segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Microcrédito pode acabar com a miséria

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Um estudo da Universidade Federal do Ceará (UFC) revelou que as pessoas com acesso ao microcrédito tiveram mais chances de escapar da miséria, informa a Agência Sebrae de Notícias.
"O estudo é de dois pesquisadores do Centro de Pós-Graduação em Economia, o Caen. E diz que quem teve acesso ao microcrédito aumentou em 40% a possibilidade de sair da pobreza", relata o professor da UFC, Márcio Correa.

O microcrédito é um empréstimo de baixo valor concedido em grupos para ajudar pequenos empresários a começar uma atividade econômica, ainda que na informalidade.

O instrumento de concessão de financiamento surgiu em Bangladesh, um dos países mais pobres da Ásia, quando, nos anos 70, o professor de economia Muhammad Yunus emprestou uma pequena quantia para mulheres fabricarem cestas de bambu.

Os juros baixos e a pequena inadimplência fizeram os empréstimos prosperarem. E as empreendedoras melhoraram de vida. Em 2006, Muhammad Yunus ganhou o Prêmio Nobel da Paz pela iniciativa.

No Brasil, o Banco do Nordeste, que atua na área de apoio ao desenvolvimento, detém a maior fatia do mercado de empréstimos da modalidade. Os bancos privados de maior porte ainda ignoram o segmento.

"Os bancos comerciais preferem deixar o microcrédito para os bancos oficiais porque é caro fazer o modelo operacional com um nível de adimplência adequado", explica o superintendente de Inclusão Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Ricardo Ramos.

(Pequenas Empresas Grandes Negócios)


Nota do Chicão:

Dar oportunidade para as pessoas. Esta é uma das principais responsabildiades de uma sociedade justa e moderna.

Alguns aproveitarão as oportunidades, outros não.

Fazer o dinheiro e a instrução chegar até as camadas mais populares é o desafio.

Vale a pena este esforço, seja sob a forma de cotas, de microcrédito, de bolsa família, de Prouni, etc.

Vale a pena do trabalho das milhares de ONGs.

Na minha região uma ONG criou um cursinho pré-vestibular que desse aulas para alunos carentes, a preço acessível.

Ontem eu vi a propaganda deles. Vários destes alunos, que cursaram a escola pública e são de família de classe média baixa e pobres, entraram em escolas públicas de qualidade.

Ou seja, muitos agarram com unhas e dentes as boas oportunidades.

Os bancos privados não se esforçam pelo microcrédito. Alguns dirão: o dono do banco é que decide, o banco é dele e ele faz o que quiser.

Sim, o dono do banco é que decide. Todavia, o mercado interno brasileiro é "propriedade" dos brasileiros que devem regular o acesso a ele. Para usufruir do direito de usar deste mercado interno eles DEVERIAM ter várias responsalidades. Infelizmente não tem. Entre estas responsabilidades deveria estar fornecer microcrédito para os mais humildes e correr o risco.

Quem não quiser fornecer o microcrédito deve se retirar do mercado brasileiro. Ou seja, o dono do banco faz o que quiser com a sua empresa e nós brasileiros fazemos o que queremos com o nosso mercado interno.

Lembre deste texto quando os conservadores fizerem campanha contra as empresas estatais.



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