lauckner.


Mas como essa indústria também tem um compromisso com o governo de direcionar a mobilidade para produtos menos agressivos ao meio ambiente, todos crêem estar no caminho certo.


Lauckner lembra, porém, que há um longo caminho a percorrer. O carro elétrico será lançado num grau de desenvolvimento tecnológico muito abaixo dos modelos que hoje usam combustível fóssil. Falta ainda reduzir preço e peso das baterias, o que só pode vir por meio da produção em alta escala, como nos aconteceu com notebooks, compara Lauckner.


"Precisaremos dos mesmos cem anos que levamos para desenvolver o carro de hoje para ter um no mesmo nível movido a eletricidade", afirma o executivo.


Mas, na primeira fase - entre 2010 e 211 - os carros movidos a eletricidade serão uma novidade apenas para americanos, japoneses e parte dos europeus experimentarem. Os projetos desses veículos são sofisticados. Por isso, países emergentes como o Brasil estão excluídos. Segundo Jim Press, presidente mundial da Chrysler, em algum momento os países emergentes também receberão carros elétricos. "Não podemos deixá-los de fora porque é neles que o mercado cresce", disse.


A Toyota apresentou ontem, no salão do automóvel, a terceira geração do Prius, o carro híbrido (movido a gasolina e eletricidade) que se tornou a vedete desse segmento. O Prius foi lançado em 2000 e 1,4 milhão de unidades já foram vendidas em todo o mundo. O Prius representou metade das vendas de veículos híbridos no ano passado.


Segundo pesquisa da consultoria J.D.Power, nos Estados Unidos 62% dos consumidores de novos veículos estão considerando a compra de um modelo híbrido. No ano passado, 50% dos entrevistados haviam citado a intenção de ter como próximo automóvel um que funciona também com baterias.

Valor Econômico - 13/01/2009


Nota do Chicão:

Este é um bom paliativo.

O grande salto virá com a nuclearização das cidades. Onde as pessoas possam ter por perto o trabalho, estude e lazer.

Esta reorganização significará tirar milhões de carros de circulação.




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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Orçamento do Ministério da Educação aumenta em R$ 9 bilhões e é o maior de sua história

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Com o maior orçamento de sua história, de R$ 40,5 bilhões, cerca de R$ 9 bilhões a mais do que no ano passado, o Ministério da Educação começa 2009 com uma série de desafios. Caberá à pasta manter a complementação da União ao ensino fundamental, por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), e oferecer ajuda extra aos Estados para uma renovação e expansão do ensino médio, atualmente em crise.

Além disso, o ministério precisa ainda manter a expansão das universidades federais, que duplicaram vagas e abriram novos campus, colocar em funcionamento um sistema de formação de professores e promover a criação de novos centros tecnológicos.

Para tudo isso, a proporção de gastos entre o ensino básico e a educação superior, atualmente em R$ 6,50 para R$ 1 - ou seja, a cada R$ 6,50 gastos no sistema de universidades federais e centros tecnológicos, R$ 1 é destinado para ensino fundamental e médio - será mantida.

O objetivo a médio e longo prazo, no entanto, é reduzir esses valores, chegando a um equilíbrio maior de investimentos. Segundo o ministro, o dado mais concreto da execução orçamentária deste ano é a complementação ao Fundeb, que atingirá R$ 5,2 bilhões, dez vezes mais do que a média dos últimos anos do Fundef (o fundo que existia anteriormente e tinha como meta a expansão do ensino fundamental).

Os novos câmpus federais deverão consumir cerca de R$ 16 bilhões e as escolas técnicas devem receber R$ 2 bilhões.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Nota do Chicão:


Atenção: todo esta dinheiro NÂO está incluído no PAC.

Além do PAC o governo federal possui muitos outros progrmas. Este, de educação, é o mais importante, na minha opinião.



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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Distribuição de renda e emprego para os filhos da classe média

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Veja que notícia interessante:


"Se você ganha R$ 6.000 e passa a ganhar R$ 8.000, não vai consumir mais papel higiênico. Mas uma pessoa que ganha R$ 300, se passa a ganhar R$ 500, ela passa a comprar mais desse produto"

"Esse desempenho [aumento do uso do papel higiênico] pode ser atribuído à redução do imposto inflacionário, à elevação do salário mínimo e a mudanças no perfil da política sanitária"

MARCOS VITAL
economista do BNDES

Tire o papel higiênico e coloque dentista ou coloque comprar pizza. Coloque qualquer coisa e verá que a distribuição de renda é fundamental para fazer a economia girar e o dinheiro circular.

Se o dinheiro circular ele passa por muitos e variados negócios, aumentando a renda e rentabilidade.

Se o sujeito que ganha 500 reais passa a ganhar 2000 ele pode ir a uma pousada na praia (gerando mais renda e emprego). Se um sujeito ganha 50.000 reais e passa a ganhar 100.000 reais ele, talvez, vá mais vezes ao Thaiti.

Outra forma de aumentar a renda dos trabalhadores, gerando uma nova classe média, é cobrar mais de quem é muito rico (que no Brasil paga POUCO imposto) e diminuir os impostos que impactam mais fortemente os mais humildes.

Vou dar exemplos: a Milu Vilela, maior acionista do Itaú, recebe os dividendos do banco e NÃO PAGA NADA DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE ESTES MUITOS MILHÕES. O sujeito usa ônibus e paga o preço da passagem. O valor dos impostos é de mais de 25% sobre o preço da passagem. Os mais humildes pagam impostos e a dona Milu não. (Depois tem gente que não entende porque o Brasil é um dos campeões de desigualdade social).

Se tirarmos os impostos que incidem sobre o transporte coletivo os milhões de beneficiados vão poder usar este dinheiro para comprar comida, roupa, sapato, ir ao dentista, comprar remédio. Ou seja, girar a economia e gerar empregos, principalmente para os filhos da classe média.

Outro exemplo: a mulher vai ao dermatologista e paga 500 reais de consulta. Ela abate 27,5% do Imposto de renda (sem limite de gastos). Ou seja, nós todos pagamos 137,50 reais para ela ir ao dermatologista cuidar de manter sua pele sempre jovem. Suponhamos que uma pessoa que ganha 700 reais vá a um médico ou dentista e pague 80 reais a consulta. Ele não pode abater no IR, porque não paga IR. Agora observe uma situação mais maluca ainda: quando este sujeito compra arroz ele paga mais de 10% de impostos.

Ou seja, o dinheiro dos trabalhadores não rende. E o dinheiro dos mais ricos é “turbinado” por uma legislação tributária que visa deixar os muito ricos mais ricos e deixar os mais pobres e a classe média mais pobres.

A conseqüência é que toda uma infinidade de mercado de trabalho para a classe média não se forma e os filhos desta classe média empobrece e muitos vão embora do Brasil.

O triste é que esta classe média continua acreditando na ideologia conservadora, que quer conservar esta situação. E dá apoio ideológico e político a grande aliança conservadora que visa radicalizar os benefícios, direitos e a impunidade dos mais ricos e poderosos.

PS: quando seu IPVA chegar não se esqueça que o novo avião da família Marinho (dona da Globo) que custou mais de 40 milhões de dólares é ISENTO de impostos.

Leia também:

Quem paga imposto no Brasil é da classe média para baixo


O sonho da classe alta e a insensatez da classe média


MST e a ação direta (como o MST ajuda a classe média)


A goela aberta dos que querem tudo


Consumidores conscientes e a reação dos conservadores


Quais são as prioridades do Brasil?


A imprensa nacional é irracional?


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domingo, 4 de janeiro de 2009

Um texto sensato sobre gaza e Israel

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“Essa guerra é como um graffiti no muro: Israel está perdendo a chance histórica de fazer paz com o nacionalismo árabe secular. Amanhã talvez seja obrigada e enfrentar um mundo uniformemente árabe fundamentalista, o Hamás multiplicado por mil".

Uri Avnery é jornalista, membro fundador do Gush Shalom (Bloco da Paz israelense).

Vale a pena ler o texto completo no ótimo site Agência Carta Maior

http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4062




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Desaceleração NÃO é recessão

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Eu conheço muita gente e converso com muita gente, principalmente quando saio a pé na rua.

Andando pela rua encontrei um rapaz e sua mãe que estavam preocupadíssimos com o desemprego por causa da crise econômica.

Estavam pensando que vai ter desemprego em massa.

São pessoas de classe média que se informam através da televisão e de revistas.

São pessoas que estão acostumadas a deixarem que seus emocionais dominem a razão.

A expectativa emocional, a área que a imprensa conservadora gosta de atingir, lhes indica que a crise internacional (muito séria) será devastadora para o Brasil.

O rapaz trabalha em um banco. Ele me disse: "todos os dias aparece algum recém desempregado querendo fechar a conta onde recebia o salário". Ele estava horrorizado. Preocupadíssimo.

Perguntei: "Quantos aparecem para abrir conta porque foram contratados?"

Ele respondeu; "Quase ninguém..."

Como conheço a realidade da minha cidade sabia que era impossível tal fato estar acontecendo. Era a típica percepção de quem está emocionalmente envolvido.

Pedi um grande favor para ele. No dia seguinte ele iria pegar as contas fechadas e as abertas na agência onde trabalha (e tem um cargo alto). Também olharia o desempenho de vendas (seguros, etc).

No outro dia fui até a agência conversar com ele. O total de contas abertas e fechadas foi praticamente igual. As vendas de seguros e outros se mantiveram dentro da meta.

Eu disse que ele estava acostumado a companhar emocionalmente os xiliques da mídia conservadora. Ela conta com esta emoção enorme, pois é o que dificulta às pessoas a raciocinarem e NÃO buscarem dados reais.

Leia a notícia abaixo:

Construção civil deve crescer entre 3,5% e 4,5% em 2009, prevê Sinduscon

Roberto Loureiro

Apesar da crise financeira, a construção civil brasileira deverá manter o crescimento de 10% em 2008 e poderá crescer entre 3,5% e 4,5% em 2009. As afirmações foram feitas pelo presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, em entrevista coletiva à imprensa. Segundo ele, a construção deverá crescer mais que o PIB por conta das obras já contratadas, que deverão inclusive assegurar um crescimento da atividade do setor pelo menos até o fim do primeiro trimestre de 2009.


Segundo dados da FGV Projetos, há dois cenários possíveis. O primeiro é o Básico, no qual o nível de investimento será menos afetado, principalmente na construção civil. Neste caso, o PIB deverá crescer 3,8% e a construção civil, 4,7%. O segundo é o Cenário de Ajuste Lento, no qual o ambiente externo é menos favorável e a incerteza leva ao cancelamento de um número maior de investimentos. Neste caso, o PIB deverá crescer 2,8% e a construção civil, 3,5%.


Na avaliação do SindusCon-SP, o Cenário Básico é factível. “Obras já iniciadas em 2008 vão garantir a continuidade da atividade em 2009. Os financiamentos da Poupança e do FGTS não foram afetados pela crise de crédito. O BNDES deve garantir uma parte importante dos investimentos em infra-estrutura, também contemplados nos Orçamentos da União, Estados e Municípios. Por isso, acreditamos na probabilidade de o setor poderá crescer entre 3,5% e 4,5%”, diz Watanabe.


Na ocasião também foram apresentados os dados da 37ª Sondagem Nacional da Construção, realizada com uma amostra de 235 construtoras em todo o país. Os empresários ainda permanecem otimistas com relação aos lançamentos de imóveis para 2009, embora menos que no ano passado, sobretudo com relação ao mercado de média e baixa renda. De outro lado, as construtoras acreditam que os investimentos em infra-estrutura serão relevantes para o crescimento da construção.


Mais um texto interessante:

"Uma pesquisa do Datafolha revela que 29% dos trabalhadores brasileiros acham que perderão o emprego em 2009, o que mostra a extensão do medo disseminado. Nem em 1929 o desemprego chegou a tanto. Pesquisa do Ibope indica que 50% dos brasileiros vão reduzir gastos.

Se não revertermos esse pânico, aí, sim, teremos uma recessão em 2009. Portanto, demos vários tiros no pé, podería-mos ter passado relativamente imunes, mas não agora com esse pessimismo todo. Acreditar que reduzir juros resolve, como muitos estão sugerindo, é até infantil. Quem teme perder o emprego não compra a prazo nem com juro zero. Nem com redução de IPI".

Autor: Stephen Kanitz

Leia também meu texto:

Economia: a batalha pelas expectativas dos brasileiros





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Reforma ortográfica

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sábado, 3 de janeiro de 2009

Insatisfação: a lógica do consumismo

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Da boca para fora as pessoas associam consumo e bem estar. Um grande engano!

Ontem fui a um grande shoppingcenter. Estava lotado de pessoas. Algumas comprando, outras passeando.

Eu observei inúmeras famílias passeando. A cada loja que passavam exercitavam o desejo e a vontade. A maior parte ficava nisto, talvez comprando alguma coisinha.

Eu sentei num banco e ao meu lado duas senhoras começaram a conversar.

Uma reclamava que fazia muito tempo que não se encontravam. A outra respondeu que faltava tempo.

Dito isto, começaram a falar de televisão (várias novelas que assistem), falaram das lojas do shopping e do que cada uma vende, falaram de desgraças e doenças alheias e por fim se despediram com juras de se encontrarem em breve.

Eu fiquei impressionado com a conversa. As amigas não se encontram porque não tem tempo. Mas assistem umas 4 horas de televisão por dia e vão sempre passear no shopping.

A amizade fica em último lugar.

É algo doentio.

Da minha parte quase que cortei completamente a televisão. Minha prioridade é cultivar a amizade e cultivar o que os esotéricos chamam de "estar presente": parar de sonhar a aproveitar o que existe no momento.

"Estar presente" aumenta MUITO a satisfação. Com isto a necessidade de consumo diminui.

Que prazer saudável tem quem não é capaz nem de cultivar as amizades?

Que prazer saudável tem quem prefere se alienar em frente da televisão ao invés de cultivar o que há de bom e VERDADEIRO à sua volta?

Observe abaixo esta aparentemente humilde frase de um blog de assuntos femininos.

"Investir uma grana para comprar um biquíni lindão e, na hora de sair da praia, colocar qualquer coisa por cima não dá. Por isso resolvi fazer um post com algumas dicas de saídas de praia”.

Pois é. Ela poderia dizer: "investir uma grana para comprar um biquini lindão, uma saída de praia lindona e um brinco lindão e não ter um óculos lindão não dá".

Ou quem sabe: "investir uma grana para comprar um biquini lindão, uma saída de praia lindona, um brinco lindão, um óculos lindão, uma pulseira lindona e comprar um colar lindão e depois passar um protetor solar qualquer não dá".

A pessoa está sempre insatisfeita. Quando ela compra algo ela CURA momentaneamente a sua insatisfação. Depois a insatisfação volta, pois fica sempre faltando algo.

Ainda existem pessoas que acreditam que estas compras aumentam o bem estar das pessoas.

Sim, aumenta. Ela sai do lixo para fora do lixo e logo depois volta para o lixo e aí compra algo que a tira do lixo e assim por diante.

Se ela estiver satisfeita, cultivando a amizade, o amor, a boa vontade, o carinho, a gratidão, etc, ela ficará SATISFEITA.

Uma pessoa satisfeita consome menos, pois ela escolhe investir no que é o ESSENCIAL para a vida.

Esta pessoa vai comprar um biquini legal e se a saída de praia não for legal não há problemas, pois sua PRIORIDADE é a amizade, é tratar bem quem ela gosta. E quem trata bem quem gosta não precisa se exibir.

São escolhas. O Blog do Chicão alerta. Alerta as pessoas que estão invertendo o sentido da vida. Estes terão uma vida com muita insatisfação, muito vazio e muita necessidade de consumo.



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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Consumidores conscientes e a reação dos conservadores

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Leiam e reflitam sobre o parágrafo abaixo (da revista Istoé):

"É justamente esse tipo de critério que define o que vai para a ecobag da bióloga Paula Signorini, 27 anos. "Procuro comprar produtos com selos de orgânicos e do Procel, e evito os com selos de transgênicos. Mas ainda falta um selo para empresas sustentáveis", diz a bióloga, dona do blog Rastro de Carbono, sobre responsabilidade ambiental. Além da reciclagem, ela passou a evitar excesso de embalagens, a reduzir o consumo de carne e a economizar energia elétrica e água".


A maior parte das empresas querem passar a IMAGEM de que estão preocupadas com o meio-ambiente e com a saúde dos seus consumidores.

Preocupados com a IMAGEM...

Vamos falar de uma empresa muito conhecida: a Nestlé. Ela faz papinhas de nenê, leite em pó, etc. Seu símbolo é um pássaro no ninho, símbolo de cuidado maternal.

Imagine agora estes produtos com o símbolo de transgênico na embalagem. Pegaria mal... muito mal.

A Nestlé perdeu muito de sua imagem quando, no governo Serra/Kassab, lutou para PIORAR a qualidade da merenda escolar a fim de enquadrar seus produtos nos requisitos da licitação da prefeitura de SP. Ela pediu e o prefeito aceitou piorar a merenda das crianças.

Muita gente ficou chocada. Eu não. (leia mais aqui - Kassab: maldade na merenda escolar )

IMAGEM positiva e lucros altos é o objetivo.

Para manter uma boa imagem os RISCOS devem ser minimizados. Isto vale para a Nestlé e para a maioria das outras empresas.

O símbolo dos transgênicos é um risco. Ter ele na embalagem queima o nome da empresa para um número cada vez maior de consumidores.

Muitas empresas estão lutando contra a lei que obriga colocar o símbolo dos transgênicos nas embalagens. Não sei se a Nestlé está nessa. Mas, com certeza grupos muito poderosos estão.

A senadora Kátia Abreu (a rainha da moto-serra) tem um projeto de lei para modificar esta lei tirando sua eficiência. Tem o apoio de seu partido (DEM), de parte do PSDB, PTB e PMDB. Não é pouco apoio.

Você pode perguntar: porque um símbolo como este nas embalagens pode gerar tanta discussão?

A resposta é DINHEIRO.

O que está em jogo é o direito do cidadão de ser informado para decidir livremente.

Ao ter a informação de forma clara e transparente muitos irão evitar o produto e outros produtos desta mesma empresa.

A pessoa da reportagem é somente a ponta do iceberg. Muitos estão mudando, como ela.

Houve uma época em que não ligava muito para os assuntos ecológicos. Depois eu mudei. Muitos amigos que me "gozavam" também estão mudando.

A reação dos conservadores é sempre a mesma negativizar e tentar negar informações fundamentais para as pessoas decidirem livremente.



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