segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Governador Arruda e pego pela Transparência Pública

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Para quem não se lembra o governador Arruda já foi pego uma vez graças a Transparência Pública.

Foi um caso menos sério, mas que vale a pena reproduzir aqui.

Do blog do Luis Nassif:

A blogueira que desmascarou o jogo Arruda-Veja


Como Veja seleciona entrevistados

Entrevista de 15/06/2009




Empenho de 15/06/2009





De Paola Lima

Olá Nassif,

A nota de empenho do GDF para a editora Abril foi cancelada dois dias depois que o assunto foi publicado no blog.

Confira: http://www.blogdapaola.com.br/?p=4842

Comentário

A autora do furo foi a Paola.


Nota do Chicão:

Bons negócios!

É disto que este povo gosta.

Quem não entra no esquema é detonado.






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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Senador Pedro Simon, empreguismo, assassinato e corrupção

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O senador Pedro Simon foi governador do Rio Grande do Sul. Veja como era o seu governo:

"Até que, em março de 1987, criou-se o cargo de "assistente da diretoria financeira" para acomodar Lindomar Rigotto. "Era um pleito político da base do PMDB em Caxias do Sul", confessou na CPI o secretário de Minas e Energia da época, Alcides Saldanha. O líder do governo Simon na Assembléia e chefe da base serrana era o deputado caxiense Germano Rigotto".

"Treze pessoas ouvidas pela CPI apontaram Lindomar como "o verdadeiro gerente das negociações" com os dois consórcios, agilizando em apenas oito dias a burocracia que se arrastava havia meses. Os contratos nº 1.000 e nº 1.001 foram assinados em dezembro numa solenidade festiva no Palácio Piratini pelo governador e pelo secretário".

"O tamanho apurado da fraude tinha níveis de tensão diferentes em reais ou dólares, mas dava o mesmo choque: 65 milhões de dólares segundo a CAGE, ou 78,9 milhões de reais de acordo com o Ministério Público".

O Lindomar Rigotto morreu assassinado.

Uma outra mulher também morreu assassinada.

O irmão dele foi eleito governador do estado

O senador Simon se apresenta com paladino da ética e grita contra o empreguismo.

O dono do único jornal a denunciar o caso abertamente está sendo processado.

Leia a história completa no Cloaca News:

http://cloacanews.blogspot.com/2009/11/um-golpe-de-us-65-milhoes-e-duas-mortes.html




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Jornais e rede Globo mentem para proteger José Serra

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Por que os jornais e Tvs conservadores mentem tanto para proteger o Sr. José Serra?

Por amizade?

Por dinheiro?

Por gentileza?

Veja essa manchete de jornal e do Jornal Nacional:

"SP é capital onde jovens estão menos expostos à violência".

ISTO É MENTIRA.

O blog Amigos do Presidente Lula foi atrás dos números corretos e descobriu a mentira:

"Mas a notícia do JN contém uma mentira: Rio Branco (AC) é a capital onde jovens estão menos expostos à violência, seguida de Porto Alegre e Fortaleza. São Paulo aparece atrás destas capitais. Basta conferir:"






Como vocês podem conferir São Paulo NÃO é a mais segura. É Rio Branco a MAIS SEGURA. O Acre e Rio Branco são administrados a muito tempo pelo PT.

A verdade sobre a violência em São Paulo é esta:





É bem diferente a realidade das mentiras dos donos dos meios de comunicação.

O Serra é o presidente que esta gente quer.

Eles querem um presidente que seja melhor para eles e seus negócios.

Mesmo que ele seja eleito a partir da mentira.

É a grande aliança conservadora funcionando.



Leia o texto completo do Blog amigos do pres. Lula

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2009/11/jornal-nacional-erra-e-alivia-jose.html


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China e EUA decidem cortar emissão de CO2

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Se existe uma diferença entre a China ou EUA e o Brasil é no grau de racionalidade de suas decisões.

Nós somos pouco racionais, por isto sofremos.

Digo isto porque a decisão dos EUA e da China possuem duas características importantes:

- incentivar a inovação e o desenvolvimento de produtos e soluções. É isto que move o mundo, quem não entrar nesta área agora vai fica de fora da corrida pelo desenvolvimento de tecnologias.

- fortalecer suas empresas. Ao contrário do Brasil que não permite diferença entre empresa nacional e estrangeira, nos dois países existem um sem número de regras que acabam criando melhores condições para as empresas nacionais. Na China esta preferência é escandalosa. Nos Estados Unidos é mais discreta. Os dois países vão injetar uma grana enorme em suas empresas nacionais.

O Brasil muitos acham que devemos financiar empresas estrangeiras com o pouco de dinheiro que temos. É um absurdo que vai limitar nosso desenvolvimento.

Concluindo: para eles defender a ecologia é uma forma de defender o próprio país e ganhar dinheiro, desenvolver tecnologia, etc.


Leia o texto abaixo:

China anuncia, pela 1ª vez, metas de corte de emissão de CO2

Especialistas ressalvam que redução absoluta de emissões pode não ocorrer

A China, o maior emissor de gases que causam o efeito estufa, anunciou pela primeira vez uma meta de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa, a duas semanas da reunião global sobre clima em Copenhague.

Segundo a agência oficial Xinhua, o país cortará, até 2020, sua “intensidade de carbono” em entre 40% a 45%, comparada aos níveis de 2005.

A “intensidade de carbono”, uma mensuração própria do país, corresponde ao montante de dióxido de carbono emitido para cada unidade de seu Produto Interno Bruto (PIB).

As autoridades dizem que a meta obedece “às condições nacionais” da China, um país emergente que vê o corte de emissões como uma ameaça ao seu crescimento econômico.

Ainda assim, especialistas fazem a ressalva de que ela não necessariamente levará a uma redução absoluta das emissões.

O anúncio veio a público um dia após os Estados Unidos confirmarem que vão oferecer, no encontro na Dinamarca, um corte de 17% nas suas emissões de carbono até 2020, em comparação aos níveis de 2005 – menos do que o desejado por cientistas e os países europeus

A Casa Branca confirmou na quarta-feira que o presidente americano, Barack Obama, estará presente no encontro, assim como o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, que confirmou sua ida nesta quinta-feira.

A cúpula tem por objetivo chegar a um acordo que substitua o Protocolo de Kyoto, que não foi ratificado pelos Estados Unidos e expira em 2012.




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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Boa notícia: Cresce o percentual de TVs desligadas no horario nobre

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"Cresce o percentual de TVs desligadas no horario nobre - alguma coisa mudou?
16:19 Na 1a metade de novembro, na Grande Sao Paulo, a taxa de TVs desligadas no horário nobre foi de 55%. outubro, 57%. setembro, 60%. Os números sao semelhantes, por todo o país. Ricardo Feltrin, na coluna Ooops, postou que "a justificativa nas emissoras é que, no calor, as pessoas preferem passear ao ar livre ou saborear um suco ou uma cervejinha" :- ). Sílvia Corrêa, na coluna Outro Canal, sob o título 'TVs desligadas sao recorde', anota que "a notícia é péssima para emissoras e anunciantes". Via Toda Midia. 24/11 Blue Bus
http://www.bluebus.com.br/show/2/93597/cresce_o_percentual_de_tvs_desligadas_no_horario_nobre_alguma_coisa_mudou

TVs desligadas são recorde em novembro

24/11/2009 por João Paulo Dell'Santo

A notícia é péssima para emissoras e anunciantes. Na primeira quinzena deste mês, de cada 100 televisores do país, só 55 ficaram ligados no horário nobre -entre 18h e 0h. A média se mantém na medição da Grande São Paulo.
A queda de audiência é esperada em meses quentes -porque as pessoas saem mais à noite-, mas está acentuada neste ano.

A Folha obteve dados da medição feita pelo Ibope desde 2004, sempre para novembro. Na região metropolitana de São Paulo, o índice deste ano é o menor do período -em novembro de 2005, os televisores ligados no horário nobre chegavam a 63% do total. No país, os dados deste ano empatam com os de 2007, que são os menores medidos em seis anos.

De: http://rd1audienciadatv.wordpress.com/2009/11/24/tvs-desligadas-sao-recorde-em-novembro/


Nota do Chicão:

É uma ótima notícia que menos pessoas estejam gastando horas de suas vidas na frente da televisão.

A pessoa sai de casa, trabalha, fica longe da família e quando volta se aliena na TV.

As crianças abrem mão das amizades e das brincadeiras infantis para se emburrecerem e engordarem na frente da TV.

A questão é: onde estas pessoas estão gastando seu tempo?

Certamente uma grande parcela está gastando na frente do computador.

Conheço pelo menos uma pessoa que passou a ganhar mais e começou a fazer esporte à noite.

Com o passar dos meses ela foi ficando alienada do mundo da televisão e acabou se desinteressando.

Trocar a TV por esporte fez muito bem para esta pessoa. Mudou seu humor, mudou sua forma física e a deixou mais dinâmica e menos cansada.




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terça-feira, 24 de novembro de 2009

A mediocridade é a marca de quem se liga em imagem

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O senador Arthur Virgílio sabe que suas chances de ser reeleito são mínimas.

Ele partiu para o tática do fale mal mas fale de mim.

Agora chamou para depor no senado sobre o apagão a médium de uma "fundação Cobra Coral".

Aposto como a médium vai lá dizer que a culpa do blecaute que aconteceu foi da "negligência" do governo federal. A imprensa conservadora vai dar larga divulgação à opinião da médium. E o senador vai gerar alguns comentários a seu respeito pelo Brasil afora.

As pessoas medíocres vão ficar conversando sobre a médium especialsita em manutenção de redes de transmissãod e energia.

Mediocridade pura.

Esta é a era da imagem. Imagem vale mais que conteúdo, mais do que racionalidade.


Quer mais uma dica de que a imagem vale mais do que o conteúdo?





Este sujeito acima joga no Guarani de Campinas. O time acabou de subir para a série A.

Mas o jogador mais conhecido e famoso NÃO É UM TITULAR.

É o sujeito acima, que é popular pelo seu vasto cabelão (apesar de ser reserva).

O nome do perna de pau é Nei Paraíba. É o jogador mais conhecido e popular do Guarani.

Não faz gol, não defende direito, não lança, não arma jogada, não faz nada, nada.

Mas tem cabelão.

É a mediocridade da era da imagem.

A melhor forma de manipular pessoas é através da imagem. As pessoas se prendem neste fator ficam menos propensas à reflexão.




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É dinheiro público que paga a conta da campanha do Serra?

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"Em crise no Rio, oposição deixa Serra sem palanque

O senador Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB, desembarca nesta quarta (4) no Rio de Janeiro.

Vai cuidar de um infortúnio que assedia a candidatura presidencial de José Serra no segundo maior colégio eleitoral do país: a falta de palanque".

Esta nota publicada na internet esconde um possível desvio que é largamente realizado no Brasil:

O uso de dinheiro público para fazer política partidária.

O Brasil não tem que pagar para que o amigo do Serra vá ao RJ bater um papinho sobre as eleições do ano que vem.

Este costume tem que acabar.



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Investigando os gastos dos deputados

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Ao menos sete deputados usaram verba da Câmara em campanhas eleitorais

Documentos secretos obtidos pela Folha por determinação judicial apontam que ao menos sete parlamentares usaram recursos da Câmara dos Deputados para custear gastos em campanhas eleitorais de 2008. A informação é da reportagem de Alan Gripp e Ranier Bragon para a Folha desta terça-feira

De acordo com a reportagem, os deputados Fernando Gabeira (PV-RJ), Jader Barbalho (PMDB-PA), Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), Narcio Rodrigues (PSDB-MG), Giovanni Queiroz (PDT-PA), Fábio Ramalho (PV-MG) e Paulo Rocha (PT-PA), envolvidos nas eleições do ano passado --seja em suas próprias candidaturas ou no apoio de candidatos aliados-- utilizaram verba destinada a atividades parlamentares para alugar carros e aeronaves em campanhas e em hospedagem de assessores em hotéis.

Os valores gastos vão de R$ 2 mil a R$ 28 mil. A maioria dos candidatos alegou à reportagem que as despesas correspondem a custos do próprio mandato, e não de campanhas eleitorais.

Empresas de fachada

Reportagem da Folha deste domingo revelou que 25 deputados apresentaram notas de empresas de fachada ou com endereços fantasmas, tendo como objetivo se beneficiarem da verba.

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), decidiu enviar os casos para a Corregedoria da Casa. Os deputados envolvidos alegaram que os serviços foram prestados e que as empresas responsáveis pelas notas fiscais devem responder por eventuais problemas.

Nota do Chicão:

Um grande jornal como a Folha de SP tem dinheiro para custer advogado para entrar na justiça e obter DIREITO de acesso aos documentos fiscais apresentados pelos deputados.

A maior parte da população não tem tempo e nem dinheiro.

A solução é ter leis que OBRIGEM a que estes documentos fiscais fiquem disponíveis na internet.

Eles devem vir acompanhados da justificativa e relevância do gasto. E todos os detalhes do gasto.

Os deputados mostrados pela reportagem devem ter o direito de se defenderem.

Por isto, para sermos racionais devemos aguardar a defesa dos mesmos.


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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Bolsa família, auto-estima e estudos

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Email recebido pelo Blog do Chicão:

Boa Noite !

Voce tem toda razão Chicão! De Fato o bolsa Família dá Lucro...

Faço parte de Uma Ong feminista e estamos capacitando mulheres que tem o Bolsa Família e dá gosto de ver a auto estima elevada e a vontade delas de voltar a viver e buscar novos objetivos...

O povo pobre só precisa de uma oportunidade e as mulheres demonstram claramente o quanto o Bolsa Família faz a diferença na vida da Família.

Estou enviando algumas fotos do curso....

É uma pena que poucos bolsistas tenham essa oportunidade de aprender uma profissão, aprender cidadania, direitos etc etc etc...

Parabens pelo seu BLOG.
Cida lima.


Nota do Chicão:
Cida são trabalhos como o seu que vão ajudar a mudar nosso país. Parabéns!

Obrigado pelos elogios.

O texto a que ela se refere é este:

Bolsa família dá LUCRO
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/11/bolsa-familia-da-lucro.html









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SERRA MANDOU, GOOGLE OBEDECEU : SISTEMA DE BUSCA NÃO APRESENTA IMAGENS DO DESABAMENTO DAS VIGAS DO RODOANEL

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SERRA MANDOU, GOOGLE OBEDECEU : SISTEMA DE BUSCA NÃO APRESENTA IMAGENS DO DESABAMENTO DAS VIGAS DO RODOANEL

Leia mais sobre este absurdo
http://cloacanews.blogspot.com/2009/11/serra-mandou-google-obedeceu-sistema-de.html


Esta auto-censura acontece em troca do que?

Imagina o quanto o Serra está devendo de favor para as empresas estrangeiras.

Elas tem os interesses delas. Quase nunca é igual ao interesse da nossa PÁTRIA.

Leia também esta reportagem completa:

Não, não é piada. Está aqui na Folha Online: O secretário de Transportes, Mauro Arce, afirmou que a fiscalização não será modificada. "Ela vai continuar como está, porque é adequada."
A pergunta que o jornal não fez, nem fará: se a fiscalização é adequada e competente, porque as porcarias daquelas vigas de 80 toneladas cada desabaram sobre as cabeças das pessoas?

http://cloacanews.blogspot.com/2009/11/sai-de-baixo.html




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Indício de corrupção no Rodoanel do José Serra. É preciso investigar.

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Veja manchete do jornal Estado de SP:

TCU: viaduto que caiu no Rodoanel já estava quase pago

No Blog do Luis Nassif:

O pagamento adiantado do Rodoanel

E notícias de escândalos do Rodoanel não param mais :

” … O TCU mostra que somente em obras de arte especiais – pontes, viadutos, passagens de nível e túneis – nos cinco lotes dos 61,4 quilômetros do Trecho Sul, foram pagos adiantados para serviços não realizados até a medição informada pelas empresas cerca de R$ 100,7 milhões. Já quando se somam também serviços que não estavam previstos no contrato original do empreendimento, o pagamento adiantado chega à casa dos R$ 236 milhões. ”

Nota do Chicão:

O pagamento adiantado chega à casa dos R$236 milhões.

Se aplicarem este dinheiro por 1% ao mês, haverá um lucro extra de R$2,36 MILHÕES por mês.

Um dinheiro enorme, que grande parte das pessoas que lerem este texto jamais terão (mesmo trablhando a vida inteira).

Isto é incompetência?

Ou é uma forma de corrupção?

É preciso investigar.

É preciso aprimorar os processos de pagamentos. Por exemplo: colocar tudo na internet. Uma câmara para filmar, a medição assinada pelo responsável, o pagamento, o contrato, tudo, tudo, tudo que fica hoje escondido em muitos papéis ou protegido por senhas de computador.

A Transparência Pública é o melhor caminho para combater a corrupção e também melhorar o funcionamento dos governos.

É preciso ver se outras obras do governo Serra também estão cometendo este "erro".


Leia também:

Sr. José Serra: obras mal feitas caem ou estragam rápido
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/11/sr-jose-serra-obras-mal-feitas-caem-ou.html



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ONGs repudiam acordo entre Minc e Stephanes sobre Código Florestal

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Organizações da sociedade civil divulgam carta aberta ao ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, contra acordo com o Ministério da Agricultura para modificar o Código Florestal por meio de uma Medida Provisória (MP), que pode ser publicada esta semana. Segundo as 14 organizações que assinam o documento, entre os pontos que podem ser modificados com a MP estão a compensação de reservas legais em outros biomas e a recuperação com espécies exóticas. Leia abaixo a íntegra da carta.

Mais um remendo no Código Florestal não é a solução!

Senhor Ministro,

Os esforços empreendidos por Vossa Senhoria para assegurar que o Brasil assumisse compromissos concretos de redução de emissões de gases efeito estufa são louváveis.

Do mesmo modo, a redução da taxa de desmatamento da Amazônia é um resultado concreto que coloca o Brasil em excelentes condições de liderança no que diz respeito à Convenção de Mudanças Climáticas. Esse resultado só foi possível pelos esforços empreendidos pelo governo no sentido de fazer valer a legislação florestal.

Por essa razão nos causa imensa preocupação a noticia divulgada pela imprensa sobre um acordo feito no âmbito do Governo Federal para modificar o Código Florestal por meio de uma Medida Provisória (MP). Além de ser um meio inapropriado para tratar de um tema tão complexo e importante como a alteração da legislação florestal, o conteúdo desse acordo é inaceitável, pois quebra alguns dos pilares básicos da legislação, incluindo pontos que V. Sa. havia assegurado que jamais seriam aceitos por parte desse Ministério, como a compensação de reservas legais em locais a milhares de quilômetros da área onde deveriam estar, ou a recuperação dessas com espécies exóticas, dentre outros.

O acordo feito, se transformado em lei, irá jogar por água abaixo os esforços de recuperação ambiental em boa parte do território nacional, onde vive a maior parte da população brasileira, e permitir a ocupação desordenada de áreas ambientalmente sensíveis, o que contribuirá para a perpetuação de eventos como as enchentes e desabamentos de Santa Catarina.

Um tema de tamanha relevância para o desenvolvimento do país não pode ser decidido dessa forma, por via de MP, sem a participação aberta e transparente da sociedade. O Congresso Nacional tem discutido esse tema em diferentes fóruns, promovendo o debate com os diversos setores envolvidos, e é dessa forma que o assunto tem que ser conduzido. Uma MP publicada agora, além de atropelar as iniciativas já em curso no Congresso Nacional, nivelará por baixo a discussão, pois seu rito de aprovação impede qualquer discussão mais profunda, já que a votação acontecerá em plena virada do ano e já na corrida eleitoral, o que coloca em risco qualquer texto que seja definido agora.

Diante do exposto, requeremos a V. Exa. que cumpra com o compromisso assumido perante as ONGs e movimentos sociais desde o princípio do ano e evite que o Código Florestal seja mais uma vez remendado por meio da edição de uma MP, sobretudo para derrubar pontos centrais como a reserva legal, o uso de APPs e o tratamento diferenciado para a agricultura familiar. Por outro lado, reforçamos nosso interesse em trabalhar pela aprovação de uma nova legislação florestal que reposicione o Brasil como uma potência mundial em produção de bens e serviços ambientais.

Assinam:

Amigos da Terra – Amazônia Brasileira; Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (Apremavi); Conservação Internacional – Brasil; Greenpeace; Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá); Instituto Socioambiental (ISA); Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam);
Instituto de Estudos Socioeconomicos (Inesc); Programa da Terra/SP (Proter); Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA); SOS Mata Atlântica; The Nature Conservancy (TNC); Vitae Civilis – Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz; WWF – Brasil.

Fonte: Envolverde

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Veja como anda o programa Minha Casa Minha Vida

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Entrevista:

”A expressão que gringo mais fala hoje é Minha Casa, Minha Vida”

José Antonio Grabowsky: Presidente da PDG Realty; segundo executivo, interesse dos investidores ficou claro na última emissão de ações feita pela PDG

...

É efeito Minha Casa, Minha Vida?

Essa é a expressão que gringo mais sabe falar. Todo mundo sabe o que é o plano, acompanha nos detalhes. Pela primeira vez o Brasil tem um plano realmente consistente. O País também está numa situação macroeconômica que permite fazer esse tipo de gasto público. O FGTS nunca esteve com tanto dinheiro, por causa de criação de emprego, da característica demográfica da população. No começo, a gente estava muito cético, achava que ia ser uma coisa eleitoreira. A grande beleza dele é ter sido muito simples. É o plano Robin Hood: quanto menos o cara ganha, mais ele ganha de subsídio. E aconteceu um fenômeno. Antes, eu só conseguia vender para famílias com renda a partir de R$ 2,5 mil. E hoje vendo para famílias com renda a partir de R$ 1,5 mil. Esse é um novo mercado para nós.

Leia a entrevista inteira aqui: http://blogdofavre.ig.com.br/2009/11/a-expressao-que-gringo-mais-fala-hoje-e-minha-casa-minha-vida/



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Uma entrevista técnica e sensata sobre o blecaute de energia

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Esta é a melhor entrevista que li sobre o blecaute de energia, a mais explicativa para quem é leigo:

Energia: Para Mário Veiga, da PSR Consultoria, modelo é eficiente

O apagão que afetou 18 Estados, retirou a maior usina hidrelétrica do país do sistema e deixou São Paulo completamente às escuras foi forte o bastante para que as culpas pudessem ser atribuídas ao governo, no clima pré-eleitoral em que o país já vive. Especialistas independentes negam que o sistema elétrico brasileiro seja frágil. O engenheiro eletricista Mário Veiga é um deles. Ele preside uma das consultorias mais prestigiadas no setor elétrico, a PSR Consultoria.

Com mestrado e doutorado na área de pesquisa operacional, Veiga diz que o Brasil tem um sistema complexo como complexa é qualquer rede elétrica, de qualquer país, e com equipamentos sujeitos a falhas. Ele acredita que apesar da pressão política, a diretoria do Operador Nacional do Sistema (ONS) está blindada e deve divulgar ainda hoje exatamente os fatores do apagão da semana passada. Com isso será possível consertar os erros e seguir em frente na gestão do sistema. E alerta que o discurso de que o que faltou foi investimento esconde um passivo futuro para o consumidor. O Valor chegou ao nome de Veiga após consultar mais de 10 especialistas e executivos do setor pedindo a indicação de um profundo – e isento – conhecedor do sistema elétrico nacional.

Valor: O sistema elétrico no Brasil é frágil?

Mário Veiga: Não, o sistema elétrico brasileiro não é frágil. O que temos que fazer é separar o que é oferta de geração, que está associada ao risco de racionamento de energia, a oferta de transmissão, que é a infraestrutura que transporta essa geração até os centros de consumo, e a infraestrutura de gestão, quer dizer, a operação segundo a segundo nesse sistema. Na parte de geração estamos até com excesso de oferta, o que permite que Brasil absorva com facilidade taxas altas de crescimento do PIB. A parte de transmissão acompanha a parte de geração. Os leilões de construção de linhas são feitos para que as linhas necessárias e reforços estejam prontos quando entrarem novos geradores no sistema. Nos últimos nove anos, foram licitados – e a maior parte construídos -, cerca de 32 mil quilômetros de linha de alta tensão. Comparado ao comprimento total hoje, de 80 mil quilômetros, nota-se que os investimentos foram significativos em transmissão. Então, estamos bem na parte de geração e de infraestrutura de transmissão.

Valor: E na parte de gestão de infraestrutura, que tem recebido tantas críticas?

Veiga: Na parte de gestão, as medidas que foram tomadas quando houve a reforma do setor foram de, primeiramente, centralizar a autoridade da operação no ONS. O ONS tem total autonomia e autoridade para operar o sistema minuto a minuto, da maneira mais eficiente possível. Esse é um desafio para qualquer operador do mundo, porque a cada segundo o total de energia produzida tem que ser exatamente igual ao de energia consumida. Essa operação é feita em três horizontes. Num olhar para os próximos três a cinco anos é que, estrategicamente, se decide como usar os reservatórios do país. Isso é feito por um processo de otimização bastante sofisticado, que leva em consideração literalmente bilhões de combinações de cenários futuros. Depois, essa decisão é detalhada na programação para as próximas 24 horas, em que o ONS, em coordenação com os centros regionais, determina o cronograma de produção de cada usina. Depois vai para o tempo real, em que, de segundo a segundo, a operação do sistema é ajustada para ficar sempre igual à demanda.

Valor: Parece um processo simples…

Veiga: A rede elétrica foi considerada há alguns anos pela academia americana de engenharia como o sistema mais complexo jamais feito pelo ser humano. É a máquina mais complexa já feita. Isso porque existem centenas de milhares de componentes que têm que funcionar, segundo a segundo, como o programado. A vantagem desse sistema é permitir que geração barata chegue à casa dos consumidores. Quando a energia elétrica foi produzida e distribuída em escala comercial pela primeira vez, com a descoberta de Thomas Edison, cada quarteirão tinha seu próprio gerador, porque não havia capacidade de transmitir energia a distancias muito longas. Isso teria a vantagem de nunca haver um blecaute, porque é como se cada quarteirão fosse um sistema isolado. A desvantagem é que esses geradores funcionavam a óleo e eram caríssimos. Quando foi inventado o sistema de corrente alternada, isso permitiu que fossem construídas linhas de transmissão de longas distâncias. Se poderia, assim, construir mais longe um gerador maior e, portanto, mais barato, por causa da economia de escala. Então rapidamente, no mundo inteiro, os sistemas deixaram de ser isolados para se integrarem. Foi um processo que beneficiou os consumidores, porque contribuiu para reduzir o custo de energia.

Valor: Não foi diferente no caso do Brasil, certo?

Veiga: No caso do Brasil, isso era fundamental por causa das usinas hidrelétricas. Se você pega o exemplo do Equador ou Peru, que são países de tamanho menor, um evento meteorológico pode causar uma seca simultânea em todo o país. O Brasil, por ter área muito grande, tem várias regiões climáticas. A vantagem de termos uma rede interligada é que pode funcionar como se fosse um portfólio. Igualzinho quando a pessoa tem varias ações na bolsa de valores para poder diversificar o risco. Quando chove na região Norte, não chove no Nordeste, quando chove no Sudeste, não chove no Sul. Então eu posso aproveitar muito melhor essa diversidade de produção hidrelétrica e ter um sistema com muita participação hidráulica, mas que seja seguro. O que o operador nacional faz permanentemente é, atraves do modelo de otimização, buscar energia de onde está chovendo, onde os reservatórios estão melhores, e transferir para regiões onde está chovendo menos e os reservatórios estão mais vazios. Isso permitiu ao longo do tempo que a produção de energia fosse muito eficiente e transferiu o benefício da energia mais barata possível para o consumidor.

Valor: Mas também traz o risco de apagões maiores?

Veiga: O fato de as hidrelétricas estarem localizadas a milhares de quilômetros dos centros de consumo torna a operação mais complexa do que naturalmente já é. Você tem cada vez mais a possibilidade do sistema entrar no que se chama de oscilação e que pode se traduzir em um apagão.

Valor: Como acontece essa oscilação?

Veiga: A cada segundo você tem fluxo de energia passando em todas as linhas de transmissão do sistema. Evidente que uma linha pode falhar. Pode cair um raio, pode haver uma falha nos componentes. Quando a linha falha é preciso tirá-la de operação e desligá-la. Isso é feito porque, se ela se danificar, vai levar meses para consertá-la e colocá-la de volta no sistema. Se essa linha é desligada, a energia que estava passando por ali, automaticamente, numa fração de segundo, vai por um outro caminho, porque a energia não pode desaparecer. Se der azar de que nesse outro caminho já estava passando quantidade grande de energia, ele vai ficar sobrecarregado. Nesse caso, equipamentos chamados relés identificam que aquele caminho está transferindo mais energia do que aguenta e a segunda linha também é desligada. A energia associada ao primeiro caminho, mais a energia do segundo, vai por um terceiro caminho, que por sua vez pode dar o azar de ser sobrecarregado e assim por diante. Aí se tem o efeito cascata e o apagão.

Valor: O senhor usou muito a expressão “se der o azar”. Então é azar mesmo?

Veiga: É um pouco de azar sim, pelo seguinte: o operador do sistema não tem, em nenhum país, o controle de quanto fluxo está passando em cada linha, porque os fluxos se distribuem de acordo com as chamadas leis de Kirchhoff. Se eu tenho duas linhas em paralelo, eu não posso forçar que em uma linha passe uma quantidade de energia, e em outra linha, outra quantidade. A natureza automaticamente distribui a energia entre as duas linhas em função das características elétricas das linhas.

Valor: Não há tecnologia para se medir esse fluxo?

Veiga: Poderia se fazer por meio de links de corrente contínua. Mas seria caríssimo.

Valor: Então ficamos à mercê das leis de Kirchhoff?

Veiga: Quando se planeja a transmissão, é feita uma série de simulações com milhões de cenários, que permitem que seja possível levar em consideração que os fluxos se distribuem de determinada maneira. É simulada a retirada de cada linha, uma a uma, para verificar por onde passariam os fluxos e garantir que, tirando uma linha, esses fluxos ainda passariam por uma outra linha e não teriam problemas. O sistema é planejado para levar em consideração que os equipamentos falham. Porque eles falham mesmo. Então o sistema é desenhado levando em consideração que linhas podem falhar e é colocado um reforço no sistema, isto é, se criam caminhos alternativos de transporte de energia.

Valor: Aparentemente não havia esse caminho alternativo na semana passada.

Veiga: Existe um problema particular quando se tem uma usina como Itaipu. Ela é muito grande, responde por 20% da geração do país, e está a 900 quilômetros do centro de carga. Então é como se todos os caminhos andassem juntos. Mas o sistema de Itaipu é protegido e não é qualquer raio que o derruba. Se pode perder uma linha, até duas linhas, que não dá problema. Mas ninguém desenhou ou projetou o sistema para a saída de três linhas de operação, como disse o ONS. E não é uma questão de colocar mais reforços, pois custariam centenas de milhões de reais, que onerariam a conta do consumidor.

Valor: Não há margem de manobra, então, quando caem as três linhas que ligam Itaipu ao Sudeste?

Veiga: O que torna a operação ainda mais complicada é que, como estes fenômenos ocorrem em frações de segundos, o ser humano não tem tempo de agir. É por isso que se faz uma pré-programação e o sistema está preparado para, quando determinada linha receber fluxo maior, que ela seja desligada. Mas algumas vezes pode acontecer de o equipamento falhar e não acionar a instrução dada para se desligar a linha. Aí aquilo que devia estar desligado continua ligado e se começa a ter problemas, porque toda a coreografia previamente ensaiada pode começar a falhar.

Valor: O sr. não acha que a explicação da causa do apagão está demorando?

Veiga: Amanhã (hoje) vai sair a análise do ONS do que aconteceu. A demora é justificável, porque o sistema possui registros segundo a segundo do que aconteceu, como se fossem caixas pretas. O que os técnicos estão fazendo é olhando essas caixas pretas e verificando cada relé, cada chave, cada disjuntor para saber o que aconteceu.

Valor: Por essa complexidade, parece que não é fora do normal ter demorado para voltar a luz…

Veiga: Sim e não. Porque você também se prepara para a falha. Imagine que houve um blecaute num país e toda a demanda desapareceu. A linha pode ser religada em frações de segundo, mas isso não é feito, porque quando existe uma falha do país inteiro o operador sabe qual era o consumo um segundo antes de dar o problema, só que quando falta a luz, as pessoas desligam seus equipamentos. O operador tem um problema complicado, porque ele não sabe qual a demanda que vai ter no sistema quando ele religar. Vamos imaginar que o sistema estava consumindo 50 mil MW na hora que caiu a energia, mas pessoas desligaram seus aparelhos e a carga, se fosse religada, seria de 30 mil MW. Mas operador estimou 40 mil MW e se ele religar haverá novo desequilíbrio e o sistema cai de novo. Por isso é feita uma divisão no sistema, já pré-programada, que se chama de ilhamento. Se o ilhamento funcionar você continua tendo o sistema que caiu, mas sabe que ele foi isolado. Agora existem vários megaquarteirões e se começa a recuperar a geração para cada um separadamente. O ideal, que qualquer centro de controle busca, é que as falhas não ocorram, mas se ocorrerem que se consiga fazer o desligamento de maneira organizada. No relatório do ONS, um dos assuntos que vai ser discutido é se esse esquema de desligamento funcionou 100% como esperado ou, se pela magnitude da falha, não teria condições físicas de esse esquema funcionar. O que significa que caiu mais energia do que se esperava. Se pode usar o script mas também é preciso usar a experiência do operador.

Valor: Nunca se cogitou a possibilidade de Itaipu sair do sistema?

Veiga: Não posso falar pelo ONS, mas em nenhum lugar do mundo se planeja o sistema para falharem três linhas de transmissão como aconteceu na semana passada. Certamente foi um evento absolutamente inesperado. O importante é saber se as três linhas falharam por um azar imenso, ou se houve uma causa comum, um megarraio nas três linhas, ou se na verdade quando uma falhou, houve algum problema na proteção que, de alguma maneira – isso certamente o ONS vai esclarecer -, teria levado à falha das outras duas. Então é o seguinte: se deu um azar cósmico e falharam as três ao mesmo tempo por razões independentes, aí realmente é um azar gigantesco e é muito pouco provável mesmo. O que é mais provável é terem falhado uma ou duas das linhas e ter havido mais um incidente que levou à falha da terceira. Em geral, as falhas que causam problemas nunca são espetaculares. São uma combinação inesperada de fatores que, cada um isoladamente, não traria problemas.

Valor: Poderia ter sido evitado este apagão?

Veiga: Prevenir-se do conjunto de pequenas causas é um grande desafio, porque estamos falando de milhares e milhares de componentes, e quando você pensa em todas as combinações de pequenos acidentes que podem no conjunto dar errado, você estaria analisando bilhões ou trilhões de possíveis causas. Tenta-se da melhor maneira possível se prevenir, com reforços, com caminhos duplicados, mas sempre é possível acontecer um problema.

Valor: O fato de Itaipu naquele momento estar gerando a plena capacidade pode ter contribuído?

Veiga: Claro que se tivesse gerando pouco, e as três linhas falhassem, a energia poderia passar pelas outras. Mas se durante seis anos, que foi o tempo entre o último blecaute e agora, se tivesse criado um procedimento para Itaipu nunca gerar a plena capacidade, se estaria deixando de utilizar a energia hidrelétrica barata de Itaipu para utilizar algo mais caro. Quando se faz a conta, se vê que isso possivelmente não era uma solução razoável. O fundamental é que causas sejam explicadas, identificadas e erros corrigidos. Se foi algo imprevisto, paciência, tem que melhorar.

Valor: De certa forma o sistema formou um ilhamento, mas que abrangeu todo o Sudeste..

Veiga: Quando se perde toda a energia de Itaipu, não tem jeito, lembre que a cada segundo o total de geração tem que ser o total de demanda, então se toda a energia de Itaipu sai do ar tenho que cortar essa demanda, e nas áreas que são mais afetadas pela energia que foi embora. Então não tem jeito, que o Sudeste ia ser cortado, ninguém tem dúvidas. A questão que o ONS vai esclarecer é se pelo fato de ter havido falha mais severa é que foi necessário cortar mais demanda do que a oferta de Itaipu.

Valor: Então o Sudeste sempre vai ser afetado pela saída de Itaipu?

Veiga: A gente fica traumatizado, mas é bom lembrar que é a primeira vez na história que houve a saída de Itaipu. Se Tucuruí falhar, vai afetar o Nordeste. Não tem almoço grátis. São os riscos que traz uma energia limpa, barata. Mesmo com todos os esforços para evitar que ocorram acidentes, nunca é impossível de se ter apagão. O importante sempre é que as recomendações e aperfeiçoamentos sejam implementados.

Valor: O sr. acredita que o ONS tem liberdade para divulgar exatamente tudo o que aconteceu, ou vai existir pressão política?

Veiga: Não imagino que haja pressão política e uma das razões é que na lei do modelo do setor elétrico foi dada total blindagem política para a diretoria do ONS. Embora o ONS seja empresa privada, as empresas que contribuem não tem qualquer ingerência no ONS, nem o governo. Essa blindagem existe para dar todas as condições de o operador fazer um trabalho técnico, que sempre tem feito.

Valor: A experiência vivida em outros apagões foi aproveitada?

Veiga: Várias recomendações da análise dos apagões de 1999 e 2003 foram aproveitadas. Não sei se todas, mas várias delas com certeza foram. Mas este é um processo que tem que ser constante. E não se é obrigado a implementar todas as propostas, porque alguma delas têm que comparar custo e benefício para saber se vale à pena. O fato de não ser implementada não significa que houve descuido ou descaso.

do jornal Valor Econômico



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Sr. José Serra: obras mal feitas caem ou estragam rápido

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"Em janeiro de 2007, foi a "cratera" do Metrô: as obras da futura estação Pinheiros da Linha-4 Amarela cederam, matando sete pessoas. No dia 21 de março de 2008, chegou a vez do Expresso Tiradentes. Parte da construção caiu no final da noite na zona sul de São Paulo. Já na última sexta-feira (13), as vigas de um viaduto do trecho sul do Rodoanel desabaram, destruindo veículos e deixando três motoristas feridos.
"Atuando por mais de 20 anos como perito convidado em investigações do Ministério Público e da Justiça em São Paulo, o professor José Elias Laier detectou essa anomalia nas "dezenas" de obras irregulares que teve que analisar".

"Até então estranhos à população, os acidentes de engenharia parecem ter se tornado uma rotina anual das obras públicas de São Paulo".

"Do ponto de vista jurídico, até que os editais e os projetos são corretos. Mas, inclusive pela pressa, eles são muito mal feitos do ponto de vista técnico. São colocados no mercado sem detalhes", conta. "Tais quesitos são discutidos depois, dando margem para que as empreiteiras sigam seu interesse, que muitas vezes é economizar em materiais. Além disso, esse tipo de conduta, por deixar especificidades em aberto, deixa a fiscalização muito complicada", analisa ele, que é professor de Dinâmica das Estruturas da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP).

DO UOL NOTÍCIAS, QUE CONSEGUIU FAZER UMA REPORTAGEM ENORME SEM FALAR NO NOME DO SERRA, DO SEU SECRETÁRIO DE TRANSPORTE E DE SUSPEITAS DE CORRUPÇÃO NAS OBRAS DO ESTADO DE SÃO PAULO.

OBRA MAL FEITA CAI OU ESTRAGA RÁPIDO. ESTA É A REGRA EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO. NÃO SERIA DIFERENTE NA SÃO PAULO DO JOSÉ SERRA.

O RODOANEL DO SERRA É UM TRECHO DE ESTRADA DE APENAS 61 KM. QUEM ESCUTA ELE FALANDO TEM A SENSAÇÃO QUE É ENORME. NA REALIDADE É UMA ESTRADA PEQUENA, COM MUITA PROPAGANDA E UM CUSTO ENORME.

SÃO MAIS DE 4 BILHÕES PARA CONSTRUIR 61 KILÔMETROS. E O PREÇO VAI FICANDO "CADA DIA MAIOR".

O NOVO MALUF DE SÃO PAULO AGE ASSIM: POUCAS OBRAS, CARAS, MAL FEITAS E COM MUITA PROPAGANDA.

TEM GENTE SE ILUDE E GOSTA DESTE TIPO DE POLÍTICO.

ALERTA: PIOR QUE AS OBRAS DE ESTRADAS SÃO AS OBRAS EM ESCOLAS. SÃO POUCAS, CARAS E MAL FEITAS TAMBÉM. LEIA AQUI O QUE OS JORNAIS CONSERVADORES NÃO MOSTRAM: Reformas que pedem reformas http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/10/reforma-que-pedem-reformas.html

Leia também:

A publicidade do governo de São Paulo é indecente
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/05/publicidade-do-governo-de-sao-paulo-e.html

José Serra vai à casa do dono da editora Abril
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/11/serra-vai-casa-do-dono-da-editora-abril.html




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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Célia Leão ( PSDB - Campinas) vai assinar agora a CPI do Rodoanel?

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Célia Leão é uma deputada estadual daqui da região de Campinas.

Ela já é conhecida na cidade como a Dama da Impunidade.

Por ser fiel aos governadores e infiel ao povo da região, ela NÃO ASSINA pedidos de CPIs como a do Rodoanel.

A deputada conhecida como a Dama da Impunidade arranjou cargos para o marido dela. Cargos importantes e bem remunerados http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/07/boquinha-do-marido-da-deputada-celia.html

Enquanto isto o combate a corrupção aqui em São Paulo fica travado. Nós sabemos que São Paulo é um dos estados mais corruptos do Brasil. Talvez seja o mais corrupto.

A prioridade máxima do nosso estado deveria ser combater a corrupção. Mas o ministério público é pouco interessado. O tribunal de contas do estado é dominado por políticos amigos dos governadores. A polícia civil não foca na corrupção pública e a Assembléia legislativa não aprova as CPIs necessárias para INVESTIGAÇÃO.

É impunidade quase garantida.

O quase fica por conta de investigações da polícia federal, do ministério público e do TCU.

A corrupção do governo de São Paulo é investigada até na França e na Suíça.

Não é investigada na assembléia graças ao apoio ao governador de deputados como a Célia Leão (PSDB - Campinas ) que negam seu apoio para as CPIs necessárias.

Veja este trecho da reportagem: "O PT tenta emplacar desde 2001 a CPI do Rodoanel na assembleia paulista. Até esta segunda-feira, a bancada contava com 23 assinaturas de deputados da oposição, sendo que são necessárias 32.

De acordo com a assessoria do PT, além do acidente, a CPI pretende apurar também as irregularidades apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) --conforme publicado pela Folha no domingo (15).

Segundo a reportagem, a auditoria foi realizada em 2007 e 2008 e revelou que as construtoras optaram por utilizar outro material que o previsto em contrato. O TCU --que investiga os contratos desde 2003-- aponta ainda outras 13 irregularidades no percurso de 61 quilômetros". Folha on-line 17/11/09

O rodoanel é uma obra problemática, dede a época do governo Alckmin. Os custos são absurdamente altos. Merecem uma investigação séria.

Esta notícia mostra o que aconteceu graças ao Ministério Público FEDERAL: Ministério Público Federal evita rombo de R$ 235 milhões no Rodoanel/Serra
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/09/ministerio-publico-federal-evita-rombo.html

Veja também: Obra polêmica, rodoanel de São Paulo desaba http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/11/obra-polemica-rodoanel-de-sao-paulo.html

Esta obra merece ou não merece uma investigação cuidadosa?

Vamos ver se agora a deputada Célia Leão começa a atuar segundo o desejo do povo da região de Campinas que quer ver toda a corrupção INVESTIGADA E OS CULPADOS PUNIDOS.

Estes culpados tem que ser punidos mesmo que sejam do mesmo partido da deputada.

De novo, coloco o Blog do Chicão a disposição da deputada para seus esclarecimentos.


Leia também:

Deputada Célia Leão ( PSDB - Campinas ) não assina CPI da Alstom
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/10/deputada-celia-leao-psdb-campinas-nao.html

Para saber mais sobre o Rodoanel de São Paulo é só pesquisar no blog do Chicão. Digite rodoanel na caixa de pesquisa do blog.

Governo Serra apronta e TCU joga a culpa no governo Lula
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/10/governo-serra-apronta-e-tcu-joga-culpa.html



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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O apagão de energia do Serra e do Aécio

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Esperei alguns dias para haver mais informações sobre o blecaute (apagão) de energia.

Não julgar rápido é minha regra número um.

Primeiro: este é um ótimo momento para rever toda a segurança do sistema de transmissão de energia. Ele é muito bom, mas pode ficar MELHOR. O ideal são auditorias externas, várias delas. Portanto, as causas ainda estão por serem explicadas convincentemente.

Segundo: nas reportagens dos jornais, rádios e tvs conservadores só apareciam exemplos do RJ e da Sabesp (companhia de águas de SP). Fui investigar e veja estes dados:

"O problema começou às 22h13, ...

Os dados do operador apontam que às 22h29 a carga da região Sul (16 minutos após) já estava restabelecida, da região Centro-Oeste às 22h50 (37 minutos após) e da região Nordeste às 22h55 (42 minutos após o início). Às 23h50 foi restabelecida a carga de Minas Gerais (uma hora e 37 minutos após).

O restabelecimento gradativo de energia em São Paulo começou à 0h04 (uma hora e 51 minutos) e no Rio de Janeiro e Espírito Santo à 0h40 (2 horas e 27 minutos). À 1h44 foi restabelecido o SIN. Mas o problema todo foi sanado às 3h15 de quarta-feira (11)". http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u652896.shtml

O tempo para voltar a energia variou de 16 minutos à 2 horas e 27 minutos.

terceiro: Porque São Paulo ficou dias COM FALTA DE ÁGUA?

São Paulo ficou uma hora e 51 minutos "sem energia". Na realidade, aqui na região de Campinas a luz voltou em aproximadamente meia hora.

A Sabesp ganhou fama nacional por causa da propaganda maciça FORA do estado de S Paulo. O José Serra aumentou os gastos de propaganda do seu governo em 700%. Um absurdo.

Toda diretoria da Sabesp está empenhada em POLÍTICA. A empresa está perdendo qualidade. Os problemas da empresa estão aumentando à medida que o gerenciamento é substituído por propaganda e política. Todos os integrantes da diretoria estão lá indicados por INTERESSES POLÍTICOS.

A falta de água que aconteceu em são Paulo é somente uma pequena amostra da falta de planejamento, manutenção e preparo da Sabesp.

Como o Serra é amiguinho dos donos de jornais ele se torna vítima.

Quarto: Quem manda na Light, a empresa distribuidora de energia do RJ, é uma empresa chamada Rio Minas Energia Participações S.A. (RME). Quem controla de fato a empresa: Cemig - do governo de Minas Gerais. A Cemig quer mandar mais ainda comprando partes de outros sócios http://www.energiahoje.com/online/eletrica/transmissao/2009/10/22/396530/cemig-maior-na-light.html

A energia no RJ foi normalizada em 2 horas e 27 minutos (as 00h40).

Porque a Lúcia Hippólito disse no rádio que a energia da casa dela só voltou as 4 horas da manhã?

A comentarista é mentirosa, mas não teria porque mentir em algo tão banal.

A transmissão de energia voltou, a DISTIBUIÇÃO NÃO.

Porque a Lúcia não perguntou para o Aécio o que aconteceu?

Ela é safadinha, não?

Quem faz a distribuição no RJ é a Light. Ela NÃO conseguiu distribuir. OU FEZ CORPO MOLE para tirar proveito político do blecaute.

Quinto: de resto é o mesmo jogo político de sempre. O melhor para nós é:

a) o estudo sério e racional para melhorar o sistema de distribuição de energia. Mesmo que tenha sido os raios que causaram o blecaute é necessário rever todo o sistema. Ele é bom, é considerado um dos melhores do mundo. E PODE MELHORAR.

b) devemos saber o que aconteceu com a Sabesp. O que pode melhorar e quais as ineficiências dela. Devemos colocar pressão para ter menos propaganda e menos política na empresa.

c) a Light tem que fazer um estudo sério sobre o porque demorou tanto para voltar a distribuir energia. Rapidez de reação é uma das maiores virtudes de áreas estratégicas.

Isto é mais importante: estudar, aprender e melhorar sempre.




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domingo, 15 de novembro de 2009

Brasil promete cortar até 38,9% das emissões de gases até 2020

São Paulo - O governo assumiu o compromisso de reduzir de 36,1% a 38,9% suas emissões de gases causadores do efeito estufa estimadas para 2020, disse a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a jornalistas em São Paulo nesta sexta-feira (13).

Segundo a ministra, essa é a faixa com que o país vai trabalhar com base em "ações voluntárias". Dilma disse ainda que foi levado em conta um crescimento do PIB de 4% a 6% ao ano até 2020.

"Nosso objetivo com isso é assumir uma posição política nesse caso, mostrando que o Brasil tem compromissos com o desenvolvimento sustentável", afirmou Dilma.

O Brasil pretende desempenhar papel-chave na cúpula mundial sobre o clima, marcada para o mês que vem em Copenhague, capital da Dinamarca e, com essa oferta de redução, pretende convencer os países ricos a anunciarem metas próprias.

Anteriormente, o governo já havia anunciado o compromisso de reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia até 2020, o que representa um corte de 20% nas emissões dos gases-estufa. Segundo o Ministério do Meio Ambiente significa corte de cerca de 580 milhões de toneladas de CO2.

As negociações na capital dinamarquesa têm o objetivo de chegar a um acordo que suceda o Protocolo de Kyoto, de 1997, para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, apontados como responsáveis pelo aquecimento global.

Entre os principais entraves para um acordo estão divergências sobre como dividir os esforços de redução de emissões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e de onde sairão bilhões de dólares em recursos apara ajudar os países pobres a fazerem frente às mudanças no clima.

da Rede Brasil Atual

http://www.redebrasilatual.com.br/temas/ambiente/brasil-promete-cortar-ate-38-9-das-emissoes-de-gases-ate-2020/view


Nota do Chicão:

Me parece uma opção ao mesmo tempo ambiciosa e factível.

É possível lutar para atingir esta meta ambiciosa.

Não será fácil!

Ecologia é assim: todos apoiam, principalmente na casa dos outros...



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Código florestal, a proposta de mudança do Ministério do Meio Ambiente

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O latifúndio da biodiversidade

comentário ambiental da semana, o ecólogo Felipe Amaral aborda as mudanças no Código Ambiental federal, que beneficiam o pequeno agricultor – e justamente por isso, encontram resistência do agronegócio.

Porto Alegre (RS) - As medidas anunciadas pelo governo federal, através do Ministério do Meio Ambiente, sobre as alterações no Código Florestal Brasileiro deixam cada vez mais as iniciativas estaduais, como a de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, fora do contexto socioambiental e principalmente acentuam o caráter inconstitucional destas propostas.

Foram anunciadas recentemente medidas práticas que vão beneficiar grande parte dos produtores rurais, principalmente aqueles da agricultura familiar. Hoje o proprietário de terras até 150 hectares pode fazer a averbação da Reserva Legal, de forma fácil e simplificada, simplesmente apresentando ao órgão ambiental um breve desenho da área indicando onde será a RL. Logo o órgão competente irá fazer a visita à propriedade para colher os dados georeferenciados, e em seguida deve encaminhar para o cartório a documentação. Um ato simples e desburocratizado.

Outra medida que facilita a vida dos pequenos proprietários, e creio que foi tomada pelo bom censo visto que o prazo para regularização das propriedades até Dezembro deste ano era no mínimo descabido, trata da carência ou prazo para o processo de regulação fundiária. Através do processo simplificado mencionado anteriormente, os proprietários podem protocolar o pedido de averbação no órgão competente, e estes terão o prazo de até 6 meses para proceder a averbação. Isto significa que a responsabilidade passa para o Estado que, durante este prazo, ao até que seja feita a averbação, não poderá multar os proprietários que estiverem com seus processos em andamento.

Mas existe a possibilidade do proprietário, com o mesmo enquadramento de 150 hectares e na Agricultura Familiar, aderir ao Programa Federal de Regularização Ambiental, que estabelece prazo de até três anos para aqueles proprietários que assinarem um termo de compromisso. O programa estabelece uma diversificada agenda de informação técnica, além de criar o Cadastramento Ambiental Rural (CAR) no MMA e programas de apoio como distribuição de mudas e sementes e capacitação. Também estão incluídas nas medidas do MMA a legalização de plantios tradicionais em morros e encostas como café, mate, maçã, pêra e uva.

Um ponto polêmico se refere à compensação ambiental em Sistemas de Cotas em outras propriedades. Isto significa que o grande agricultor, para se regularizar, pode comprar uma cota de reserva florestal de outro agricultor, que pode ganhar dinheiro vendendo uma cota da área que preservou. A base instituída seria de um hectare por cota. Segundo informações no sitio do Ministério do Meio Ambiente, se o agricultor tem 10 hectares de excedente de reserva legal, ele poderá transformar em 10 cotas de reserva florestal e vendê-las para outro agricultor que deve regularizar seu passivo ambiental. Esta regra só vale para propriedades localizadas no mesmo bioma e na mesma bacia hidrográfica.

Na realidade esta é uma medida que beneficia pequenos proprietários que preservaram suas áreas, por distintos motivos, até mesmo pela impossibilidade de mão-de-obra ou características morfológicas do terreno, mas beneficia em sua grande maioria médios e grandes proprietários ligados ao agronegócio. O que não está claro e definido é o valor específico que será destinado às áreas de preservação, pago a quem conservou. Cria-se a figura do arrendatário de biodiversidade. Devemos estar atentos para os latifúndios da biodiversidade, vendendo cotas para o mundo do agronegócio ampliar suas áreas de monocultivos altamente impactantes ao meio ambiente, com sua agricultura mecanizada e química.

Sobre a contabilidade da Reserva Legal na Área de Preservação, existe a possibilidade de o benefício ser ampliado para propriedades de até 800 hectares, não somente até 150 como anteriormente anunciado - este é o lobby dos ruralistas, que não estão acostumados a ficar de fora de qualquer benefício oferecido pelo governo.

Evidente que estas iniciativas não tiram a pressão sobre o Código Florestal Brasileiro, visto que está na pauta a votação de medida que permite a recuperação de Reservas Legais com espécies exóticas, e anistia os desmatamentos realizados antes de Julho de 2006, sem obrigatoriedade de recuperação. Ainda há a possibilidade de definição das Áreas de Preservação Permanentes (APPs) pelos poderes locais – o que seria a estadualização da legislação ambiental, exatamente o que está proposto no PL 154, que altera a legislação ambiental do RS, por exemplo.

Embora não amenize a pressão sobre a legislação ambiental, iniciativas que somam esforços de preservação e incentivem a produção podem servir como base para esvaziar discursos demagógicos e ampliar a inconstitucionalidade de projetos predatórios ao meio ambiente e ao conjunto da sociedade.

Felipe Amaral é ecólogo e integrante do Instituto Biofilia

Da Agência Chasque
http://www.agenciachasque.com.br/ler01.php?idsecao=b47acc1f43d10edd291939944526b1e9&&idtitulo=d7f130d6576e2c4fcd08bcaced320bbc

Nota do Chicão:

Por não ter opinião formada sobre o assunto vou colocar no blog algumas opiniões.



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sábado, 14 de novembro de 2009

Obra polêmica rodoanel de São Paulo desaba

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Uma vez estava viajando pela rodovia dos Bandeirantes e tinha uma placa assim:

ROUBOANEL com uma seta indicando a entrada.

Era o governo Alckmin. A obra do trecho foi absurdamente cara. Foram vários BILHÕES de reais para construir poucas dezenas de kilômetros.

O Serra resolveu construir mais um trecho da obra polêmica.

São pouco mais de 60 kilômetros. O preço da obra, porém, é muito mais alto que o do Alckmin.

A oposição já quiz fazer CPI da obra, mas nunca conseguiu o número necessário de assinaturas de deputados estaduais.

O ministério público estadual e o tribunal de contas do estado simplesmente NUNCA fazem nada para combater a corrupção.

No máximo vão atrás de alguns "pé rapado".

São Paulo é o sonho e o exemplo de todo bandido: IMPUNIDADE CERTA.

Quando o ministério público federal agiu apareceram milhões de reais de prejuízos aos brasileiros (já que grande parte do dinheiro é o Lula que manda). Leia aqui: Ministério Público Federal evita rombo de R$ 235 milhões no Rodoanel/Serra http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/09/ministerio-publico-federal-evita-rombo.html




Ou seja, para combater a corrupção, o desperdício e o descontrole em São Paulo deve-se primeiro começar a investigar.

A iniciativa de combater a corrupção deveria partir do próprio governador. Mas, ele não faz.

Uma das suas primeiras iniciativas como governador foi VETAR uma leid e Transparência pública.

Ele quer que tudo fique escondido, sem investigação, sem transparência.

Ele quer que fique assim PORQUE TEM MUITA GENTE QUE ACREDITA QUE O QUE NÃO APARECE É PORQUE NÃO EXISTE.

O Blog do Chicão quer alertar a população de que é importante que os problemas apareçam, porque só assim podem ser resolvidos. Escondê-los é o pior caminho, é útil apenas para os bandidos e os incompetentes.

Sobre a queda do viaduto leia isto:

"A auditoria, realizada entre maio e julho de 2008, também aponta alterações no projeto básico. As empresas contratadas alteraram métodos construtivos com redução no número de vigas usadas em pontes, substituição de estacas metálicas por pré-moldadas e troca de areia por brita em muros de contenção, por exemplo.Assim, usaram menos material na construção, mas receberam o mesmo dinheiro, segundo o documento". Leia mais aqui.

Leia também:

Reformas que pedem reformas
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/10/reforma-que-pedem-reformas.html


Governo Serra apronta e TCU joga a culpa no governo Lula
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/10/governo-serra-apronta-e-tcu-joga-culpa.html

Pesquise mais sobre o rodoanel, digitando rodoanel na pesquisa do blog do Chicão.





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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Piada de mineiro: o ICMS em Minas Gerais e a cocaína

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Um mineiro conversava com o outro.

- cumpadi, eu descubri que a luz aqui em Minas paga 30% de um tar de ICMS, que é um impostão.

- UAI! O cumpadi num sabia? É que aqui depende du guvernador Aécio. A energia paga 30%, mas a cerveja paga só 12% deste tar de ICMS. Os cachaceiros adoram o cara.

- Intendi, cumpadi. É por isto que eles querem que a cocaína continue ilegar?

- Num intendi? Sou ruim em ecunomia...

- É que ilegar a cocaína paga 0% de ICMS.

- Mas será o benedito? Cumpadi... óia que trem!




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Sexta-feira 13, dia de maus tratos a animais

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"Para evitar maus-tratos aos animais, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da Prefeitura de São Paulo vai proibir hoje, sexta-feira 13, a adoção de gatos pretos e outros animais que estejam com a saúde debilitada.

O centro de zoonoses observou que a procura por esses animais --que normalmente é quase nula-- aumenta perto de datas como as sextas-feiras que caem no dia 13, a Semana Santa e o Dia das Bruxas e diz acreditar que os bichos sejam usados em rituais de bruxaria e magia negra". UOL

Nota do Chicão:

É preciso que este alerta seja dado em todo o Brasil.

Quem souber de alguém que maltrata animais ou os sacrifica deve comuniar à polícia.

Os animais merecem respeito.

Ajude o Blog do Chicão ( http://chicaodoispassos.blogspot.com/ )a divulgar esta mensagem.



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José Serra vai à casa do dono da editora Abril

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O jornal O Estado de SP relatou que o Serra visitou a casa de um dos donos da Editora Abril, Roberto Civita.

Os dois são amigos. Um apóia o outro.

A população do Brasil perde com esta amizade.

Aliás, será que a festinha foi realizada para comemorar as constantes compras SEM CONCORRÊNCIA de produtos da editora Abril?

São compras que ajudam a editora Abril, ajuda com dinheiro e divulgação dos produtos da empresa.

Não há concorrência, sequer escolhem o que há de melhor.

O importante é o Serra mostrar que será sempre serviçal dos interesses econômicos e políticos dos donos da editora Abril (grande parte destes donos são sul-africanos).

E as compras não param ...

O Blog NaMaria News denuncia MAIS UMA compras ABSURDAS.

"DIÁRIO OFICIAL- 1/setembro/2009
Contrato: 15/0528/09/04- Empresa: Editora Abril S/A - Objeto: Aquisição pela FDE de 2.259 assinaturas da Revista RECREIO destinada as escolas e Diretorias de Ensino, sendo 01 exemplar por classe da 1ª série - CEI - Programa Ler e Escrever - Prazo: 486 dias - Data de Assinatura: 28/08/2009.
- Valor: R$ 891.220,68"

http://namarianews.blogspot.com/2009/10/pequena-atualizacao-das-compras.html

Observe agora a porcaria que o Serra está comprando para as escolas só para ajudar os NEGÓCIOS dos donos da Abril (e atrapalhar a educação das crianças com maus exemplos e futilidades)





Os temas da revista Recreio de Novembro de 2009:

"Mário e Luigi vão parar dentro do Bowser"

"Grátis um boneco CircoMix"

"Tudo sobre os fantásmas de Scrooge, um filme cheio de sustos"

Estas são as chamadas da capa.

Como você pode observar são matérias NADA pedagógicas, que apenas falam de futilidades e de consumismo.

Existem revistas infantis muito mais úteis e didáticas.

Mas, o apoio político dos donos da editora Abril é mais importante para a sede dee poder do Serra.

Mesmo que as crianças sejam prejudicadas.



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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Apagão: o Lula e a Dilma vão dar conta...

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Teve um pequeno apagão. Pouca gente notou, mas os jornais e tvs conservadores estão tendo o xilique tradicional.

Na minha residência a energia ficou em meia fase por cerca de meia hora. Na residência de um amigo que mora no sul do Brasil ficou 10 minutos sem energia. No triângulo mineiro e no sul de minas amigos meus nem sequer notaram o tal apagão (na realidade blecaute). Mas... a imprensa dá seu xilique tradicional e os "especialistas" abundam com todo tipo de opinião.

Os conservadores aproveitam para atacar a Dilma.

Quem é a Dilma?

É o braço direito do Lula.

Portanto, o Lula e a Dilma vão dar conta deste problema.

Este foi mais ou menos o diálogo que escutei hoje.

Acho que o tiro dos conservadores vai sair pela culatra.

Vamos esperar para ver.

PS: espero que haja uma discussão técnica que permita identificar erros e tornar o sistema elétrico mais seguro e eficiente.

É isto o que interessa.

PS2: tem um tal Adriano Pires, especialista em tudo, que é sempre entrevistado para colaborar com o xilique geral dos conservadores. Ele sempre aparece nestas horas. É um cara pouco escrupuloso.
Leia este texto sobre ele: Mentiras contra a Petrobras
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2008/11/mentiras-contra-petrobrs.html

Este é o nível dos entrevistados pelos jornais e tvs conservadores.

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Petrobras é a terceira maior empresa de capital aberto das Américas.

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Pesquisa da consultoria Economática mostra que companhia cresceu US$ 192,5 bilhões em valor de mercado entre dezembro de 2002 e novembro de 2009 e só está atrás da Exxon e da Microsoft.

A Petrobras é a terceira maior empresa de capital aberto do continente americano, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (10/11) pela consultoria Economática. A pesquisa mostra que a companhia teve um crescimento de US$ 192,5 bilhões de valor de mercado, entre dezembro de 2002 e novembro de 2009, passando de US$ 15,4 bi para US$ 207,9 bi. A primeira e segunda colocadas da lista são as empresas americanas Exxon (US$ 345,8 bi) e Microsoft (US$ 257,4 bi).

No final do 2002 a Petrobras ocupava a 121ª colocação no ranking das maiores empresas de capital aberto do continente. Desde então, a Petrobras subiu 118 posições.

O resultado coloca a Petrobras à frente de empresas como Wal Mart (US$ 200,6 bi), Apple (US$ 181,5 bi) e Procter & Gamble (US$ 180,7 bi), que ficaram respectivamente na quarta, quinta e sexta posições na lista, que inclui ainda outras multinacionais como Google, Johnson & Johnson, Texaco e Coca-Cola. do Jornal do Brasil


Nota do Chicão:

Não é só o tamanho que importa.

Importa que foi a Petrobras que "roeu o osso" para investir no Brasil. Ela é que enfrentou o desafio e continua enfrentando.

Tanto é que vem batendo recordes sucessivos de prospecção em alto mar. Ou seja, em outros países, em condições similares, as empresas estrangeiras NÃO SE INTERESSARAM POR EXPLORAR.

É preciso que os brasileiros aprendam a valorizar o que há de bom no Brasil.

A Petobras é uma destas coisas boas.




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A luta dos entreguistas para destruir a Petrobras

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FHC e o PSDB, os algozes da Petrobras

O pai, grande lutador pela empresa, o filho fez tudo para destruí-la.
O presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu uma missão: desmontar o País. A Petrobras está na sua longa agenda macabra de demolidor do futuro.
Acompanhe os passos de FHC rumo ao seu grande objetivo:
1993

Neste ano, o então ministro FHC promoveu um corte de 52% no orçamento de 1994 da PETROBRAS. Isto só não paralisou a empresa porque estourou no Congresso o escândalo do Orçamento, impedindo que se fechasse o orçamento geral da União antes de outubro de 94. Ainda assim a PETROBRAS teve retardados diversos projetos em andamento.

1994

Através do Departamento Nacional de Combustíveis, o ministro FHC promoveu uma manipulação da estrutura de preços que transferiu, permanentemente, da PETROBRAS para as multi nacionais da distribuição cerca de US$ 3 bilhões/ano. Nos 6 meses que antecederam a URV o governo deu dois aumentos por mês aos combustíveis para compensar a desvalorização diária da moeda nacional frente ao dólar.
Nesses aumentos, a parcela da PETROBRAS aumentava abaixo da inflação enquanto a das distribuidoras aumentava acima da inflação. De dezembro de 93 a abril de 94 os aumentos foram de: a) inflação 536%; b) parcela da PETROBRAS 491% e c) distribuidoras 703%. Com a Urverização os ganhos e perdas respectivas se tornaram permanentes, criando no Brasil a maior margem de distribuição do mundo.
1995

O governo, mais uma vez, faltando com o compromisso negociado com a categoria, levou os petroleiros à greve com o firme propósito de destruir o sindicalismo brasileiro. E colocou tropas militares nas refinarias, deixando as distribuidoras de combustíveis e de gás sonegarem os produtos. Há documentos do DNC provando isto.
Pelo Cano
Em 1995, deflagrou a construção do gasoduto Bolívia-Brasil que vai permitir às empresas do Cartel das 5 irmãs venderem uma massa de 1,1 trilhão de m3 de gás ao único cliente possível (150 bi na Bolívia, 350 bi de m3 em Camisea, Peru, descoberto pela Shell em 1983 e até hoje não explorado e 600 bi de m3 na Argentina, pertencentes à Shell, Enron e British).
A PETROBRAS constrói o duto (economicamente inviável) drenando recursos que poderiam ser aplicados na Bacia de Campos, onde o retorno é acima de 60% ao ano. O gás vai ser usado em termoelétricas. Teremos uma matriz energética mais poluente e estaremos dependentes de energia externa fornecida por um monopólio natural, comandado por multinacionais. Mary Quinn, diretora de investimentos do C.S.F. Boston declarou que não consegue explicar este investimento da Petrobras.
Quebra

Em 1995, a quebra do monopólio do petróleo com pressões, chantagens e barganhas com o Congresso Nacional.
Ainda em 1994, no governo Itamar, as estatais estratégicas, durante o processo de Revisão Constitucional, enviaram os seus técnicos a Brasília para dar informações sobre os dados significativos das empresas. Isto ajudou a impedir que a Revisão Constitucional se realizasse. No governo FHC os empregados foram proibidos de ir ao Congresso conversar com os parlamentares sob pena de demissão. O Decreto 1.403 de fevereiro de 95 criou o SIAL – Serviço de Informação e Apoio Legislativo, que foi o grupo de “Intelligentzia” criado com a missão de verificar a ida dos empregados para fins de demissão.
1996

Anulação do Contrato de Gestão. Envia a Lei 9.478 que quebra o monopólio da União (art. 26), permite a exportação (art. 60) e cria subsidiárias (art. 65) para cumprir o plano C.S First Boston de desmonte da empresa.
Também em 96, na Europa, os governos assinam um contrato de Gestão com as empresas estatais e estabelecem metas a serem cumpridas pelas empresas.
Caso as metas não sejam cumpridas rolam cabeças de dirigentes. Mas o governo não interfere na gestão das empresas. Por isto elas são eficientes e lucrativas a ponto de comprarem estatais no exterior, inclusive no Brasil. Aqui as estatais são violentadas pelo governo. É o único caso do planeta Terra, em que o acionista majoritário trabalha contra a sua empresa. O governo Collor mudou, em dois anos, 6 presidentes e 24 diretores. O governo FHC vem fazendo um estrago maior. O governo FHC anulou o contrato de Gestão que havia entre o governo e a Petrobras.
O Golpe
FHC envia ao Congresso a Lei 9.478 que iria regulamentar o setor de petróleo após a quebra do monopólio em 1995. A Lei extingue violentamente a Lei 2.004 que criou a PETROBRAS após um dos maiores movimentos cívicos ocorrido no País. A Lei, além de desrespeitar a Constituição em vários artigos, efetiva a quebra do monopólio da União.
O artigo 26 é claro: a concessionária que produzir o petróleo torna-se sua proprietária, cabendo à União o monopólio de rocha vazia. O artigo 60 permite a exportação do petróleo. O nosso petróleo que poderia nos suprir por 40 anos, pode ser exaurido em 10 anos. As Cinco Irmãs têm hoje menos de 5% das reservas mundiais. Usarão as nossas. A Lei é um conjunto de artigos que anulam a Constituição e o bom senso.
1997

Cria a ANP e nomeia o genro para comandar o processo de engessamento da Petrobras.

Corte de R$ 1 bilhão nos investimentos. Obriga a empresa a apelar para parcerias. Os parceiros, que nada investiram, passam a repartir os lucros.
FHC cria a ANP – Agência Nacional do Petróleo, presidida pelo seu genro ivatista David Zilbersztajn. A ANP tem se mostrado a inimiga nº 2 da Petrobras. Atrapalha a empresa, cria fórmulas e dispositivos que a desfavorecem como a portaria nº 3 que a impede de se defender da inflação e da correção cambial. Dá 3 anos para a PETROBRAS pôr em produção os seus campos em águas profundas, enquanto estabelece o prazo de 8 anos para as demais concorrentes. “E dá outras nocivas providências”.
Obriga a empresa a apelar para parcerias. Áreas onde ela investiu pesado, correu todos os riscos e desenvolveu tecnologia, é obrigada agora a dividir os lucros com aquelas empresas que não quiseram correr os riscos. É como se a PETROBRAS comprasse um bilhete premiado e fosse obrigada a repartir o prêmio, recebendo só a metade do valor da compra do bilhete.
1998

Corte nos investimentos. Impede a emissão de debêntures para obter recursos para investimentos. Libera a importação de equipamentos sem IPI e ICMS para multi nacionais.
Proíbe tomar empréstimo no exterior (a 6% ao ano). Impasse na negociação salarial (continua até hoje).
Em plena Copa do Mundo a ANP retira mais 35% das áreas escolhidas pela PETROBRAS, restando para ela apenas 7,1% do total.
ANP emite a Portaria nº 3 que impede a Petrobras de se defender da desvalorização do real e da inflação.
Ocupação

Em 1998, seis empresas ocupam o 12º andar do EDISE (duas delas comandaram a privatização da YPF Argentina – Merryl Linch e Gaffney Cline) – para examinar minuciosamente todos os dados da PETROBRAS.
Neste mesmo ano, promove o corte de um bilhão nos investimentos. Novas paralisações em projetos e atividades importantes. Só a revisão do orçamento promove uma paralisação de mais de três a seis meses na Petrobras. Técnicos das áreas mais cruciais param os seus serviços para analisar e priorizar os cortes. É uma das piores armas de FHC contra a empresa. Projetos de alta rentabilidade vão se tornando inviáveis com as paralisações.

Garrote

Proíbe a empresa de tomar recursos no exterior a juros civilizados, impede-a de emitir debêntures para gerar recursos. Enquanto isto a ANP ameaça retomar as áreas que não produzirem em 3 anos da data da Lei 9.478.
Libera a importação de equipamentos com isenção de impostos pelas multinacionais, inviabilizando a competitividade dos fabricantes nacionais. Gera emprego no exterior e os extingue no País.
1999

Corte nos investimentos.
Delega ao Conselho de Administração o controle absoluto da empresa. Nomeia um conselho de raposas para isto, entre eles Jayme Rotstein, empresário fracassado, lobistas dos usineiros e suplente de senador na chapa derrotada do Roberto Campos e Pio Borges com 23 denúncias de improbidade administrativa no BNDES junto com Mendonça de Barros.
O governo corta novamente R$ 1 bilhão nos investimentos, nova paralisação na empresa. Promove um aumento brutal nos impostos da Petrobras. Alguns aumentaram até 4 vezes como o caso dos royalties. O pior é que sabemos que, se a Petrobras for privatizada, as Cinco Irmãs extinguirão os royalties como fizeram no Mar do Norte, na Índia e na costa da Califórnia, EUA. Alegam que a atividade em águas profundas é dispendiosa e arriscada, conseguindo com isto a revogação do royalty.
Rapinagem

O governo faz um decreto delegando ao Conselho de Administração o controle absoluto da PETROBRAS, modificando dois decretos existentes que davam essas atribuições ao governo.
O governo impede a Petrobrás (BR e Petros) de entrarem no leilão da CONGÁS. É mais uma ingerência ilegal e imoral na empresa.

Veja o texto completo aqui:

http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=22230

Leia também:

O que é uma empresa estratégica?
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2008/07/o-que-uma-empresa-estratgica.html

Petrobrás, impressionante!
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2008/05/petrobrs-impressionante.html



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Obama e a lei de energia limpa

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Por Paulo Cezar
Nassif,

Aproveitando esta afirmação :
“Conceição vê Barack Obama de mãos amarradas, cercado de lobistas que o impedem de fazer reformas essenciais e pressionado para que interrompa os gastos fiscais antes da hora adequada ”

Gostaria de trazer a tona uma discussão a respeito de uma lei que esta em tramitação no senado americano. Lei essa importantíssima para o meio ambiente , e que trará impactos gigantescos na onipotente indústria do petróleo americana.

Trata-se da seguinte lei: “The American Clean Energy and Security Act of 2009, (H.R. 2454)”. Ela já foi aprovada no congresso ( por estreitíssima margem – “219 a 212, com 44 Democratas votando contra” ) e atualmente esta em análise no senado americano.

Em suma, esta lei aplica limites de emissões para determinados setores industriais, limites estes que , uma vez ultrapassados, obrigariam as empresas a comprarem créditos de carbono no mercado. Uma das indústrias mais afetadas é a de Refino , que apesar de emitir pouco quando comparada as emissões veiculares, esta pagando o pato dos veículos, pois sua permissão de emissão seria 20 vezes menos do que é emitido atualmente ( Na verdade o refino emite muito menos, porém as emissões veiculares inflaram a conta de emissões atuais ).

Isso ainda pode mudar com a divisão destes 43 % também para a indústria automobilística. Porém com a crise nessa indústria, a tendência é penalizar o refino, pois o dos EUA é o mais avançado e competitivo do mundo. Outro setor importante, o de siderurgia esta sendo beneficiado pela lei, ineficiente e sem competitividade, é outra maneira de subsidiar esta indústria. Para a siderurgia será permitido emitir “o dobro” do que emitem atualmente, possibilitando a venda de créditos de carbono.

Enfim, a penalização do refino trás consigo uma conseqüência inevitável, o aumento dos preços dos combustíveis fosseis. Que irá , e essa é a intenção de Obama, auxiliar na substituição desses combustíveis por fontes alternativas, como a energia elétrica , ou mesmo os biocombustíveis e fazendo isso diminuirá a dependência americana por petróleo ( pelo menos para combustíveis ).

Links para mais informações a respeito :

http://energycommerce.house.gov/index.php?option=com_content&task=view&id=1560

http://www.nytimes.com/2009/06/27/us/politics/27climate.html

do Blog do Luis Nassif



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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Incompetência faz São Paulo adiar prova de estudantes

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São Paulo aplica uma prova nos alunos de algumas séries (só algumas séries, que preguiça!). É uma prova mal feita, onde professores que serão beneficiados com as notas dos alunos é que dão a prova.

Estou falando sério.

O governador "genial" dá uma prova para provar que os alunos sabem mais. E promete dinheiro para os professores. Então faz-se uma prova para provar e colocam os mesmos professores para dar a prova.

Entenderam? Acho que desta vez vai melhorar a nota...

Já o ensino NÃO.

Aos baixos salários, soma-se a falta de professores, falta de treinamento, falta de material para-didático, falta tudo...

Só não falta políticos dando palpite e mandando até em reforma de escola.

Acontece que a prova foi adiada. Que nem o ENEM. A prova foi adiada.

Ao contrário do ENEM quase ninguém ficou sabendo. É a lei do máximo silêncio para não prejudicar os políticos amigos.

A prova já vinha apresentando sérios problemas em anos anteriores. Algumas pessoas dizem que professores ajudam alunos, não há vigilância nas salas de aula para evitar cola coletiva, FALTA SERIEDADE.

Desta vez a prova simplesmente não apareceu.

E pensar que o Grupo empresarial que financiou a campanha eleitoral do terceiro secretário de educação de São Paulo, Paulo Renato, é o dono da gráfica de onde sumiu a prova do ENEM.

Parece sabotagem.

A Folha de São Paulo (dona da gráfica Plural) financia a eleição do Paulo Renato, adula o Serra, deixa a prova do ENEM sumir de dentro da empresa, e dá pouquíssimo espaço para o problema da prova do governo do estado. Coincidência?

Veja este depoimento de um professor da rede estadual de SP:

Sou professor da Rede Estadual de Educação do Estado de São Paulo e gostaria de complementar a informação.

A mais de um mês a Secretaria de Educação vem tentando "caçar" professores para aplicar a prova fora do horário pagando R$ 50,00, ocorre que os professores tem que complementar sua renda com mais de uma escola, na rede municipal ou particular... com isso não houve as inscrições necessárias, por isso a SEE convocou todos os professores para aplicar a prova, suspendendo as aulas das salas que não fariam o exame. Isso é incopetência, baixos salários, salas lotadas, cartilhas cheias de erros, mudançada da data do SARESP na véspera... Isso é apagão da educação.

José Luis ( depoimento ao Blog Amigos do Presidente Lula )

Pesquise sobre educação aqui no Blog do Chicao e saiba mais.

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Terceirização e os bons negócios dos amigos do PSDB - ( Pedro Tobias - Bauru)

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Vocês não viram o que aconteceu no Hospital de Base administrado pelos indicados por Pedro Tobias-PSDB e maçonaria. A polícia federal de Bauru invadiu na semana passada com mandados de prisão temporária e de busca apreensão de madrugada e pegou todos cagando, um dos procuradores da república de bauru estava autorizado a fazer escutas telefonicas, a ordem foi concedida partiu do juiz da 2ª vara da Justiça federal local. Foi nomeado um interventor. A acusação é desvio de dinheiro do SUS.

O assessor de gabinete de Pedro Tobias, Sr. Reinaldo é um que (supostamente) pertence a quadrilha.

Para quem não se lembra Pedro Tobias-PSDB de Bauru é o mesmo que disse na greve dos policiais civis no ano passado que tinha mais medo da policia do que o PCC.
Este é outro câncer que Bauru tem que enterrar no ano que vem.


Depoimento ao Blog do Luis Nassif


Leia também:
Terceirização e os bons negócios dos amigos do PSDB
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/11/terceirizacao-e-os-bons-negocios-dos.html



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Terceirização e os bons negócios dos amigos do PSDB

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O caso aqui no Vale do Paraíba (SP) é o seguinte. O antigo hospital particular (que fazia os atendimentos do SUS) ia mal das pernas: dividas, repasse baixo do sus. Depois de anos e anos de negociações, o ex-governador de SP Alckimin (natural de Pindamonhangaba – Vale do Paraiba) decide estadualizar o antigo Hospital Santa Isabel de Taubaté (é aquele famoso pelo caso dos tráficos de órgãos na década de 90). Criou um Hospital Regional de referência. Terceirizou para o grupo Bandeirantes (que segundo consta é de empresários da cidade do ex-governador).

Depoimento ao Blog do Luis Nassif


Nota do Chicão:

Como vocês podem observar o PSDB não aparelha o estado.

Ele, literalmente, entrega o dinheiro do estado nas mãos dos amigos.

É a ética que os jornais conservadores pregam.


Leiam também:

Para quem se esqueceu que os diretores de escola de SP devem procurar os deputados para conseguir verba para reformar as escolas que estão caindo aos pedaços sugiro o texto abaixo.
Educação: Governo do Estado de São Paulo só me atrapalha
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/05/governo-do-estado-de-sao-paulo-so-me.html


A boquinha do marido da deputada Célia Leão ( PSDB - Campinas ) no governo José Serra
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/07/boquinha-do-marido-da-deputada-celia.html


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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Pesquisando compras governamentais

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Aprender a usar a Transparência Pública é fundamental para combater a corrupção e o DESPERDÍCIO.

Um ótimo exemplo é o Blog NaMAria News.

Tem um texto super bom dela chamado: Pequena atualização das compras governamentais http://namarianews.blogspot.com/2009/10/pequena-atualizacao-das-compras.html

Através da pesquisa dela ficamos sabendo que a parceria entre o Serra e a Editora Abril para vender revistas NADA DIDÁTICAS continua.

Para a editora Abril o senhor José Serra é maravilhoso, afinal ele significa dinheiro no bolso dos donos da empresa.

"DO - 1/setembro/2009
Contrato: 15/0528/09/04- Empresa: Editora Abril S/A - Objeto: Aquisição pela FDE de 2.259 assinaturas da Revista RECREIO destinada as escolas e Diretorias de Ensino, sendo 01 exemplar por classe da 1ª série - CEI - Programa Ler e Escrever - Prazo: 486 dias - Data de Assinatura: 28/08/2009.
- Valor: R$ 891.220,68"

Os assuntos desta revista são jogos de Nitendo Wii (vídeo game) e outras baboseiras.

É muito dinheiro público gasto para divulgar as revistas da editora Abril.

É DESPERDIÇAR dinheiro público.

Dê uma lida nos textos do Blog NaMaria News, que vale a pena.

Ela revela as entranhas de um mundo de contratos, aditivos, licitações...

OPA! As compras das revistinhas da Editora Abril são feitas SEM LICITAÇÃO.


Leia também:

Reformas que pedem reformas
http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/10/reforma-que-pedem-reformas.html




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Pesquisando sobre os gastos eleitorais dos políticos

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O ótimo Blog Cloaca News postou o seguinte texto:

FOLHA FINANCIOU SECRETÁRIO-LOBISTA DE SERRA

Segundo informações publicadas no site Às Claras http://www.asclaras.org.br/2006/index.php - banco de dados e análises sobre financiamento eleitoral no Brasil - a empresa Folha da Manhã S.A., que publica o jornal Folha de S.Paulo, doou a curiosa quantia de R$ 42.354,30 à campanha eleitoral do tucano Paulo Renato Souza, em 2006, quando este elegeu-se deputado federal. Oficialmente, foi a única doação feita pela empresa naquelas eleições.

Por coincidência, trata-se da mesma corporação que controla a gráfica Plural, na região metropolitana de São Paulo, de onde "vazou" a prova do ENEM faz poucos dias.

O Sr. Mandruvá - que recebeu 124.610 votos para virar deputado federal - arrecadou em sua campanha a estimulante quantia de R$ 2.222.247,00. Para se ter uma idéia do talento captador do tucano, o petista Wellington Dias, que precisou de 954.857 votos para se tornar governador do Piauí, arrecadou R$ 2.055.291,00.

http://cloacanews.blogspot.com/2009/10/folha-financiou-secretario-lobista-de.html

Nota do Chicão:

Se Cloca News pode investigar você também pode.

Aproveite para aprender a usar este instrumento fantástico que é a transparência pública.

Para saber mais sobre este elemento Paulo Renato Souza clique abaixo:

http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/04/educacao-na-epoca-do-ex-ministro-paulo.html

Ou aqui:

http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/08/advinha-quem-e-maravilhoso-competente-e.html


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Pesquisa indica que 80% dos casos levados à PF não são esclarecidos

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Projeção foi divulgada pelo delegado Gustavo Shneider, que defende filtragem dos casos e maior autonomia

Cerca de 80% dos crimes comunicados à Polícia Federal não são esclarecidos, revela pesquisa realizada pelo delegado Gustavo Schneider, do Rio Grande do Sul. Para a ele, a melhor maneira de reverter esse quadro desalentador seria a adoção de "critérios científicos de seletividade e absolutamente objetivos". Além dos casos sem fundamento, há problemas na própria investigação e na demora da Justiça - o que aumenta no País a sensação da impunidade.

Responsável pelo inquérito sobre suposto esquema de corrupção no Detran gaúcho, escândalo que abalou o governo Yeda Crusius (PSDB), Schneider defende a priorização nas investigações e cobra mais autonomia. "As autoridades policiais devem ter maior independência para atuar com isenção em relação a processos políticos, às injunções governamentais de ocasião", diz. "Nossas polícias judiciárias, tal como o Ministério Público e o Poder Judiciário, têm de ser instituições de Estado, não de governo."

De acordo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU), analisados na pesquisa, nos últimos 20 anos o número de inquéritos abertos pela PF cresceu 2.000%. É um aumento de 145% por delegado. Em 2003, a PF abriu 50.220 inquéritos; em 2005 foram 66. 492.

Com base nessas informações e em dados coletados na própria PF, o delegado traçou as projeções sobre a deficiência em concluir as investigações.

"O Brasil precisa criar conselhos comunitários, integrados por membros do Ministério Público, da Justiça e da polícia para decidir quais casos devem ser priorizados", observa. "O interesse da comunidade é que tenhamos uma seletividade baseada em critérios científicos."

Ainda de acordo com a pesquisa, no Rio Grande do Sul, em 2004, foram abertos 217 inquéritos sobre infrações previdenciárias. Até agosto de 2007 apenas 77 haviam recebido sentença judicial. Desse total que a Justiça julgou, 61 foram arquivados, 14 resultaram em absolvição.

"Pasmem, apenas dois inquéritos tiveram condenação", declara o delegado, que apresentou parte dos resultados no 4º Congresso Nacional de Delegados da PF, na quinta-feira, em Fortaleza. "Esses números são de chorar. Revelam que nossa atividade de polícia judiciária não está atingindo o princípio constitucional da eficiência."

JUSTIFICATIVA

Os motivos do fracasso? "Grande parte dos casos terminou assim por ausência de justa causa, ou seja, atipicidade do fato", conta Schneider. "Houve extinção da punibilidade por causas diversas, prescrições e pagamento de tributos."

A essa situação, o delegado chama de "taxa de atrito" - a diferença entre o número de situações criminais notificadas à polícia e o número de casos efetivamente esclarecidos e, sucessivamente, o número de inquéritos relatados e remetidos à Justiça, o número de denúncias oferecidas pela procuradoria e as condenações. "A taxa de atrito no Brasil é altíssima, seguramente maior que 80%."

Essa taxa é alta em quase todo o mundo, mas no Brasil é especialmente alta, segundo Schneider. "Isso ocorre em razão da observância quase religiosa do princípio da obrigatoriedade da abertura de inquérito. Isso tem natureza ideológica. Sempre desinteressou que a polícia priorizasse casos de relevante valor social, como os crimes do colarinho branco, contra o meio ambiente, contra a ordem econômica, contra a ordem tributária. Crimes que lesam de maneira impactante a comunidade", analisa.

Para o delegado, esse quadro deve se agravar. Ele afirma que não defende a ideia de que a autoridade policial decida o que investigar. "Seria antidemocrático e uma fonte potencial de corrupção. Não é isso que se quer. Queremos um processo democrático de escolha." Ele destaca que "a maior parte dos crimes são patrimoniais, cometidos por determinada camada populacional".

Schneider vê no Projeto Tentáculos uma saída para a eficiência. O projeto, criação do delegado Carlos Eduardo Sobral, de Brasília, propõe concentrar em um inquérito todos os delitos cometidos por uma mesma organização. "Não se pulveriza os esforços em inquéritos inúteis que não vão dar em nada."

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091109/not_imp463254,0.php


Nota do Chicão:

O combate à corrupção e aos crimes melhorou no Brasil.

Ainda é muito pouco esta melhora. Tem que melhorar mais ainda.

A sensação de impunidade é enorme.

Eu sempre tive uma idéia: deve-se remunerar quem comprovar prática de delito por outros.

Por exemplo, a pessoa que se finge ter sido demitida para retirar o salário desemprego. Quem provar esta falcatrua recebe o valor em dinheiro que a pessoa ia roubar.

Sem apoio social fica muito difícil combater crimes.



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