sábado, 25 de outubro de 2008

Amigos protegem amigos. A grande aliança con$ervadora.

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Existe no Brasil uma grande aliança conservadora. Onde vários setores da elite econômica da sociedade se unem para defender os interesses de cada um.

Deputados grileiros, por exemplo, defendem com unhas e dentes os interesses da grande mídia conservadora. Com isto ela consegue manter benefícios fiscais escandalosos, a propaganda fica praticamente sem nenhum limite, benefícios fiscais são continuamente editados, etc. É grana, imunidade (impunidade) jurídica, etc.

É um negócio rentável para a grande imprensa. E para os grileiros também. Eles roubam terras públicas e depois aparecem nos telejornais como "proprietários". Num passe de mágica viram vítimas, "sacaneados por movimentos sociais que não respeitam nada".

Na capa de um livro de um blogueiro conhecido como Reinaldo Nossa Caixa (dada a quantidade de anúncios desta instituição do governo de SP em uma revista fuleira que ele editava) está escrito que ele defende a Constituição e o respeito às leis e sita o MST como exemplo oposto. Qual a possibilidade dele descrever e dar os nomes dos grileiros de terra que invadem áreas mais de 10 mil vezes maiores que as áreas invadidas pelo MST? Nenhuma, pois se assim fizesse estaria rompendo com a aliança conservadora. Para eles o problema é o MST e não aqueles que invadem e roubam terras públicas em quantidade 10 mil vezes maior. O fato dos grileiros, além de roubar terras, também corromperem juizes, policiais, etc, também os torna personagens secundários frente ao MST, já que fazem parte da grande aliança conservadora.

É grana que está em jogo. Muita grana. E quem paga é a classe média e a classe mais humilde.

O apoio e campanha explícita da imprensa para personagens como o Gilberto Kassab faz parte deste acordão. É o partido dele que mais fielmente defende os interesses deste grupo conservador.

Eles investem contra o PROUNI (defendem os donos das faculdades particulares). Investem contra o símbolo dos trangênicos (um triângulo que é colocado em alimentos para avisar o consumidor). Investem contra os direitos dos trabalhadores (sempre para aumentar o lucro de quem já tem muito dinheiro).

Uma das formas que os grandes empresários conseguiram para TIRAR o décimo terceiro salário e as férias dos funcionários é simular um contrato como se os funcionários fossem pessoas jurídicas. Acontece que a justiça começou a punir estas empresas e proteger o funcionário super-explorado. A aliança conservadora conseguiu aprovar uma lei que dificulta a fiscalização deste tipo de MARACUTAIA (lembrem que a classe alta gosta de fazer leis que garantam a impunidade dela - esta é a raiz do judiciário não funcionar no Brasil).

Esta lei que dificulta a apuração de MARACUTAIA contra os funcionários super-explorados teve o apoio entusiasta do partido democrático (DEM), da bancada ruralista, dos grileiros. Teve a oposição do Partido dos trabalhadores (PT), PSOL, PCdoB. Foi vetada pelo presidente Lula. Estes partidos de esquerda atuam contra os interesses do donos milionários da mídia, portanto (em retribuição) eles apoiam gente do tipinho do Kassab.

São negócios. Grandes negócios. A classe alta faz questão que existam leis que garantam a impunidade. Eles se unem para cada um ter impunidade e maior lucro na suas respectivas áreas de interesse.

Quem paga o preço é a classe alta e a classe média.

leia a notícia abaixo:

"Jornalista contratada como pessoa jurídica obtém vínculo com a Globo

“A 6ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) obrigou a TV Globo a reconhecer vínculo de emprego com a jornalista Claudia Cordeiro Cruz, contratada como pessoa jurídica.

O ministro Horácio Senna Pires, relator do caso, concluiu que o esquema “se tratava de típica fraude ao contrato de trabalho, caracterizada pela imposição feita pela Globo para que a jornalista constituísse pessoa jurídica com o objetivo de burlar a relação de emprego”.

No período entre 1989 a 2001, Cláudia Cruz trabalhou como repórter e apresentadora nos principais telejornais e programas da Globo, como o Jornal Nacional, Fantástico, Jornal da Globo, Jornal Hoje, RJ TV e Bom Dia Rio. Porém nunca teve sua carteira profissional assinada, por quando entrou na emissora foi obrigada a abrir uma empresa pela qual forneceria sua própria mão-de-obra. Para isso, ela criou a C3 Produções Artísticas e Jornalísticas, que realizou sucessivos contratos denominados “locação de serviços e outras avenças”.
Última Instância

http://nogueirajr.blogspot.com/2008/10/jornalista-contratada-como-pessoa.html



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