quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Alckmin, Serra e o PCC

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São Paulo, o estado mais rico do Brasil diz que não tem escolta para levar bandidos do PCC para audiências judiciais.

Dá para acreditar?

Durante 4 anos. Durante os últimos 4 anos o governo de SP não teve como levar os presos para as audiências.

Dá para acreditar?

Eles vão ser soltos.

Aí eu pergunto: não tinha como leva-los ou não houve interesse em leva-los? Quem pode responder é o Serra e o Alckmin, governador e ex-governador.

QUATRO anos. Não houve como leva-los para uma audiência?

Será que o STF, ao invés de mandar soltar os presos perigosos não poderia editar uma "súmula", dar uma ordem, sei lá... que obrigue os tribunais a fazerem audiência via internet. Ou ter audiência via-satélite, de tal forma que os presos não precisem ser retirados dos presídios.

Se o STF pode decidir sobre mudança de partido de deputados não pode ter o bom senso de agir neste caso também?

Será que os juízes de primeira instância não podem levantar a bunda da cadeira e irem no presídio fazer audiência lá?

É muita falta de vontade de resolver os problemas.

Enquanto isto o PCC vai se fortalecendo. E se dá ao luxo de editar manual de regras de condutas de seus membros. Ser homossexual é severamente punido. Matar uma pessoa é severamente punida.

Isto mesmo. Os membros do PCC estão limitados no seu "direito" de matar as pessoas em seus assaltos e extorções. Quem garante este "benefício" à população é a cúpula do PCC.

Em troca do que eles limitam os assassinatos? Em troca de privilégios e benefícios?

É preciso investigar. É preciso uma investigação federal, pois em SP os órgãos estaduais estão por demais sem credibilidade.


11/09/2008 - 08h08
STF libera 9 integrantes da 'tropa de choque' do PCC

Em São Paulo

A "tropa de choque" da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) vai ser solta. Assim é conhecido pela polícia o grupo montado em parceria com o Comando Vermelho (CV) para uma das mais ousadas ações do crime organizado já feitas no Estado: tomar de assalto um presídio e soltar 1.279 presos, incluindo o seqüestrador Jorge de Souza, o Carioca, integrante do CV.

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade e com aval do Ministério Público Federal, concedeu anteontem habeas-corpus para nove integrantes do bando, estendendo a eles o benefício que já havia sido dado a Rafael Fernando da Silva, de 26 anos, em abril.

A razão de o STF ter concordado em soltar os acusados é o fato de os réus estarem presos há quatro anos sem que nem mesmo a instrução do processo - fase em que são recolhidas as provas e depoimentos - tivesse sido concluída.

O motivo de tanto atraso, como ressaltou o ministro Carlos Ayres Brito em seu voto, não foi nenhuma ação protelatória dos defensores dos réus, mas o fato de que muitas audiências foram cancelas e remarcadas por "falta de efetivo estatal para apresentação de presos ao juízo criminal, tendo em vista a alta periculosidade dos agentes". Não havia escolta suficiente para levar os presos com segurança do presídio ao tribunal.

"Só dois rapazes não serão soltos porque respondem a outros processos. O STF não fez nada mais do que sua obrigação. Meu cliente é primário e estava havia quatro anos preso sem julgamento", disse a advogada Paula de Cássio Rodrigues Branco, que defende Leandro Marcelo de Souza, 31 anos, um dos 12 réus acusados pela tentativa de matar 2 policiais, por formação de quadrilha e porte de armas.

A prisão da quadrilha ocorreu em 1º de julho de 2004. O bando foi detido depois que escutas telefônicas feitas pelo Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) detectaram que o PCC e o CV se preparavam para tomar de assalto a Penitenciária 2 de Franco da Rocha. Leandro ia usar uma carteira de advogado para entrar na prisão e dominar a guarda, abrindo o portão.

Além de soltar Carioca, o bando pretendia promover a fuga em massa de todos os presos. O grupo, no entanto, foi surpreendido pelos policiais numa casa na cidade vizinha de Francisco Morato, quando se preparava para o resgate.

As informações são do Jornal da Tarde.



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