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Muito se fala sobre os exageros do MST.
Pouco se fala sobre os seus sucessos, como os milhões de toneladas de alimentos produzidos em áreas de reforma agrária.
Outro sucesso, este relativo, é o combate à grilagem. Um caso exemplar é a grilagem de grandes extensões de terras públicas que estava sendo conduzida por grandes e médios grileiros SILENCIOSAMENTE no pontal do Paranapanema (SP).
Naturalmente os jornais conservadores jamais publicavam nada sobre este crime. E, mesmo hoje, tratam grileiros como se fossem proprietários.
Agora, o Serra quer dar estas áreas para os grileiros. É uma prévia da campanha eleitoral de 2010, quando ele quer ter o apoio maciço dos grileiros e "produtores" espalhados por todo o país.
Certamente, o Serra vai estar de um lado e os defensores da ecologia de outro.
Leia a notícia abaixo:
Trabalhadores rurais fazem ato contra projeto de Serra que legaliza grilagem
Mobilização do MAST, Uniterra e MST, com o apoio da CUT e CGTB, exige assentamento imediato de 3.500 famílias e a retirada do projeto enviado à Assembléia Legislativa para presentear latifúndio com legalização da grilagem de 300 mil hectares de terras devolutas
O Dia do Trabalhador Rural, 25 de julho, foi comemorado no Pontal do Paranapanema (no extremo oeste do estado de São Paulo), com mobilização em Presidente Prudente pelo assentamento imediato de 3.500 famílias e a retirada do projeto enviado pelo desgoverno José Serra à Assembléia Legislativa, que presenteia o latifúndio com a legalização da grilagem de 300 mil hectares de terras devolutas.
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“O governo paulista prefere legalizar a terra para os grileiros do que assentar famílias que passam necessidades. Alckmin não fez nada pelo trabalhador rural e o Serra também não”, afirmou o presidente do MAST e membro da executiva nacional da CGTB, Lino Macedo. Os protestos começaram três dias antes com uma caminhada de trabalhadores sem terra de Presidente Epitácio, Presidente Bernardes, Rosana, Mirante, Martinópolis e Regente até Presidente Prudente.
Segundo Lino, as manifestações se espalharam desde o dia 18 de junho, após o governo Serra enviar à Assembléia o seu projeto de lei com o objetivo de dar posse de terras aos grileiros. A resistência foi deflagrada para combater o assalto às terras devolutas, unificando o conjunto dos movimentos sociais que encampam a luta por dignidade e justiça no campo.
Conforme a proposta apresentada pelo governo tucano, propriedades que compreendem entre quinhentos e mil hectares - e que se encontram em litígio, mas que são terras devolutas, devendo portanto ser utilizadas para a reforma agrária - não mais serão socializadas, mas apropriadas “legalmente” pelos grileiros. Assim, apenas 15% das áreas retornariam ao executivo em troca da regularização dos 85% de toda área para os grileiros. Nas propriedades entre mil e dois mil hectares, a “concessão” - isto é, a devolução ao Estado do que não lhes pertence - deverá ser de 20%, e nas propriedades acima de dois mil hectares, 25%, ficando os latifundiários com 80% e 75% de suas áreas originais regularizadas pelo Estado, respectivamente.
“Dessa forma, o governador José Serra quer legitimar o crime dos 300 mil hectares de terras devolutas griladas no Pontal -, presenteando 200 grileiros com estas propriedades públicas, impedindo que sejam distribuídas ao social, à reforma agrária e golpeando mais de 10 mil famílias” denunciou Lino Macedo.
A Jornada Nacional de Luta por Reforma Agrária, realizada no Dia do Trabalhador Rural, foi comemorada em todo o Brasil com ocupações, atos e passeatas, em que milhares de pessoas denunciaram a lentidão no processo de assentamentos, onde exigiram justiça no campo e pressa na distribuição de terra.
Matéria completa Hora do Povo
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