sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O MST e as invasões no Pontal do Paranapanema em SP

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No Brasil pobre é bandido e rico é vítima.

Alguns lutam para que continue sendo assim. O ministro Gilmar Mendes é um desses. As organizações Globo, Abril, Bandeirantes e a mídia conservadora em geral, são outros que travam esta luta.

O MST invadiu fazendas no Pontal do Paranapanema. Mais uma vez falaram em respeito a propriedade privada. Só faltaram explicar para a população que os donos das terras do pontal do Paranapanema somos nós, o povo brasileiro. (Só uma minoria das terras na região está legalizadas).

A maior parte dos fazendeiros NÃO são proprietários. São usurpadores. Como são usupardores ricos a imprensa os apresenta como coitadinhos.

Abaixo transcrevo partes do estudo legal sobre a região do Pontal do Paranapanema:

"Para compreender melhor esta questão, é preciso uma breve retrospectiva histórica da ocupação da região. Grande parte das terras do Pontal do Parana-panema começou a ser grilada desde a segunda metade do século XIX (2), com a formação do grilo fazenda Pirapó-Santo Anastácio, com área de 238 mil alqueires. Até a década de 90, com exceção das lutas de resistência de posseiros e de movimentos sociais isolados, os grileiros não encontraram maiores problemas no processo político de assenhoreamento das terras devolutas do Pontal (3). Não faltaram ações do Estado para tentar impedir esse processo de grilagem. Em 1889, o governo da província de São Paulo julgara imprestável o requerimento de legitimação das terras da Pirapó-Santo Anastácio. Na década de 40, foram criadas três reservas florestais (4). Todavia, tais iniciativas não foram suficientes para evitar a voracidade dos grileiros, que praticamente destruíram a Grande Reserva do Pontal. Essa realidade começou a mudar, de fato, com as ocupações de terras realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em julho de 1990 o Movimento realizou sua primeira ocupação no Pontal, no município de Teodoro Sampaio, iniciando o processo de territorialização de luta pela terra na região, causando um significativo impacto sócio-territorial.

Conforme dados apresentados no quadro 1 (veja na página do estudo), no período 1990-2000, por meio do trabalho de base, milhares de famílias organizadas no MST realizaram centenas de ocupações de terras no Pontal. Essas ocupações pressionaram o Estado para que retomasse as terras devolutas do Pontal".

Veja o texto completo aqui

A grilagem de terra é um dos maiores e mais comuns crimes praticados pela classe mais rica, que luta para manter a impunidade no nosso país. São milhões de hectares usurpados (o total de terras griladas no Brasil é maior que Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul JUNTOS). É gente rica e bem relacionada.

São tão bem relacionadas que são tratados como proprietários.

Cuidado! Esta idéia de que são PROPRIETÁRIOS é exaustivamente REPISADA pela mídia cosnervadora para DESINFORMAR e impregnar na mente dos brasileiros que eles é que são vítimas.


Leia também:

Ato contra projeto de Serra que legaliza grilagem


Leis que beneficiam a grilagem


Desmatamento e grilagem é coisa de gente grande



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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Segurança da bike, do pedestre e do automóvel

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Um dos maiores inimigos da vida nas ruas é a velocidade. Exaltada por todos os lados em propagandas, provas nas manhãs de domingo, filmes e até em eventos de rua patrocinados com dinheiro público, o “poder das máquinas” representado pela velocidade é um componente fundamental da manipulação do desejo pela indústria dos motores.

Em cidades congestionadas como São Paulo, a ilusão vendida se torna ilusão castrada. A promessa do deslocamento instantâneo e das centenas de cavalos no motor representando virilidade e poder se transformam em frustração: dos 120km/h prometidos, o motorista paulistano só consegue exercer uma média de 20 e poucos, velocidade média nos horários de pico.

Não à toa, alguns dos horários mais perigosos para quem se locomove de bicicleta pelas ruas de São Paulo são exatamente os momentos posteriores ao congestionamento, quando o angustiado motorista resolve “tirar o atraso” e pisa fundo.

A REDUÇÃO dos limites de velocidade é um imperativo para a construção de cidades humanas, onde o direito de locomoção não se confunde com o porte de armas.

Educar para a paz nas ruas significa enfiar na cabeça da sociedade que o importante é a velocidade média, não a máxima, e que esta deve ser (como diz o CTB) “compatível com a segurança de todos”. Enquanto a pressa valer mais do que a vida, seguiremos com a carnificina cotidiana e invisível dos “acidentes” de trânsito.

Do blog Apocalipse Motorizado




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A água evaporada na amazônia chove em todo o Brasil.

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“A bacia amazônica capta entre 12 mil e 16 mil quilômetros cúbicos de água pro ano e apenas 40% desse volume escorrem pelos rios. O restante se esvai na atmosfera pela evapo-transpiração das florestas e se distribuem pela América do Sul. O desmatamento está reduzindo essa umidade que, viajando no vento, contribui para o equilíbrio hídrico de extensas áreas do continente, além de acentuar a erosão e a drenagem superficial que retira água dessa irrigação natural tanto da Amazônia como de terras agrícolas distantes".

Mário Osava, Terramérica


Nota do Chicão:

Ainda quero ver os filhos dos deputados ruralistas de Minas Gerais, Goiás, RJ, SP, SC, PR, RS e outros terem vergonha das atitudes dos país.

Pior do que isto, vão ter raiva quando boa parte dos lucros das suas fazendas forem perdidos pela diminuição das chuvas.

A natureza não perdoa a ignorância.




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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Números que falam

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Eu leio diariamente o blog do Luis Nassif. Possui muita qualidade.

Hoje tem uma matéria que gostaria de compartilhar com vocês.

Um dos grandes problemas dos brasileiros é que colocamos nossa emoção e nosso achismo na frente do dado de realidade e do racional.

A libertação da mente acontece quando a emoção é colocada em segundo plano frente a busca de dados de realidade e a organização racional destes dados.

Se assim não for seremos facilmente manipulados por terceiros e por nós mesmos.

Leiam e esqueçam de política, político, comentarista, etc.


Números que falam

A matéria do caderno Dinheiro da Folha - “Bancos têm 100 mil carros de inadimplente” - permite uma boa aula sobre as maneiras de tratar os números e a escolha dos números para apimentar a manchete.

É do repórter Toni Sciarreta. A matéria em si é equilibrada. O uso das ênfase na chamada, não.

Vamos, primeiro, aos exemplos colhidos na própria matéria.

Primeiro, os negativos, que serviram de base para o título da matéria:

Ping

Aqui se apresentam dados relativos, que sempre ajudam a apimentar as matérias. É a história: tenho 0,10% de inadimplentes, por exemplo. Se a inadimplência aumenta para 0,20%, ainda assim é irrisória. Se uso os dados relativos, digo que a inadimplência aumentou 100%.


“Os bancos brasileiros têm em conjunto um estoque de pelo menos 100 mil carros recuperados de clientes inadimplentes, o equivalente à metade das vendas mensais de veículos novos no país, para desovar no mercado de autos usados. Esse estoque é mais um motivo de pressão no segmento de usados, que vive queda sem precedente nos preços e cuja falta de liquidez trava as ações para retomar a venda de carros novos”.

“(…) Os principais bancos que financiam veículos relatam que o volume de recuperação cresceu de 20% a 30% no início do ano em relação ao que acontecia até setembro. Já leiloeiros e empresas terceirizadas de recuperação veem alta de até 50% no número de veículos que costumava chegar aos pátios”.

“Segundo o Banco Central, o sistema financeiro tinha uma inadimplência média de 4,3% em dezembro, o maior nível desde 2002. Se todos esses carros voltassem ao mercado, somariam até R$ 3,506 bilhões -o valor efetivamente recuperado, no entanto, é sempre menor do que a inadimplência total porque os bancos procuram esgotar todas as possibilidades de negociação”.

“No Bradesco, o volume financeiro de carros recuperados triplicou no ano passado até dezembro -saltaram de R$ 76,1 milhões, no final de 2007, para encerrar o ano em R$ 207,5 milhões. Só a recuperação de carros teve um impacto de R$ 300,3 milhões na contabilidade do banco, sendo R$ 92,892 milhões em provisão para perdas. O Banco do Brasil teve recuperação de R$ 20,7 milhões no final de dezembro, ante R$ 584 mil no final de 2007″.

Pong

Aqui, os dados desmentem as conclusões do PING. É evidente que todo aumento de estoque de carros usados em tese pressiona as vendas de novos. A questão é saber se esse volume mostrado representa uma pressão efetiva ou não. Segundo dados da própria matéria, não.

Apesar da preocupação crescente com a inadimplência, o volume de carros retomados representa pouco mais de 1% dos 9 milhões de veículos alienados no país, segundo a Fenabrave (associação das concessionárias). Na conta dos bancos, de cada 4 financiamentos inadimplentes, apenas 1 termina com a retomada.

“Os 100 mil [veículos recuperados] estão dentro dos padrões normais. É um pouco mais de 1% dos financiamentos. Se fosse uma coisa de outro mundo, viraria um negócio para a gente [concessionárias]. Se os leilões vendem, não há encalhe. O problema dos bancos acaba virando um negócio para terceiros”, disse Reze.

Dados que não entraram

Em 2007 a carteira de financiamento dos véiculos do Bradesco era de R$ 59 bi. Em 2008, de R$ 73,6 bi. Em 2007 o volume de carros recuperados era de 0,10% da carteira; em 2008, de 0,35%. Por enquanto, números irrisórios.



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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Mutilação do Código Florestal, onde todos nós perdemos.

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Entidades ambientalistas se retiram da negociação sobre Código Florestal e pedem ao Presidente seriedade por parte do governo

Enquanto o Presidente Lula assume metas para redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa no Brasil - e Santa Catarina contabiliza centenas de mortos, milhares de desabrigados e bilhões em prejuízos, decorrentes da ocupação irregular e consentida de áreas que deveriam ser de preservação permanente - o Ministro Reynhold Stephanes da Agricultura, em proposta já acordada com parte da bancada parlamentar ruralista no Congresso Nacional, se empenha em aprovar, ainda em dezembro, um pacote que ofende o interesse público, a legalidade e os agricultores que cumprem com a mesma. Vejamos:

1) Anistia geral e irrestrita para as ocupações irregulares em Área de Preservação Permanente existentes até 31 de julho de 2007 - incluindo topos de morros, margens de rios, restingas, manguezais, nascentes, montanhas, terrenos com declividade superior a 45º. Isso comprometeria não apenas os recursos hídricos, mas até mesmo os próprios ocupantes de áreas de risco, em função de enchentes e desmoronamentos como aqueles vistos em Santa Catarina.

2) Redução dos percentuais de reserva legal na Amazônia sem a realização do zoneamento ecológico-econômico, instrumento previsto por lei para garantir a adequação das ocupações do solo rural, um dos poucos elementos de consenso entre ruralistas e ambientalistas até o momento. Enquanto o Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas propõe a necessidade de recuperação de mais de 100 milhões de hectares de pastos abandonados ou degradados, o Ministério da Agricultura cogita a consolidação de ocupações independentemente da confirmação da aptidão do solo.

3) Escambo de áreas desmatadas na Mata Atlântica ou no Cerrado por floresta na Amazônia, quebrando por completo a lógica prevista na Lei da equivalência ecológica na compensação de áreas e permitindo a consolidação de grandes extensões de terra sem vegetação nativa, o que se agrava com a consolidação de todas as ocupações ilegais em área de preservação permanente até 2007 e citada acima.

4) Possibilidade, para os estados, de reduzir todos os parâmetros referentes às áreas de preservação permanente, acabando com o piso mínimo de proteção estabelecido pelo código florestal, o que pode ensejar mais desmatamento em todos os biomas no Brasil e a competição pela máxima ocupação possível.

A proposta apresentada pelo Ministério da Agricultura e Frente Parlamentar da Agropecuária é uma verdadeira bomba-relógio para fomentar novas situações como aquelas de Santa Catarina, legalizando e incentivando a ocupação de áreas ambientalmente vulneráveis.

Não é possível discutir e negociar com um ministério que, em detrimento do interesse público, se preocupa apenas em buscar anistias para particulares inadimplentes. Para ter credibilidade, o processo de negociação sobre código florestal deve ser vinculado à obtenção do desmatamento zero, conforme assumido pelo presidente da república, e ao cumprimento da legalidade em todo o território nacional.

As organizações ambientalistas assinadas acompanharam as duas primeiras reuniões do grupo de trabalho formado pelos Ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário acreditaram na seriedade e no compromisso do grupo para com a produção agrícola sustentável no país e propuseram soluções viáveis de interesse geral. Agora, em respeito à sociedade nacional, às vitimas atuais e futuras do desflorestamento e aos produtores rurais que vêm cumprindo a lei, se retiram do referido grupo e denunciam mais uma iniciativa unilateral e desprovida de base técnica e jurídica.

O fato que esta iniciativa seja oriunda do próprio poder executivo federal, contrariando o anúncio do chefe do executivo, requer que o Presidente crie condições para discutir, com legitimidade e equilíbrio, como aprimorar e implementar melhor o código florestal, para que possa mais efetivamente contribuir para o desmatamento zero.


Nota do Chicão:

Esta mudança no código florestal afetará o regime de chuvas e de águas no Brasil.

Terá como consequência, se for implementada, a diminuição das chuvas.

Para aqueles que não ligam para o meio-ambiente é bom informar que isto terá consequência direta sobre o preço da conta de água de sua casa e empresa.

Este é apenas um dos efeitos da contínua e constante depredação do meio-ambiente.




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São Paulo: Sem espaço, escola invade "puxadinho" construído em outra

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Instalação improvisada em escola estadual prevê a destruição de laboratório, cantina, cozinha e banheiros

Alunos, pais e funcionários de escola no bairro de Pedreira prometem impedir obras; dirigente regional diz que a construção é provisória

LAURA CAPRIGLIONE - FOLHA SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 1.000 pais, alunos e funcionários da Escola Estadual Ayres Neto, que fica no bairro da Pedreira, periferia sul de São Paulo, reuniram-se ontem à noite para protestar contra a construção improvisada pelo governo José Serra (PSDB) de oito salas de aula de madeirite, no pátio e na quadra do estabelecimento. Madeirite é aquele compensado usado como tapume de obra.

O "puxadinho", como é chamado, deverá, depois de pronto, acomodar alunos de outra escola, a EE Francisco Alves Mourão, localizada no vizinho Jardim Apurá.

Superlotada com seus 1.100 alunos, a Francisco Mourão fica em um desnível de terreno, "um buraco mesmo", disse uma mãe. Não tem espaço para crescer. Decidiu-se, então, ocupar os espaços da Ayres Neto.

No dia 16 de dezembro de 2008, as escolas já sem os alunos (que estavam em férias), e a três dias do início das férias dos professores, a dirigente da regional Sul-1 da Secretaria da Educação, Beatriz Muzzi, assinou o documento com os diretores da Francisco Mourão e da Ayres Neto em que comunicava o início das obras.

Quando voltaram das férias, anteontem, os alunos encontraram os operários furando a quadra para a colocação dos caibros de sustentação das salas de madeirite. O laboratório de física, química e biologia, a cantina da escola, a cozinha onde são preparadas as merendas escolares, os banheiros e a sala da Escola da Família começaram a ser derrubados, para lá se instalar um pátio também provisório, já que o espaço de educação física dos adolescentes estará ocupado. Uma das consequências foi que ontem, na merenda, em vez de comida, os alunos receberam apenas salgadinhos para comer.
"Estão destruindo a nossa escola. Quantos finais de semana viemos aqui para consertar carteiras, pintar as paredes, cuidar do Ayres Neto? Aquelas árvores que existem aí e que já estão grandinhas, também fomos nós que plantamos. Não vamos permitir que destruam isso tudo para construir uma improvisação sem sentido", discursou um professor, voz embargada.
"Ninguém é contrário a construir novas salas para o Mourão. Mas isso que estão fazendo é uma impostura. Nós exigimos respeito", disse a aluna Eliane.

Inaugurada em 1978 no que já foi um curral de cavalos, a Ayres Neto é considerada uma das melhores escolas do bairro. Tem 2.800 alunos e mais uma longa lista de espera. Dos seus 160 professores, 57 são efetivos (é um dos maiores índices de professores concursados).

"É como se o governo do Estado estivesse invadindo a minha própria casa", disse a professora de português.
A reunião de ontem à noite decidiu que professores, alunos e pais impedirão a entrada dos tratores e dos operários na escola. "Se for o caso, acamparemos e ocuparemos o Ayres Neto", disse o professor de história Pedro Paulo Vieira Carvalho, 42, diretor da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), efetivo, no Ayres Neto desde 2005. Os alunos aplaudiram entusiasmados: "Eiro, eiro, eiro, queremos o banheiro".

Na segunda-feira, a Folha revelou que a Secretaria da Educação já instalou em dez escolas da capital a improvisação do "puxadinho" de madeirite. No total, são 41 salas.

As obras no Ayres Neto estão programadas para durar 90 dias. Segundo a dirigente regional Sul-1 da Secretaria da Educação, as instalações improvisadas deverão ser usadas por um período que não excederá um ano e meio. As obras definitivas na Francisco Mourão, se tudo der certo, só serão concluídas em agosto de 2011. Procurada, a Secretaria da Educação não atendeu a reportagem.


Nota do Chicão:

É triste!

Vou repetir aqui outras postagens do meu blog:

Comentário no Blog do Chicão:

"Bom dia!

Moro no interior do Paraná. Ocorre que minha tv, canal aberto e sem parabólica, é bombardeada por propaganda da sabesp. Que porra é sabesp? Que interesse o resto do país tem na sabesp? Campanha já?"

Serra: torrando o dinheiro público


Outro texto do blog do Chicão:

"O desejo de poder do Serra está deixando-o fora do prumo.

Depois de bater récordes de gastos com propaganda, tirando dinheiro de manutenção das escolas, ele bateu o récorde de propaganda FORA do estado de São Paulo.

São MILHÕES de reais em propagandas para o Brasil inteiro ver, de algumas das suas obras. Obras feitas em grande parte com recursos do governo federal e do BNDES (além, é claro, dos muitos bilhões de CALOTE dos precatórios)".

O inacreditável Serra bate récordes e nos decepciona

Mais este trecho de postagem do blog:

A fraqueza do governo Serra é a sua ganância e a sede de poder.

Segurança pública, Serra, Alckmin e o PCC


Acho que não preciso acrescentar mais nada.



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Quem conhece o deputado Marcos Montes (DEM-MG)?

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O deputado Marcos Montes (DEM-MG) era o presidente da comissão de agricultura e pecuária da câmara dos deputados.

É ex-prefeito da cidade de Uberaba.

É um deputado atuante. Ninguém pode dizer que ele é um deputado vagabundo. É um legítimo representante da bancada ruralista. Um inimigo daqueles que lutam pela preservação do meio ambiente.

Uberaba é a cidade do Chico Xavier. Fui lá alguns anos atrás e um fato me chamou a atenção: os próprios uberabenses diziam que lá era a cidade da caridade. Realmente, é impressionante a quantidade de obras assistenciais na cidade. Um exemplo para o país.

Esta cidade fantástica também é a terra do Zebu. Forte na agricultura e pecuária. O deputado Marcos Montes foi eleito para defender estas pessoas. Eles pensam que ele está fazendo isto no congresso. Mas, NÃO ESTÁ.

O nobre deputado está sacaneando com a pecuária e agricultura de Minas Gerais. Está trabalhando arduamente para diminuir a quantidade de chuvas na região e aumentar o tempo de seca.

A DIMINUIÇÃO DA PRODUTIVIDADE SERÁ A CONSEQUÊNCIA. Os lucros vão murchar e muitos fazendeiros vão ter sérias dificuldades.

Esta é a luta do deputado Marcos Montes: diminuir os lucros dos fazendeiros do triângulo mineiro. Com a ajuda de toda a bancada ruralista ele está próximo de conseguir. Eles são fortes e são unidos. "Tá certo" que são meio kamikases.

São muitas as lutas do deputado para empobrecer os fazendeiros que o apóiam. Vou citar um caso exemplar: a "mutilação" do código florestal. Ele quer que aumente a área permitida de desmatamento na Amazônia. Quer mutilar o código florestal de várias outras formas, sempre facilitando a devastação.

Sabe a consequência de um maior desmatamento na Amazônia? Menos chuvas em Minas Gerais (boa parte das chuvas que caem em Minas Gerais se formam na Amazônia - leia o texto no blog do Chicão - A água evaporada na amazônia chove em todo o Brasil ).

Aqui se faz, aqui se paga.

A população de Uberaba deveria dar a ele um troféu como o Uberabense que mais tem contribuído para a destruição da natureza. Ele merece.

Boa parte das chuvas que caem em Minas Gerais se formam sobre a amazônia. São os chamados "rios de chuva". Menos floresta, menos umidade, menos chuva em Minas Gerais e no triângulo mineiro.

Se eu tivesse fazenda por lá eu teria uma "conversa" com este deputado e falaria para ele o seguinte: faça o que a Marina Silva mandar.

Eu mandaria uma carta para a senadora Marina Silva assim:

"Prezada Senadora Marina Silva.

Eu estou pouco me lixando para o meio ambiente. Mas quero ganhar muito dinheiro com minha fazenda. Agora eu caí na real e descobri que sou um dos beneficiários de sua luta pela preservação da amazônia. Vou dar um pé na bunda destes deputados e senadores que fingem me defender, mas que só estão atrapalhando meus lucros. Na próxima eleição, por favor, lance a grife "Marina Silva apóia", para que eu possa votar em algum deputado que pense como você. Suas idéias vão preservar meus lucros e encher meus bolsos.

Não quero ficar o resto da minha vida reclamando da falta de chuva em minha fazenda.

Conto com a senhora e suas idéias diferentes para me ajudar.

De um fazendeiro arrependido daqui do triângulo mineiro".

Muita gente vai pagar um preço enorme pela forma como estão destruindo o meio-ambiente. Alguns deputados e senadores acham que é pouco e querem mais.

Todas as cidades de Minas Gerais pagarão caro por elegerem deputados que pensam como este deputado Marcos Montes. O povo de Uberaba e região vai pagar caro por isto.

Será que a população de Uberaba concorda com a destruição da Amazônia? Será que a população quer mais proteção ou menos proteção ao meio ambiente?

Quem em Uberaba quiser mais proteção ao meio ambiente deve agir desde já. Denunciar ação danosa deste deputado que denigre a "cidade da caridade".

A população de Uberaba não ganha nada com as ações dele. Talvez, alguns amigos ricos de deputado, que possuem terras na amazônia, sejam beneficiados. Só eles. Os comerciantes, profissionais liberais, estudantes, donas de casa, operários, etc, todos estes estão sendo PREJUDICADOS.

Os próprios fazendeiros da região estão sendo PREJUDICADOS.

A natureza cobra seu preço e quem vai pagar vão ser todos.

Toda a vida no planeta está entrelaçada, nunca é demais repetir.


Leia sobre os "rios voadores":

Eles perseguem os 'rios voadores' que saem da Amazônia

Quem tiver dificuldade de acesso clique abaixo:

http://chicaodoispassos.blogspot.com/2009/02/eles-perseguem-os-rios-voadores-que.html


Mutilação do Código Florestal, onde todos nós perdemos


A água evaporada na amazônia chove em todo o Brasil





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Desmate faz nuvem "seca" proliferar na Amazônia

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Um estudo que monitorou os tipos de nuvens que cobrem a floresta amazônica mostra que o desmatamento parece estar causando tanto alterações na terra quanto no céu. Usando imagens de satélites e dados obtidos por balões meteorológicos, cientistas brasileiros e norte-americanos comprovaram a teoria de que a derrubada de árvores favorece a formação de nuvens "rasas", em contraposição a nuvens "profundas", mais chuvosas.

A conclusão ocorreu após análise de imagens e informações de Rondônia. O novo estudo ajuda a explicar por que o desmatamento faz a floresta ficar mais seca e corrobora com os estudos que preveem a conversão da Amazônia em savana.

"No momento em que temos uma floresta que retém bastante água, temos um ciclo da água, um ciclo de energia. Quando retiramos a floresta e a cobertura vegetal, mudamos esse ciclo. Certamente vai se criar outro cenário climático na região", afirma o meteorologista Luiz Augusto Machado, um dos autores do estudo. Ele é pesquisador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O trabalho foi publicado ontem na revista "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA. O climatologista do Inpe Carlos Nobre, que não participou da pesquisa, diz que "uma generalização destes resultados vai na direção de apoiar a hipótese de savanização". Mesmo não sendo possível afirmar ainda que isso vale para toda a Amazônia, Nobre diz que os resultados "são fisicamente consistentes e indicam que as chuvas poderiam diminuir com o aumento do desmatamento".

Segundo Machado, a brasileira Elen Cutrim foi, em 1995, uma das primeiras a descrever esse fato de forma empírica e artesanal. "Agora, comprovamos com uma longa série de dados o estudo dela", disse.

Rafael Bras, da Universidade da Califórnia em Irvine, coautor do estudo, explicou o fenômeno em e-mail para a Folha. Segundo ele, nuvens rasas sobre desmatamentos ocorrem por mudanças na convecção, o movimento de massa de ar por diferença de calor - mesmo princípio físico que faz um balão de ar quente subir.

Oceano verde - "Se a região de desmatamento aumentar, a intensidade desta circulação pode diminuir e, mais importante, ficar mais seca e limitar o desenvolvimento de precipitação sobre a floresta", diz Bras. "No artigo, nós chamamos isso de "efeito do oceano verde".

Para ele, a floresta funciona como um oceano fornecendo vapor d'água para alimentar nuvens profundas. "Se o "oceano" desaparecer, o vapor d'água, a energia e a precipitação também desaparecem", diz.

Jingfeng Wang, coautor do estudo ligado ao MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), diz que o tamanho e forma da terra desmatada influenciam na possibilidade de recuperação da floresta. "O que não sabemos é quanto desmatamento é demais para que o "oceano verde" entre em colapso e suma para sempre", diz.

Enio Pereira de Souza, professor da Universidade Federal de Campina Grande, diz que o estudo confirma resultados de pesquisa que ele realizou há dez anos. Ele é ex-colaborador de Nilton Rennó, da Universidade de Michigan, um dos autores do estudo na "PNAS".

Souza conta que, na época, os estudos que indicavam o aumento das nuvens rasas sobre regiões desmatadas não eram muito aceitos por falta de provas. Segundo ele, sempre se deu mais importância às nuvens profundas. Mas agora, diz, o mapeamento das nuvens rasas se tornou "central na compreensão de todo esse mecanismo ligado à troca de energia entre a superfície e a atmosfera e como isso se relaciona com o clima global e eventos extremos de precipitação". (Fonte: Afra Balazina/ Folha Online -ambientebrasil)



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Mudança na chuva já ocorre na área do arco de desmatamento na Amazônia

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"Na época de chuva, chove o dia todo e, na época de seca, chove todos os dias", diz a piada corrente sobre o clima da Amazônia. As mudanças vistas na floresta, porém, podem acabar fazendo com que esse trocadilho perca o significado. Segundo o meteorologista Luiz Augusto Machado, do Inpe, em muitos lugares do chamado arco do desmatamento (no sul e no leste da Amazônia) chuvas já não são tão constantes.

"Do ponto de vista climático, a região do arco de desflorestamento já apresenta uma característica de clima de savana, isto é, com períodos de seca e chuva bem marcados e com o período de seca com muitos dias sem chuva", afirma.

Segundo ele, ainda não é possível dizer o que tem mais peso na savanização --se a mudança climática ou o desmatamento. "É muito difícil separar essas dois componentes."

Ainda há controvérsia sobre a savanização da Amazônia. O meteorologista Peter Cox já previu que o colapso da floresta poderia ocorrer em 2050. Mas, neste mês, outro trabalho afirma que ela pode ser menos vulnerável ao aquecimento global do que se temia. O estudo diz que, mesmo com redução nas chuvas, haveria umidade para sustentar uma floresta. (Fonte: Afra Balazina/ Folha Online)



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Eles perseguem os 'rios voadores' que saem da Amazônia

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O engenheiro mecânico Gerard Moss pegou um avião há um mês em Brasília e partiu para Alta Floresta, no Mato Grosso. Subiu para Porto Velho e Vilhena, em Rondônia, passou pela capital do Mato Grosso, Cuiabá, e dali entrou em Minas via Uberlândia. Seguiu para Londrina, no Paraná e, em São Paulo, sobrevoou Ribeirão Preto e Bauru, esticou até as mineiras Poços de Caldas, Paracatu e Patos de Minas, e chegou ao destino final, Piracicaba. Saiu numa sexta-feira e voltou para casa na segunda. Moss pilotava seu monomotor e se a rota revela um trajeto pouco usual, mais estranha ainda é sua permanência no ar. O aviador voa, literalmente, nas nuvens. Ele persegue correntes de ar carregadas de umidade, os chamados "rios voadores".
Nicolas Reynard/Divulgação

Gerard e Margi Moss em igarapé perto de Manaus: "Voando temos uma visão privilegiada dos danos ambientais"

Este é também o nome do projeto que o ex-empresário montou há dois anos, financiado pela Petrobras e que reúne 30 cientistas interessados em entender o regime das chuvas no Brasil. O pano de fundo do estudo busca pistas para confirmar uma das hipóteses do projeto - que os "rios voadores" que saem da Amazônia e se espalham pelo Brasil e vizinhanças são responsáveis por parte importante das chuvas do Centro-Oeste e no Sudeste.

O coordenador científico desta turma é um papa no assunto, o agrônomo Enéas Salati, professor de Física e Meteorologia e responsável por ter montado o laboratório do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, o Cena, no campus de Piracicaba da Universidade de São Paulo. É ali a base científica que recebe o resultado das peripécias de Moss, algo que, a olhos leigos, parece muita aventura por quase nada: o que ele traz ao laboratório são tubos de uns 40 centímetros com uma pequena gota de água dentro. Para os especialistas, trata-se de um tesouro - é por aí que eles esperam descobrir o "DNA da chuva" brasileira e motivar mais pesquisas e políticas públicas em um tema vital. É um estudo pioneiro - não há nada igual no Brasil e no mundo, diz Salati.

"Estamos tentando entender, porque não é uma coisa trivial, como é o balanço hídrico no Brasil", diz o professor Salati, que foi o pesquisador responsável pela descrição do ciclo da água da Amazônia brasileira, na década de 70, um estudo que é até hoje a base para o conhecimento hidrológico da região. O assunto é complexo, o território brasileiro, vasto, há diversas massas de ar circulando ao mesmo tempo e vindas de pontos distintos do continente, e poucos estudos sobre o que ocorre nos países vizinhos. "O vapor d'água primário vem sempre do oceano. Ele entra no continente por diversos caminhos e se chove ou não, depende de uma série de circunstâncias", explica Salati. "Estamos procurando saber qual é esta dinâmica e como ela pode ser modificada", continua o professor, enumerando as duas vertentes climáticas que atuam hoje na Amazônia - o desmatamento e os gases do efeito-estufa. "É claro que esta é uma pretensão muito grande e não será num projeto de um ano que vamos resolver este assunto", avisa.

Os dados finais do estudo não estão prontos, Moss deve fazer a última campanha em breve. Salati evita colocar o dedo num vespeiro e falar da importância da Amazônia para as chuvas do Sudeste, um tema de divergência entre climatologistas. "A Amazônia deve ser preservada por causa da sua imensa biodiversidade e dos costumes das comunidades indígenas, mas também porque, desmatando, podemos mudar o clima de lá e eventualmente trazer problemas para a gente também", adianta.

"Algumas pessoas consideram que 100% da chuva que cai em São Paulo vem da Amazônia. Mas não é assim, não toda vem de lá", diz José Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE, e um dos cientistas que indica a Moss quando deve decolar e qual rio voador perseguir. "É ainda difícil dizer quanto da chuva vem do Pantanal, qual a parte do Atlântico, quanto vem da Amazônia. As respostas não são claras", continua Marengo, um dos cientistas que participaram do último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o IPCC, das Nações Unidas.

Salati: "Teríamos que estudar o balanço hídrico de toda a América do Sul"

"Se você segue uma massa de ar de Belém a Porto Velho, vê claramente a origem amazônica. Mas de Porto Velho para Cuiabá já é uma salada russa. Ali também tem a evaporação do Pantanal, a entrada das brisas marinhas. Não é tão linear." É de Marengo a expressão "rios voadores". Ele a usou, certa vez, em uma palestra em Rio Branco, no Acre. Falava sobre o transporte de umidade pela Amazônia e, para se fazer entender, explicou que a circulação de vento funciona como se fosse um "rio voador".

Moss a escutou de outro pesquisador do tema, Antonio Nobre, do Inpe, em um evento em Manaus. "Era uma expressão potente e fantástica", diz ele, que está no quarto projeto com viés ambiental em dez anos. O mais recente, "Brasil das Águas", recolheu 1.200 amostras em mais de 300 rios, igarapés, lagoas e represas. "Em um avião pequeno se tem uma visão privilegiada do estrago que está acontecendo no mundo e que as pessoas em terra não percebem", diz a fotógrafa Margi Moss, mulher de Gerard e co-autora dos projetos.

Tudo começou há 20 anos, depois que Gerard Moss vendeu a empresa exportadora de soja que tinha no Brasil, comprou um avião e deu a primeira das duas voltas ao mundo do casal. "Mudou a minha cabeça, não quis mais trabalhar com negócios", conta. "A gente vê, voando, os rios secando e a enorme destruição em alguns lugares", conta Margi. "Queríamos fazer alguma coisa para mudar isso."

No projeto "Rios Voadores", cada novo percurso - ou "campanha", como diz Moss - resulta em uns 50 tubos com gotinhas. "É um material tão precioso que não quero mandar a Piracicaba pelo correio, por isso vou sempre para lá no fim dos voos." Funciona assim: um dos pesquisadores o avisa da formação de um rio voador e planejam a rota. Ele parte para voos dentro das nuvens onde tenta mostrar a diferença de massas de ar que vêm da Amazônia, úmidas, e as que vêm do Sul, secas e frias, e que provocam chuvas. Foram seis campanhas pela Amazônia e cinco no resto do país, sendo duas no Pantanal. A última deve ser um retorno à Amazônia, mas pode incluir também a costa Atlântica.

Gerard pilota e avisa seu assistente, o fotógrafo Tiago Iatesta, quando fazer a coleta (Margi, neste projeto, não tem voado - "É muita turbulência", diz). O monomotor tem uma entrada para coletar o ar que está fora. Uma bomba traz este ar para dentro de um tubo imerso em mistura de gelo seco e álcool e refrigerado a menos 70 graus. Depois, o tubo é entregue à equipe de Salati no Cena.

A coleta ocorre, sempre que possível, a 100 metros, mil metros e 3 mil metros de altitude. A ideia é conseguir diferenciar a composição do ar que fica perto do chão e o de outras camadas. Quando Gerard voa perto de Belém, por exemplo, o ar lá de cima pode estar chegando direto do Atlântico, mas o de baixo pode já ter sido reciclado pelas árvores da Amazônia. "Assim espero conseguir descrever verticalmente o que está acontecendo", diz o químico Marcelo Moreira, pesquisador do projeto. Pela técnica, é possível identificar se a umidade tem origem continental ou oceânica, se veio de um oceano muito afastado ou se se trata de água de algum rio, esclarece Marengo. "Estamos procurando sinais para, baseados neles, buscar informação para um projeto maior, que envolva muito mais gente e tenha mais recursos", diz.

Nas 11 campanhas que fez até agora, Moss perseguiu os diversos fluxos que avançam pela Amazônia, pelo Pantanal, pela Bacia do Prata ou que entram diretamente pelo litoral próximo à Bahia. Calcula ter recolhido cerca de mil amostras. No Cena, o material é analisado em um aparelho novo e raro, encomendado nos Estados Unidos e que existe em alguns poucos lugares como a sede da Agência Internacional de Energia Atômica, em Viena. É um analisador de água para isótopos. O equipamento joga um feixe de laser e observa a absorção desse laser por cada molécula de água. Para cada combinação de átomos, há um resultado específico. É assim que se tenta decifrar o DNA da chuva.

A Petrobras investiu R$ 2,5 milhões no projeto de dois anos, informa Rosane Aguiar, gerente de programas ambientais da empresa. O "Rios Voadores" é um dos projetos da carteira da Petrobras Ambiental que, de 2003 para cá, investiu mais de R$ 120 milhões no patrocínio de iniciativas do gênero - além do que investe em ações ambientais na gestão do próprio negócio. Água é um dos temas prioritários da agenda da companhia e o projeto de Moss e do professor Salati é particularmente interessante, diz Rosane Aguiar. "O estudo do movimento das chuvas no país e a influência da Amazônia é importante não só para a comunidade científica como para toda a sociedade", avalia.

Pancada de chuva sobre o Alto Araguaia: na perseguição aos "rios voadores", Gerard Moss coleta umidade em seu monomotor e leva as amostras para análise no laboratório em Piracicaba

Os cientistas, agora, se debruçam sobre a análise dos dados. Neste trabalho pioneiro, trocam informações com Joel R. Gat, que era do Instituto Weizmann, de Israel, trabalha com esta técnica e é um antigo parceiro de Salati. "Mas para fazermos este estudo direito, de forma completa, teríamos que estudar o balanço hídrico de toda a América do Sul", registra Salati, que é diretor técnico da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS). "Trata-se de uma iniciativa nova para um problema velho, porque há muito tempo queremos saber a dependência do clima de outras regiões do Brasil em relação à Amazônia."

A ciência consegue estimar quanto evapora de água na Amazônia, ou seja, quanto sai da floresta. "Mas não sabemos quanto do vapor d'água que chega a São Paulo passou pela floresta e quanto veio do Atlântico", diz Pedro Leite da Silva Dias, especialista em modelagem atmosférica e diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), do Ministério da Ciência e Tecnologia, de Petrópolis. "Preciso de dados para validar os modelos de previsão do tempo e de cenários climáticos em que trabalho e as informações coletadas pelo projeto 'Rios voadores' podem me ajudar nisso", explica.

Silva Dias é um dos pesquisadores a avisar Gerard Moss sobre o deslocamento de massas de ar e umidade. O matemático com pós em meteorologia interrompeu subitamente esta entrevista, por telefone, há alguns dias. "Está uma escuridão danada aqui em Petrópolis", disse. "É o rio voador que o Gerard acompanhou junto com a entrada de uma frente fria."

Do Jornal Valor Econômico


Leia também:

A água evaporada na amazônia chove em todo o Brasil



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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Serra: torrando o dinheiro público

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Comentário no Blog do Chicão:

"Bom dia!

Moro no interior do Paraná. Ocorre que minha tv, canal aberto e sem parabólica, é bombardeada por propaganda da sabesp. Que porra é sabesp? Que interesse o resto do país tem na sabesp? Campanha já?"


Prezado Mack,

Sabesp é a empresa de água e saneamento do governo do estado de São Paulo. Pelos relatos que recebemos ela está fazendo campanha por todo o Brasil.

Como você deve saber nosso governador está completamente alucinado em ser presidente do Brasil. Vale tudo! Tudo mesmo! Inclusive tirar dinheiro da educação para gastar em propaganda pelo Brasil afora.

É triste ver a ganância e a sede de poder dominar uma pessoa. Isto é um grande motivo para termos todo cuidado possível com pessoas que fazem este tipo de escolha.

Ele é super-amigo dos donos das empresas de comunicação e adora copiar tudo o que o Lula faz.

Copia tudo. Outro dia o Lula fez um encontro com os prefeitos. O Serra fez o mesmo, logo depois. Um foi tratado pela imprensa como propaganda eleitoral antecipada. No caso dele, que pode tudo (o lema da imprensa conservadora é: O Serra (e o Aécio) póóóódeeeee), foi tratado como um "encontro técnico".

Segundo a ética destas pessoas é necessário que todo o Brasil saiba que finalmente ele comprou alguns bafômetros.

É necessário que ele informe para todo o país que ele está construindo uma estrada super pequena (mais ou menos 60 quilômetros) chamada de rodoanel (naturalmente, ele não informa que grande parte do dinheiro é o governo federal que está investindo nesta pequena estrada).

Já a educação... bom a secretária diz que não tem dinheiro para reformar as escolas. A prioridade de gastos é outra.

Bom, acho que está explicado o que estamos vivendo em São Paulo.

Abraço,

Chicão

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

FNDE anuncia aquisição de 1 milhão de móveis ergonômicos para escolas públicas

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Até o fim de março, o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) vai realizar pregão eletrônico de registro de preços para a aquisição de móveis escolares ergonômicos. Os conjuntos serão distribuídos para as escolas públicas de municípios considerados prioritários no PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação).

De acordo com comunicado do FNDE, serão comprados, inicialmente, 1 milhão de conjuntos formados por uma carteira e uma cadeira. Os móveis devem estar baseados nas determinações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Um projeto prevê ainda a aquisição de conjuntos de móveis para professores, com mesa e cadeira, e para alunos com deficiência. A carteira e a cadeira do aluno devem apresentar três tamanhos o que, de acordo com o FNDE, torna possível a distribuição para toda a educação básica - de acordo com a idade e a série do estudante.

"Durante dois anos, a equipe técnica da Fundação de Desenvolvimento da Educação participou da revisão das normas técnicas da ABNT e trabalhou nas especificações desse mobiliário. Os móveis foram planejados seguindo as regras da ergonomia e terão mais durabilidade que o mobiliário escolar comum", afirma a nota.

Da Agência Brasil


Nota do Chicão:

Um garoto de 7 anos tem dificuldade em estudar numa carteira escolar destinada a alunos de 13 anos. A diferença de tamanho é muito grande.

O oposto é pior ainda. Um aluno de 13 anos em uma carteira escolar feita para uma criança de 7 anos.

Tudo isto influencia no rendimento escolar.

O ministério estudou 2 anos até propor uma solução. Isto é bom. Pois no Brasil faltam estudos técnicos feitos para resolver os problemas.

As cidades e estados não contemplados com a compra relatada na matéria acima poderão utilizar as referências e as normas federais para orientar suas compras.

O Brasil precisa de mais estudos técnicos que proponham solução estudadas e bem embasadas.


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Uma vitória da transparência pública

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Câmara divulgará na internet gastos de deputados com verba indenizatória

"Em 45 dias, a Câmara dos Deputados divulgará no site da Casa os dados detalhados das notas fiscais apresentadas pelos parlamentares referentes ao uso da verba indenizatória. A decisão foi tomada nesta terça-feira, por unanimidade, pela Mesa Diretora da Casa. O objetivo é divulgar as informações a partir de abril".


A tecnologia possibilita este benefício, saber quais são os gastos e todos os dados referentes a estes dados.

É um avanço.

Falta com que todos os contratos públicos da câmara e do senado sejam colocados na internet.

Iremos esperar os 45 dias para avaliar a prestação de contas.

Aproveitem e cobrem dos veradores da sua cidade a mesma postura.

Leia também:

Kassab tem medo da transparência pública


Brasil é 8º em ranking de transparência do orçamento público


Viva a transparência pública!



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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Segurança pública, Serra, Alckmin e o PCC

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Outro dia a polícia de São Paulo teve a PETULÂNCIA de prender o cunhado de um chefe do PCC (organização criminosa de SP).

Houve o maior quebra-quebra na cidade de São Paulo.

A polícia fez muito bem em prender o bandido. Mas, ... o fato ficou ruim para o marketing do governador.

Aquelas cenas de guerra em plena cidade de São Paulo pegou mal para o governador. A cabeça do Serra só pensa em campanha eleitoral. É por isto que ele está tirando dinheiro da educação para fazer propaganda do seu governo até na Paraíba.

Ele gasta MUITOS milhões em propaganda e a polícia de São Paulo estraga tudo?

Eu imagino a tentação de falar para os seus subordinados: "deixe tudo tranquilo..."

Acontece que só tem uma forma de deixar tudo tranquilo: não incomodar o PCC.

Eles, o PCC, lutaram muito para controlar as prisões do estado de SP. Quando foram incomodados, reagiram violentamente.

A população não apoiou as autoridades sérias da polícia. Os jornais não apoiaram as autoridades sérias da polícia.

Sobrou o marketing, a conveniência e a sede de poder.

No governo Alckmin o PCC ganhou o controle das prisões. No governo Serra este controle está cada vez maior, segundo se comenta.

A fraqueza do governo Serra é a sua ganância e a sede de poder.

Enfrentar estes bandidos exige informar a população. E a população deve entender que é necessário sacrifícios para lutar contra o crime organziado.

É que nem a corrupção. Enquanto ela não é investigada reina uma APARENTE honestidade. Quando começa a haver investigação aparecem vários escândalos e as pessoas INCOERENTEMENTE dizem: "poxa vida, como está piorando a corrupção".

São estes incoerentes que atrapalham tudo. Investigar a corrupção faz a corrupção aparecer. Enfrentar a bandidagem faz a bandidagem "dar as caras".

Se a população continuar considerando que APARECER algo ruim é sinal que está piorando, NINGUÉM vai combater de verdade a criminalidade e a corrupção.

No Brasil, atualmente, a corrupção não está maior. Há mais investigação. Com isto parte da sujeira APARECE. Esta á a condição para que parte dela seja limpa.

Eu quero um país limpo. Para ser limpo, a sujeira tem que aparecer. E para aparecer tem que enfrentar o que é ruim. E nós, o povo, temos que apoiar aqueles que INCOMODAM os bandidos (sejam eles de qualquer classe social e qualquer partido, cor, etc).

Voltando ao PCC...

Em 11/09/2008 eu postei aqui um texto que mostrava que durante QUATRO anos o governo Serra e Alckmin alegaram que NÃO tinham como levar membros "graduados" do PCC para audiência em fóruns. Depois de quatro anos, sem ter audiência, o STF resolveu solta-los. A justiça achou uma forma de mante-los presos. Um caso estranho, que vale a pena refletir.

Alckmin, Serra e o PCC


O texto abaixo fala da rota de impunidade em São Paulo:

São Paulo: Novas CPIs ‘driblam’ rota de escândalos no governo estadual


Este texto fala sobre um possível acordo "tácito" entre Serra e o PCC.

Acordão Serra/PSDB e PCC?


Este texto (de outro blog) fala sobre a coleta de recursos dentro dos presídios para o caixa do PCC. Fala também dos benefícios eleitorais de deixar o PCC em paz.

São Paulo governado por José Serra privatiza PEDÁGIO na cadeia para a "concessionária" PCC


Este outro fala de corrupção na polícia de São Paulo, a tal banda podre que quer deixar o bandidos em paz, tornando-se sócios deles nos lucros.

POR QUE NÃO TEM TIROTEIO ENTRE POLÍCIA E BANDIDO EM SP



O problema do crime organizado é grave. Qualquer político ou polícia que queira enfrenta-lo deve contar com o apoio da população.

O apoio da população deve ser, principalmente, quando os bandidos reagirem.

Eles vão reagir, isto é certo.

Vão reagir tentando destruir a reputação das pessoas, ameaçando seus familiares, divulgando notícias falsas, manipulando informações, comprando juízes, delegados e policiais. Ou, de forma mais direta, colocando parte da população para quebrar ônibus, etc.

É uma luta, longa e difícil.


PS- para refrescar a memória:
no caso dos Vampiros, que vendiam para o Governo FHC/Serra produtos por até 30 vezes o valor (venderam durante anos), quem foi indiciado foi o ministro da saúde que ajudou a colocar os bandidos na cadeia. O Serra que comprou produto deles, durante anos, não foi indiciado.

Sabe porque o ministro do governo Lula foi indiciado? Porque um dos bandidos que foram descobertos, graças a ação deste ministro, deu um jeito de colocar o nome do ministro inocente no seu depoimento.

Então ficou assim: o ministro responsável por desarticular uma quadrilha que agiu durante anos foi indiciado. O ministro que comprou produtos superfaturados durante anos se prepara para ser candidato a presidente do Brasil.

Pense bem:
que nome um bandido citaria em seu depoimento: aquele que ajudou a destruir seu "negócio" ou o que deu muito dinheiro para seu negócio?

Combater a corrupção dá nisso: tem que enfrentar a vingança de bandidos. Por isto é muito importante o apoio e o discernimento da população.




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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Microgeração de energia: a revolução que se aproxima

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Uma das principais tecnologias que coloco fé para a melhora da ecologia é a microgeração de energia. Já dei vários exemplos. Abaixo segue mais um.

LG e Samsung apresentam protótipos de telefones com células solares

Tóquio - Protótipos se assemelham em presença de painéis solares em suas partes posteriores e ainda não têm data para chegar ao mercado.
A LG e a Samsung revelaram protótipos de telefones celulares que têm suas baterias recarregadas por painéis solares integrados a seus cases.

Chamado de Blue Earth, o celular da Samsung tem tela sensível a toque com cantos arredondados em um case de plástico reciclado que não tem substâncias nocivas ao meio-ambiente, como BFRs.

As células solares no telefone ocupam a maior parte da parte de trás do case do telefone.

Já a LG não divulgou muitas informações sobre seu protótipo, mas imagens da companhia mostram o que parece ser uma versão do modelo KF750 com células solares cobrindo sua parte traseira.

Em ambos, os painéis solares oferecem energia suficiente para que o telefone funcione normalmente e que o Sol carregue a bateria diretamente.

A LG afirmou que espera comercializar os telefones quando o modelo conseguir fornecer três minutos de conversa para cada 10 minutos carregando com luz solar.

Como dentro do bolso ou da bolsa os telefones não poderão ser carregados, usuários terão que garantir que os aparelhos fiquem sob alcance de luz solar constantemente em suas partes posteriores.

Nenhuma das empresas ofereceu prazo para lançamento, preços ou mesmo a garantia que os protótipos se tornarão opções comerciais.

http://idgnow.uol.com.br/telecom/2009/02/13/lg-e-samsung-apresentam-prototipos-de-telefones-com-celulas-solares/


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Pílulas ecológicas. A grilagem e suas relações políticas e criminosas.

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Anchieta propõe mudanças na legislação ambiental

O governador de Roraima, Anchieta Júnior (PSDB), afirmou que a questão ambiental tem sido o grande gargalo do desenvolvimento no Brasil e, por conta disso, pretende propor aos governadores da Amazônia Legal que sejam feitas alterações na legislação que rege o tema. "Começaremos pelos percentuais de exploração de áreas da Amazônia", frisou. Um dos exemplos citados por Anchieta é sobre a potencialidade de Roraima para a produção de etanol, ainda que o governo federal combata o plantio de cana-de-açúcar na Amazônia. "Temos que provar à União que a discriminação do plantio da cana na Amazônia não pode ser de forma homogênea, existem situações diferentes. É apenas um exemplo para demonstrar as diferenças entre os Estados", comentou - Folha de Boa Vista, 13/2.

Nota do Chicão:

Esta é a meta imediata da bancada ruralista. Eles consideram qualquer medida de proteção ao meio ambiente (na área rural) como sendo CONTRA eles.

O Ministério do meio ambiente é visto quase como um demônio a ser combatido com água benta (que são as idéias deles).

Neste "minguau" é preciso entender as jogadas polpiticas em curso. Tanto em minas Gerais, quanto em São Paulo os dois governadores colocaram políticos afinados com os ruralistas para tomar conta da área de meio-ambiente.

Ser e se mostrar confiável é o desejo deles.

No caso de São Paulo, que conheço melhor por morar aqui, o governador quer até entregar terras no pontal do Paranapanema para grileiros que ocupam as terras públicas.

Vale tudo nesta competição para mostrar quem é mais confiável aos desmatadores, grileiros e a banda podre e a banda boba dos ruralistas.

Leiam este texto:

Estratégia eleitoral: um ex-deputado ruralista na secretaria do meio ambiente do estado de São Paulo


Megagrileiro tem 6 milhões de hectares no Amazonas

Uma força-tarefa do governo federal vai colocar na mira as áreas que estão nas mãos dos três maiores grileiros do país: um deles é fantasma, Carlos Medeiros, nome usado por uma quadrilha que se apossou e vendeu cerca de 12 milhões de hectares no Pará. O segundo maior é o empreiteiro Cecílio Almeida, que se apossou de cerca de 7 milhões de hectares no sul do Pará e se transformou no maior latifundiário do planeta. O terceiro lugar é do empresário Falb Farias, "dono" de 6,8 milhões de hectares em cinco municípios do Amazonas - Amazonas em Tempo, 10/2.


Deputado diz que soja está encalhada

Contrariando as expectativas de crescimento do setor de grãos em Roraima, o deputado federal Márcio Junqueira (DEM) disse que parte da safra de soja do ano passado sequer foi comercializada. Segundo ele, as trades que comercializam soja têm um acordo com a WWF para que a compra do grão na Amazônia só possa ser feita mediante autorização dela. Os produtores não conseguem vender os grãos. Paulo César Quartiero é um dos produtores com soja estocada nos silos. Ele informou que tem 53 mil sacas de soja avaliadas em R$ 1 milhão em seus depósitos, sem ter para quem vender - Folha de Boa Vista, 13/2,


Morte de Dorothy completa 4 anos

Movimentos sociais protestaram no Pará contra a impunidade no assassinato da freira americana Dorothy Stang, que fez 4 anos ontem. Integrantes do Comitê Dorothy Stang reuniram-se com o presidente do TJ do Pará, Rômulo Nunes, pedindo a anulação do julgamento de Vitalmiro de Moura, o Bida, inocentado da acusação de ser o mandante do crime. O comitê reclama da demora para julgar Regivaldo Galvão, também identificado como mandante do crime. Preso desde dezembro por grilagem, ele recorreu ao STF para evitar julgamento no caso Dorothy. Até hoje, somente os pistoleiros Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Batista tiveram os julgamentos concluídos. "Até o momento, está reinando a impunidade", protestou a missionária Rebeca Spires - O Globo, 13/2, O País, p.4; CB, 12/2, Brasil, p.10.

Nota do Chicão:

Um dos melhores textos para entender a rede de corrupção e assassinato que se forma em torno da grilagem de terra é o texto:
Irmã Dorothy e o crime organizado dos grileiros e desvastadores da amazônia




Todas as notícias acima você encontra na área de notícias do Instituto sócio-ambiental (ISA)
http://www.socioambiental.org/manchetes/



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Kassab tem medo da transparência pública

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Não é só o Kassab que tem medo da transparência pública. Todos os políticos tem, com honrosas excessões.

O prefeito de São Paulo vetou um projeto que aumentava a transparência do governo da cidade de São Paulo. O governador José Serra VETOU, no início do seu mandato, uma lei bem mais ampla de transparência pública.

Aos políticos causa desconforto que os dados públicos estejam à disposição das pessoas. Incomoda por causa do roubo, incomoda por causa da desorganização e do desperdício.

Incomoda também por causa da SACANAGEM. O uso sacana de dados públicos, usados com a finalidade de mentir, manipular, distorcer a realidade.

Para evitar tudo isto o que eles tentam fazer? ESCONDER O MÁXIMO QUE PUDEREM.

Como o Serra e o Kassab fogem da cobrança de gastos "com cartões" e gastos com hotéis, alimentação, etc? Escondem tudo. Aí os deputados e senadores do DEM e do PSDB podem "cobrar" o governo federal sobre os "gastos horríveis".

Tomara que a oposição continue cobrando.

Mas, com a transparência pública podemos organizar ONGs que façam uma análise supra-partidária das contas e que possam desenvolver propostas.

Boas propostas nascem de estudos bem embasados.

Lembrem: na imensa maioria das vezes os interesses pessoais dos políticos são diferentes dos interesses dos cidadãos.

Na imensa maioria das vezes os interesses pessoais dos donos de rádios, jornais e TVs são diferentes dos interesses dos cidadãos.

Eu lhes pergunto: o que impede de todos os contratos, de todas as cidades brasileiras, estejam disponíveis na internet? O mesmo vale para quase todos os contratos estaduais e federais? (Se um serviço de proteção a testemunha alugar uma casa para esconder uma testemunha não é conveniente que este contrato seja público. Existem casos como este, mas são uma ínfima minoria).


Kassab veta projeto que fiscalizaria orçamento via web

O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) vetou o projeto de lei que previa a disponibilização de dados sobre a execução do orçamento na Internet. O PL 156/08 determinava que o Novoseo - sistema informatizado adotado em 2005 - estaria disponível no site da prefeitura e com acesso irrestrito para que a população acompanhasse "não só o relatório resumido da execução orçamentária, mas também os gastos efetuados por todos os órgãos da administração pública", segundo o texto da medida.

A decisão - publicada na edição de ontem do Diário Oficial - vem menos de dois meses após Kassab afirmar no discurso de posse que esta seria a gestão da "transparência total". A Prefeitura justificou o veto afirmando que outras leis já disciplinam a divulgação de dados do orçamento. Além disso, o site da Secretaria Municipal de Finanças permite o acesso a um conjunto de relatórios e balancetes atualizados sobre operações financeiras, diz o governo.

"As informações são mais detalhadas no sistema Novoseo e, por isso, a sociedade pode monitorar as ações mais de perto. É um serviço que ajuda a sociedade e também o poder público, pois possíveis desvios de recursos podem ser detectados mais facilmente", diz o empresário Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo. Ele acrescenta que a divulgação de relatórios pela Prefeitura não é suficiente, pois esse formato é de difícil compreensão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A popularidade do Lula e a classe alta

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Eu moro no estado de São Paulo. Aqui, entre as pessoas das classes mais ricas Lula tem uma avaliação péssima.

Quando viajo para outros estados esta rejeição ao Lula é bem menor. Muito menor, aliás.

Outro dia perguntei a uma dessas pessoas porque ela não gostava do Lula. Ele disse: "o Lula não faz nada, só esbanja o dinheiro público". (Também falou da falta de escolaridade, gafes, etc).

Um amigo meu me falou: "minha mulher me questionou porque eu gosto do Lula. No trabalho dela os colegas falam muito mal do presidente". Os colegas dela são pessoas com uma renda maior que R$10 mil/mês e que transitam somente nas áreas nobres da cidade.

Parece que na classe alta o Lula aparece apenas como o autor do bolsa família. O que, naturalmente, é um problema sério de comunicação do governo.

Uma pessoa pode gostar ou não de um governante. Todavia, os julgamentos mais eficientes são os racionais. Os que estão embasados em dados técnicos e que possam servir para uma ampla avaliação.

A transparência pública seria a melhor forma de termos estes dados. Não só para criticar, mas para esturdarmos e termos propostas de melhoria.

Como os dados são sempre obscuros, há margem para discursos que colocam a contratação de professores para as novas escolas técnicas federais como "inchaço da máquina". Isto, na minha opinião, é um desbarate total.

Como é difícil ter acesso a dados sérios, seja do governo federal, estadual ou municipal, vamos catando os dados à medida que eles aparecem.

Abaixo segue um dado sobre habitação:

"Para construir "um milhão de casas até 2010", como prometeu, em coro com a ministra e candidata Dilma Rousseff, no segundo e último dia do evento com prefeitos em Brasília, Lula terá mais do que dobrar o ritmo anual de obras de seu governo.
Segundo dados do Ministério das Cidades, somadas todas as modalidades da área de habitação -urbanização, construção e recuperação-, chega-se ao número de 2 milhões de moradias desde 2003, início da gestão petista. Ou seja, média de 285 mil casas/ano.

E Lula vem se empolgando: há uma semana, no Rio, prometera erguer 500 mil casas até o fim do mandato". (Folha de São Paulo)

2 milhões de moradias é bastante moradia. São aproximadamente 10 milhões de pessoas beneficiadas. 10 milhões de pessoas pobres ou de classe média baixa.

Os mais ricos nem percebem estas construções.

Mas, os mais pobres, que tem um parente beneficiado ou um vizinho ou um primo ou eles mesmos, percebem. Percebem porque o meio onde ele vive é transformado.

Acho que este é um dos motivos pelos quais o presidente alcança uma grande popularidade.

O que as classes mais ricas não percebem, os mais humildes percebem muito bem.



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Homenagem ao programa "Um milhão de cisternas"

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O ser humano deve aprender a usufruir do que Deus lhe oferece. Para isto, aproveitar os recursos de modo equilibrado é fundamental.

Um grupo de ONGs, pensando em melhorar a vida das pessoas, desenvolveu um projeto fantástico: aproveitar a água da chuva, armazenando-a em cisternas. A meta: um milhão de cisternas.

Foram à luta. Ganharam respeito e ajuda.





Centenas de milhares já foram construídas, em todo o semi-árido.

Ter água ao lado de casa é um "luxo" que muda a vida das pessoas.

Querem saber o preço de cada cisterna: menos de R$2 mil reais.





A sociedade deve buscar soluções, criar projetos, desenvolver tecnologia. É desta forma que vamos nos tornar um OUTRO PAÍS.

Parabéns a todas as ONGs que participam da ARTICULAÇÃO DO SEMI-ÁRIDO (ASA).


"Cisternas - Os tanques de placas de cimento para a captação de água da chuva têm capacidade para armazenar até 16 mil litros e representam uma solução de acesso a recursos hídricos que provoca grandes impactos nas condições de vida da população. São destinados à população rural de baixa renda que sofre com os efeitos das secas prolongadas. Durante a seca, o acesso a água normalmente só é possível em barreiros, açudes e poços que ficam a grandes distâncias e possuem água de baixa ou baixíssima qualidade, responsável por várias doenças. Com as cisternas, os moradores podem armazenar a água do período das chuvas (que dura aproximadamente 4 meses), para o resto do ano.

Cada cisterna custa R$ 1,6 mil e pode durar 50 anos. Para o próximo ano, além do investimento na construção de cisternas, estão previstos mais de R$ 25 milhões do Ministério do Desenvolvimento Social destinados à ampliação do acesso à água para a produção de alimentos".

Matéria completa (de 2007) no seguinte endereço:
http://www.fomezero.gov.br/noticias/mds-e-articulacao-do-semi-arido-parceria-ja-resultou-em-167-mil-cisternas/


Infelizmente o site da ASA não está funcionando.

Outra notícia mais atual é:


Investimento garantirá acesso a água a 45 mil famílias no Semi-árido



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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O inacreditável Serra bate récordes e nos decepciona

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O desejo de poder do Serra está deixando-o fora do prumo.

Depois de bater récordes de gastos com propaganda, tirando dinheiro de manutenção das escolas, ele bateu o récorde de propaganda FORA do estado de São Paulo.

São MILHÕES de reais em propagandas para o Brasil inteiro ver, de algumas das suas obras. Obras feitas em grande parte com recursos do governo federal e do BNDES (além, é claro, dos muitos bilhões de CALOTE dos precatórios).

O Alckmin gastou cerca de 150 milhões de propaganda por ano. Ele já aumentou para mais que o dobro. Récorde absoluto. Duvido que tenha algum governador que gaste a metade disto.

Enquanto isto a secretária de educação de SP diz que NÃO tem dinheiro para reformar escolas.

Que baixaria!

O governo da França e da Suíça estão investigando uma multinacional chamada Alstom. Durante anos ela deu propina para pessoas ligadas ao governo do estado de SP. Um escândalo com pegou o governo Alckmin e já chega ao governo Serra.

A saga PSDB/Alstom continua.

Para comprar mais trens da Alstom o governo fez uma pesquisa super séria (brincadeirinha!!!) na internet.

Isto mesmo. Pegou algumas informações e ... gastou 500 milhões de reais.

Uma compra atoa. Simples!

Porque tanta pressa? Falta de planejamento e organização?

Ou é falta de vergonha na cara?

Mais da metade do governo Serra está parado. Um maestro de renome internacional não quis se submeter aos desmandos do Serra e foi demitido. Um comentarista criticou sua falta de capacidade administrativa e foi demitido da Tv Cultura.

Seu nome apareceu em destaque na operação Sathiagara. Um arranjo de 800 milhões de reais. A investigação vai demonstrar que tipo de punição será(?) dada.

Voltando aos trens da Alstom. O contrato é de 1992. Isto mesmo: 1992. Porque não fazem novas concorrências? Neste período a tecnologia mudou, o mundo mudou, a economia mudou.

Tudo mudou. Só não mudou a SEDE DE PODER deste José Serra. Desde que eu me conheço por gente ele está em campanha para alguma coisa. Nunca termina nada, pois sempre entra em campanha no meio de algum dos seus muitos cargos.

QUANTOS MILHÕES DE REAIS ELE JÁ GASTOU EM CAMPANHA POLÍTICA? Acho que mais de 100 milhões de reais. Talvez 200 milhões de reais. Será que não é mais ainda?

Por isto é melhor prestar muita atenção neste sujeito.


Metrô fez compra de trens com pesquisa na internet
Empresa diz usar sistema complexo de levantamento

Folha de SP

Você faria uma compra de R$ 500 milhões a partir de uma pesquisa de preços da internet? E se a compra fosse de equipamentos tão complexos cuja descrição dos detalhes toma centenas de páginas? O Metrô de São Paulo fez. O caso ocorreu em 2007, na gestão do governador José Serra (PSDB).

A empresa acertou os preços que pagará por 16 trens da Alstom a partir de pesquisa na internet. Como a compra foi feita com licitação de 1992, as bases financeiras do contrato já não faziam sentido devido a alterações de moeda e cenário econômico. Para apurar o preço dos trens, o Metrô diz ter pesquisado o valor pago em 13 cidades do mundo. As datas das compras vão de 2000 a 2004.

A principal fonte do levantamento são os fabricantes Alstom, Ansaldo Breda, Bombardier, CAF e Siemens, em textos que são propagandas em forma de comunicado.
Questões que influenciam compras desse porte -como risco-país, condições de financiamento, câmbio- foram ignoradas, segundo documentos enviados pelo Metrô à Folha.

A Alstom está sendo investigada sob a suspeita de ter pago propina para obter contratos com o governo paulista. Documentos em poder de promotores suíços citam pagamentos a tucanos em troca de contratos com Metrô e Eletropaulo.

O engenheiro de transporte Fernando MacDowell, que projetou o Metrô do Rio, diz que "a internet é absolutamente falha" para essa pesquisa. "Ninguém dá detalhes nem o preço total de item por item."

Para o advogado Márcio Cammarosano, professor da PUC-SP especializado em direito público, o preço menor deveria ter sido provado durante processo de licitação.

O advogado Toshio Mukai, especializado em licitações, diz que "não dá para fazer uma compra desse valor [R$ 499,8 milhões] com uma pesquisa pela internet" porque variáveis fundamentais para a composição do preço não aparecem nesse tipo de levantamento.

Auditores do TCE (Tribunal de Contas do Estado) afirmaram, com base na Lei das Licitações, que o Metrô deveria ter feito outra licitação, já que a de 1992 havia caducado.

O Metrô diz que a interpretação da lei é equivocada, já que a compra de 1992 não havia sido entregue totalmente. À época, o Metrô comprou 22 trens, mas só tinha recursos para 11. Em 2007, decidiu comprar os 11 restantes e acrescentou cinco.

Parecer encomendado pelo Metrô a Marcelo Figueiredo, diretor da Faculdade de Direito da PUC-SP, defende que esse tipo de contrato não depende de prazo, mas da entrega da encomenda. O Metrô disse em nota que a aquisição foi feita "dentro de contrato válido, que permanecia vigente, fruto de processo licitatório", e que licitação, contrato e aditivos anteriores à compra foram considerados regulares pelo TCE.

A empresa informa que usa "complexo sistema para levantamento de preços" e que pesquisa "em numerosas fontes de informações disponíveis na internet e publicações especializadas". O Metrô diz na nota que consultou Cammarosano e que ele afirmou que falou à Folha "em tese", já que não teve acesso ao processo de compra.


Serra e a grilagem em são paulo


Estratégia eleitoral: um ex-deputado ruralista na secretaria do meio ambiente do estado de São Paulo


Serra: mais imposto, mais imposto


Investimentos do Lula e do Serra: a verdade


Repercurssões: O modelo do PT ou o modelo do Serra/PSDB? Qual você prefere?


O modelo do PT ou o modelo do Serra/PSDB? Qual você prefere?


Governo Alckmin é investigado. Na Suíça


Transparência pública e honestidade




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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Democratas, enganação e falta de ética

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Manchete de jornal:

"DEM prepara expulsão de deputado dono de castelo

Para dirigentes, situação se tornou insustentável politicamente dentro da legenda após descoberta de castelo".


Descoberta do castelo?

O castelo existe e foi visitado por inúmeros políticos do DEM durante anos.

A revista Veja fez uma reportagem sobre ele em 1999.

Vários jornais de Minas Gerais já fizeram reportagem sobre o castelo.

É só perguntar para o senador Eliseu Rezende (DEM), de Minas Gerais. Perguntem para ele se ele conhece o castelo, se já ficou hospedado lá.

Perguntem ao senador Eduardo Azeredo (PSDB) ou ao governador de Minas, Aécio Neves.

O jornal não faz nenhum questionamento. E porque faria? Não estão em busca de informação isenta.

A prioridade não é um bom jornalismo.

A prioridade e dar um jeito de colocar o nome do PT em jogo. Veja o que diz a reportagem: "O partido tinha um candidato oficial, o deputado paraense Vic Pires Franco, mas Moreira decidiu se manter na disputa e teve apoio forte em outras legendas (especialmente na bancada do PT), conquistando a vaga".

O jornal quer passar para seus leitores: o DEM é um partido surpreendido pelas porcarias de seu deputado, que é apoiado pelo PT.

Nada de falar da força dele no DEM, nada de falar de suas relações íntimas com o governador Aécio. Nada de revelar que ele é de oposição ao governo federal.

Não fala nada sobre a campanha conjunta com o Serra (em 2002), com o Alckmin (em 2006), com o Aécio (em 2002 e 2006).

Nada de falar que a maior parte dos deputados do DEM e PSDB votaram e apoiaram ele.

Misturar o nome do PT em qualquer escândalo é a ordem. Mesmo que seja forçado, mentira, enganação.

Mas como mentira tem perna curta é possível ler no mesmo jornal, bem no finzinho da notícia:

"Para tentar salvar pelo menos a segunda vice-presidência, Edmar Moreira aceitou abrir mão da corregedoria da Câmara".

Observe bem: o cara é corregedor da Câmara dos deputados E SEGUNDO VICE-PRESIDENTE.

Ele não é deputado qualquer. Decisão dos deputados do DEM , sem o aval dele não tem validade.

Ele é uma das principais lideranças do DEM na Câmara dos deputados.

Esta é a verdade.

Os apedeutas, que pagam para serem manipulados pelos jornais, acreditam piamente no que o jornal destaca e repete insessantemente.

Um deles até diz algo do gênero: "ele devias er expulso do DEM e entrar para o PT". Olha a "intiligência" do cara. Um cabeça de minhoca que faz a felicidade dos donos de jornais.

Para quem pensa um pouco é fácil saber qual é a verdade.


PS: para quem duvida da afinidade entre o deputado Edmar Moreira (DEM) e o governador Aécio Neves (PSDB) vai uma dica: qual é o partido da prefeita da cidade onde fica o castelo? A irmã do deputado, prefeita da cidade, é do PSDB.

Quem o deputado e sua trupe de vereadores amigos apoiaram para presidente e governador em 2002? Aécio e Serra.

Quem o deputado e sua trupe de vereadores amigos apoiaram para presidente e governador em 2006? Alckmin e Aécio

Quem o deputado e sua trupe de vereadores amigos apoiaram para senador em 2002?
Eduardo Azeredo (PSDB)

Quem o deputado e sua trupe de vereadores amigos apoiaram para senador em 2006?
Eliseu Rezende (DEM)

O deputado sempre foi fiel ao Democratas. Tanto que foi apoiado pela maior parte dos deputados do seu partido para ser segundo vice-presidente da câmara dos deputados.

Mesmo aqueles que são contra o PT deveriam me ajudar a divulgar esta mensagem. Assim poderão ajudar a inibir as enganações dos jornais, recebendo mensagens mais isentas.

PS: se você se importa com ética deveria conhecer um pouco a história do deputado Vic Peres (DEM) que era o candidato dos líderes do DEM para o cargo de segundo vice-presidente da câmara. Clique aqui

A podridão não para aí. Se o deputado Edmar Moreira for cassado, você sabe quem entra no lugar dele? Este DEM tem de tudo para o Brasil.
Se Edmar (do Castelo) for cassado o cheiro de enxofre dos DEMos continua o mesmo



Leia também:

Inacreditável! Escândalo do Castelo, a culpa é do PT (Lúcia Hipólitto)


A estratégia do Estadão contra o PT



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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Resposta do ministro Patrus Ananias sobre a Globo

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Perguntei aproximadamente o seguinte: “Ministro Patrus, eu gostaria de trazer a discussão para o campo da Comunicação. Ontem mesmo, o Bolsa Família foi pauta do Jornal Nacional. Na matéria, mostraram uma moça que recebe o auxílio, dizendo que preferia que a renda viesse de um emprego, e um especialista, dizendo que o Governo deveria investir mais e gastar menos. Sendo ‘o gasto’ o Bolsa Família. Matérias como essa dão a entender que Programas de Transferência de Renda inibem ou prejudicam a geração de emprego. Entretanto, a realidade mostra justamente o oposto. Como o Senhor avalia a relação da mídia com a temática da transferência de renda?”

... Patrus Ananias foi categórico! Não tive como registrar as palavras exatas, infelizmente. Mas o Ministro falou que os Programas Sociais têm grandes inimigos, a Rede Globo é certamente um dos maiores. Disse que já ouviu de editores globais que eles respeitam a pessoa do Ministro, sua trajetória, mas são contra os Programas do Governo. Para Patrus, é nítida a má vontade da mídia para com as ações do Desenvolvimento Social, pois existe uma verdadeira disputa pelos próprios recursos da nação.

Enquanto os Governos anteriores investiam em infra-estrutura, para que a classe empresarial fosse beneficiada, este Governo destina parte dos recursos públicos para a população mais pobre. O discurso do “mais investimento e menos gasto” está mascarando uma falácia: de que o desenvolvimento econômico por si só garante avanço social. Para o Ministro, isto não procede, já que o próprio Brasil teve momentos de grande crescimento econômico, mas a pobreza e a miséria persistiram. Daí a necessidade de Políticas Sociais. Ficou claro que o Bolsa Família não está isolado, mas compõe toda uma rede de Programas, que também incluem capacitação profissional, doação de equipamentos, compra da produção de pequenos agricultores, financiamento pelo Pronaf, democratização do acesso à água (com Cisternas) e à eletricidade (com o Luz Para Todos), Restaurantes Populares, enfim. Uma série de medidas que substituem 'assistencialismo' por Políticas Públicas de Desenvolvimento Social, e resgatam brasileiros da situação de miséria e pobreza, incluem massas no mercado de consumo – o que gera um efeito multiplicador e beneficia toda a economia, e garantem o direito constitucional ao mínimo de dignidade, à segurança alimentar, à vida.

Do Blog Crápula Mor


Nota do Chicão:

O programa Bolsa Família é um dos melhores programas econômicos que o Brasil poderia ter.

Nesta crise estamos aprendendo isto. Os empresários dizem: os empregos dependem do CONSUMO. Ou seja, se o povo comprar e as empresas venderem, elas terão que contratar funcionários para fabricarem os produtos.

Ou seja, o desenvolvimento do Brasil depende do CONSUMO. E O CONSUMO DEPENDE DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA.

Já cansei de escrever aqui no Blog do Chicão. Uma pessoa que ganha 50 mil reais por mês vai tomar tanto leite quanto uma pessoa que ganha mil reais. Portanto, para aumentar o total de leite vendido é muito melhor ter 50 pessoas ganhando mil do que uma ganhando 50 mil.

De modo tímido, é o que o Bolsa Família faz. Gera distribuição de renda. Pessoas pobres aumentam um pouco o seu poder de compra. Com isto podem fazer a economia brasileira girar, ou seja vender mais.

Vendendo mais os emrpesários investem mais e por aí vai...

A luta da Globo não é somente contra o Bolsa Família, é contra toda e quaisquer leis e programas que possam transferir renda e democratizar a sociedade. Vide o desejo dela da auto-regulação (nós mandamos e vocês ficam só "olhando").



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Inacreditável! Escândalo do Castelo, a culpa é do PT (Lúcia Hipólitto).

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O deputado acima é dono de um castelo.

O deputado acima é de oposição ao governo federal.

O deputado acima é do partido DEMOCRATAS.

O deputado acima é da "coluna de força" do governador Aécio, PSDB, de Minas Gerais.

É ligadíssimo ao Aécio. Faz tudo o que ele manda.

Ele foi um dos principais cabos eleitorais do Senador Eliseu Rezende, do DEM.

Nas campanhas municipais apoiou candidatos do DEM e do PSDB afinados com o governador Aécio.

É um dos principais articuladores da bancada do DEM na câmara dos deputados.

É escutado em cada decisão que os líderes do DEM, o filho do César Maia e o neto do ACM tomam.

Decisão dos deputados do DEM , sem o apoio dele, não vale nada.

Ele é poderoso no DEM.

Muito poderoso.

O elemento Edmar Moreira, há muitos anos deputado do DEM, não aceitou uma decisão de alguns deputados do DEM de lançar outro nome que não o dele.

Peitou as lideranças (e como ele é dos que tem mais poder na bancada do DEM) conseguiu os votos da maioria dos deputados do seu partido, muitos votos do PSDB e de muitos outros partidos.

Foi eleito com folga.

Segundo a Lúcia Hippolito de quem é a culpa? Do PT, lógico. Esta é a tática que já denunciei aqui. A ordem dos donos das empresas de rádio, tv e jornais é colocar o nome do PT em qualquer notícia negativa que surgir. Não importa o quão absurdo seja.

Se não colocar o nome do PT no meio do escândalo é demissão na certa. E a Lúcia Hippolito, que não é boba e sabe que é bem remunerada, trata de seguir a orientação.

O pior é o que os apedeutas que acreditam nestas pessoas escrevem nos seus blogs (quando recebi um email com a informação não acreditei e fui ler no blog da apedeuta): "Enquanto o corregedor é defendido pelo PT, seu partido, o Democratas, quer que ele renuncie à segunda vice-presidência da Câmara. Afinal, Edmar Moreira foi candidato avulso, pois o DEM apoiava Vic Pires Franco (PA). O partido decidiu mesmo levar o caso do corregedor à sua comissão de ética. Nota do partido “repele e considera incompatível com o rigor ético do partido as declarações de Edmar Moreira”. Muito bem. O partido (DEM) está de parabéns".

Pronto, os apedeutas entenderam tudo. Entenderam tudo, mesmo!!!!

O "nobre" deputado está a anos no DEM. Fez campanha do Aécio, do Serra, do Alckmin, do senador Eliseu Rezende (DEM), é um dos principais articuladores da bancada do DEM, é de oposição ao governo Lula, faz "barba, cabelo e bigode" no DEM, mas a culpa é do PT. Ela entendeu tudo.

O DEM tem mesmo um grande rigor ético e a nobre Blogueira uma inteligência impressionante. São com estes tipos de pessoas que o PIG conta. São eles que fazem a festa e é para eles que o PIG discursa. O objetivo é montar um grupo de anti-petistas apedeutas-xiliquentos que façam campanha de graça para os candidatos "éticos" que o PIG resolver apoiar.

Cuidado! Cuidado Brasil! O interesse dessas pessoas é diferente do interesse do Brasil.

PS: relendo o que escrevi, depois de algumas horas, vi que peguei pesado com a autora do Blog. Apesar de não ter citado o nome dela aqui, acho que ela é uma pessoa que, como eu, quer o nosso país melhor. É que já vi cada blog de gente maluca que achei que o dela era um desses. A crítica foi certa, mas o endereço foi errado.

PS2: para quem duvida da afinidade entre o deputado Edmar Moreira (DEM) e o governador Aécio Neves (PSDB) vai uma dica: qual é o partido da prefeita da cidade onde fica o castelo? A irmã do deputado, prefeita da cidade, é do PSDB.

PS3: é tanta aliança entre o PSDB e o deputado Edmar Moreira que me esqueci do Senador Eduardo Azeredo (PSDB). São (ou eram) ligadíssimo. O deputado foi um grande cabo eleitoral do senador. Tudo "em casa", como podem perceber.


A estratégia do Estadão contra o PT




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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A estratégia do Estadão contra o PT

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Durante a campanha eleitoral o Alckmin disse: “ o problema não é o Lula, é o PT”.

Esta é a máxima que está sendo seguida pela imprensa conservadora brasileira.

Eles observaram que deveriam diminuir os ataques diretos ao Lula e aumentar os ataques contra todo e qualquer membro do Partido dos trabalhadores. Pode ser mentira, enganação, enrolação... Vale tudo. Tudo mesmo.

A ORDEM É APROVEITAR QUALQUER OPORTUNIDADE PARA NEGATIVIZAR O PT.

Vou dar dois exemplos:

Em dezembro/2008 descobriram que algumas empresas estavam armando esquemas para fraudar licitações na área da saúde. Elas conseguiram contratos com dezenas de municípios do estado de São Paulo e com o governo do estado de São Paulo.

Observe bem: conseguiram contratos com DEZENAS de municípios do estado de São Paulo e com o governo do estado de São Paulo.

Na reportagem do jornal O Estado de São Paulo é citada apenas UMA cidade de SP: São Carlos. O jornal deixa claro que é administrada pelo PT.

Os verdadeiros apedeutas, que pagam para ler este jornal, devem ter pensado: “o PT está em todas”.

Dias depois, em uma notinha, aparece a verdade: São Carlos NUNCA teve qualquer contrato com as empresas em investigação.

Os apedeutas nem devem ter notado o esclarecimento. Nem devem ter se indagado sobre que prefeituras são estas (dezenas) que o jornal FAZ QUESTÃO DE ESCONDER. Acho que devem ser prefeituras do PSDB e do DEM... Nenhum jornal conservador teve coragem de colocar a lista em público.

A estratégia do jornal foi cumprida a risca. Negativizar o PT de qualquer forma.

Outro bom exemplo é sobre o escândalo Serra/Kassab da merenda escolar. Em 2006 e 2007(gestão Serra e Kassab) houve um esquema de merenda PP(pouco e podre) e merenda super-faturada, segundo o ministério público.

Diz o jornal: “O Ministério Público Estadual (MPE) investiga um suposto cartel - conluio entre empresas do mesmo ramo para eliminar a concorrência - envolvendo ao menos dez fornecedores de merenda para a rede pública (municipal) de educação de São Paulo e de pelo menos outros 13 municípios do Estado”.

Mais uma vez não aparecem o nome das prefeituras.

O jornal continua: “Além disso, o Conselho de Alimentação Escolar descobriu, em inspeções feitas entre 2006 e 2007, que em várias escolas e creches o armazenamento dos produtos da merenda era precário, sendo que alguns alimentos já estavam fora do prazo de validade e, outros, em estado de DECOMPOSIÇÃO. A divisão de merenda também era malfeita e, algumas vezes, uma salsicha chegava a ser divida para três crianças”.

A notícia do jornal é incrível. O nome do Kassab não aparece e muito menos o do José Serra. Nada disso, o nome que aparece é... o da Marta Suplicy. Incrível!!!

Os apedeutas que pagam para ler este jornal devem pensar: “que Marta horrível! Ainda bem que o Serra salvou SP”.

Leia o que diz o jornal: “Uma das constatações foi a de que a terceirização do serviço, feita gradativamente desde 2001, ainda na gestão Marta Suplicy (PT), era desvantajosa para a Prefeitura. O gasto, segundo a Fipe, era 3,6 vezes superior ao da administração direta – quando o Município comprava os produtos e ele próprio preparava as merendas”.

O único nome que aparece é o da Marta, do PT. Não aparece o nome do Serra e nem o nome do Kassab. Também não aparecem os nomes das 13 prefeituras.

Vamos à verdade: a merenda escolar na época da Marta era de boa qualidade. E o gasto 3,6 vezes maior se refere a gestão Serra/kassab.

O secretário investigado, Januário Montone, é unha e carne com o Serra.

Mesmo em um escândalo do Serra/Kassab o jornal trata de meter o nome de um membro do PT no meio.

Tudo para induzir a mente condicionada dos apedeutas que pagam para ler o jornal que o problema é o PT.

Leia também:

Kassab: maldade na merenda escolar


Conservadores como Kassab detonam a educação





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Como se dá a ocupação da amazônia

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Manchete de Jornal: Juiz bloqueia 10 mil hectares de terras de Daniel Dantas no Pará.

O Dantas é um ocupante novo. Quem vendeu para ele é um ocupante cuja família fez fortuna na região.

São nomes técnicos como aforamento, que é um direito de permissão de exploração. Depois disso os governadores criam leis para facilitar a compra da terra por estas pessoas a preço de banana.

O que você vai ler abaixo é apenas um aperitivo do que acontece em larga escala.



"Juiz bloqueia 10 mil hectares de terras de Daniel Dantas no Pará


"Segundo procurador, fazendas, adquiridas por R$ 85 milhões, pertencem ao governo

O juiz Líbio Araújo de Moura, titular da Vara de Redenção, no Pará, bloqueou os títulos das fazendas Castanhal Espírito Santo e Castanhal Carajás, que integram o conjunto de propriedades adquiridas naquela região pela Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, do banqueiro Daniel Dantas. As duas fazendas, que ficaram indisponíveis para qualquer tipo de transação comercial, totalizam 10 mil hectares e teriam sido adquiridas por cerca de R$ 85 milhões.

A decisão do juiz, com data de 30 de janeiro, atende a um pedido do governo do Pará. Segundo explicações do procurador-geral do Estado, Ibrahim Rocha, o antigo dono das duas fazendas, Benedito Mutran Filho, não poderia tê-las vendido, porque pertencem ao governo.

"O que houve originalmente foi um aforamento, uma espécie de concessão para a exploração dos castanhais na região", disse o procurador. "O particular, além de alterar a destinação original, vendeu a terra, sem a anuência do Estado. Há várias ilegalidades nessa transação. O nosso objetivo é obter na Justiça a nulidade dos contratos de venda, para que a terra volte às mãos do Estado."

O Estado de São Paulo


Leia também:

Dantas compra fazenda que foi palco de trabalho escravo


Leis que beneficiam a grilagem


Desmatamento e grilagem é coisa de gente grande


Irmã Dorothy e o crime organizado dos grileiros e desvastadores da amazônia


Serra e a grilagem em são paulo


Estratégia eleitoral: um ex-deputado ruralista na secretaria do meio ambiente do estado de São Paulo



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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Boa notícia: TVs desligadas batem recorde na grande São Paulo

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O colunista Daniel Castro informa na sua coluna que,o desinteresse pelas atuais novelas da Globo levaram a um recorde de televisores desligados na Grande São Paulo no último sábado.Na média do dia (7h à 0h), apenas 36% dos televisores estiveram ligados, quatro pontos percentuais a menos do que no sábado anterior. No horário nobre (18h/ 24h), 48% dos aparelhos estiveram ligados, contra 54% no sábado anterior.

Foi o percentual mais baixo de TVs ligadas em um sábado de janeiro pelo menos desde 2000. Já houve registros inferiores a 36%, mas em dezembro. O recorde negativo anterior, 35%, ocorreu em 29 de dezembro de 2007. Havia 13 meses que não se via tão pouca TV.

Leia mais


Nota do Chicão:

O que fazer com a TV desligada?

Ligue para seus amigos.

Combinem com eles atividades.

Vá fazer esportes.

Leia um bom livro.

Faça alguma atividade com seus filhos, é um ótimo momento para conversar.

Faça o evangelho no lar ou estude a bíblia.

Transe com sua esposa ou namorada.

Existem muitas opções de atividades saudáveis e que nos ajuda e ficar próximos das pessoas que nós amamos.

Comece desligando a televisão um dia por semana.



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