sábado, 12 de julho de 2008

O que é uma empresa estratégica?

.

80% das sondas de perfuração em alto-mar existentes no planeta estão trabalhando para a Petrobras.

Sabem porque?

Porque as empresas privadas não se interessavam (antes da alta espetacular do petróleo) por procurar petróleo justamente onde existiam as melhores expectativas de encontrá-los em nosso país.

A Petrobras assumiu este risco. Desenvolveu tecnologia durante décadas. Fez esforço de formação de recursos humanos capacitados. Fez um esforço brutal.

Os resultados estão aí. E são ótimos.

Não teríamos nada se não existisse esta empresa ESTATAL.

Os investimentos dela até 2012 será de impressionantes U$97,4 BILHÕES.

Aí entra um outro fator estratégico da empresa: AJUDAR A CAPACITAR EMPRESAS NACIONAIS A PRODUZIREM para fornecerem materiais para ela e para o resto do planeta.

Um grande ramo do comércio e da indústria mundial que não teria jamais condições de se consolidar no brasil não fosse a atuação estratégica da Petrobras.

São centenas de MILHARES de bons empregos.

São bilhões e bilhões de reais em impostos que mantém hospitais, escolas, universidades, etc.

É uma vida melhor! Uma vida melhor no Brasil graças a empresa estratégica Petrobras.

A título de comparação: o que a Telefônica faz para ajudar no progresso do Brasil, além de usufruir do NOSSO mercado interno?

Leia a notícia abaixo:

Indústria deve investir para ampliar fornecimento à Petrobras, diz Gabrielli

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, participou na manhã desta sexta-feira de um encontro com empresários do setor de infra-estrutura para discutir o aumento na participação da indústria nacional no fornecimento de equipamentos para a petrolífera. A reunião foi realizada em São Paulo, na sede da Abdib (Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base).

"Demonstramos [aos empresários], de forma clara, a importância estratégica da expansão da capacidade da cadeia de fornecedores brasileira", afirmou Gabrielli, em entrevista aos jornalistas.

A Petrobras irá investir US$ 97,4 bilhões até 2012, na construção de novas plataformas, principalmente, para a prospecção de petróleo em campos do pré-sal, descobertos recentemente pela empresa.

Segundo Gabrielli, entre 80% e 90% dos produtos são fornecidos por empresas nacionais. "Na área de plataformas e sistemas de offshore, nós temos hoje em torno de 60% a 65% de produtos competitivos nacionais".

Competição

A indústria brasileira não está capacitada para produzir vários equipamentos para prospecção em alta profundidade, como sondas, segundo Gabrielli.

"O Brasil nunca fabricou sonda para perfuração em mais de dois mil metros [de profundidade]. Nós estamos montando um programa, que nos próximos cinco anos, a indústria nacional vai se preparar para, a partir de 2013, nos entregar as sondas que precisamos", disse o presidente.

Para Gabrielli, a indústria brasileira produz equipamentos competitivos em relação ao mercado internacional. Mas existiriam outros produtos que não seriam interessantes para as empresas nacionais, por razões tecnológicas ou de escala.

Uma terceira faixa de equipamentos que ainda não são produzidos no país, mas que são viáveis, precisam de fomento para competir com o produtor externo. "Essa faixa é a mais importante, que nós temos que atuar. Transformar mais produtores nacionais em produtores competitivos internacionais", afirmou Gabrielli

Aos empresários, a Petrobras afirmou que a política da empresa é incentivar a expansão de compras de equipamentos no mercado nacional. "Nós sabemos que uma parte de nossas demandas afeta substantivamente a capacidade produtiva mundial. Nós vamos ampliar a capacidade de produção no mundo, tanto melhor que essa ampliação seja no Brasil", afirmou Gabrielli

Pesquisas

O presidente da Abdib, Paulo Godoy, afirmou que a entidade quer incentivar a indústria privada na produção de pesquisas, que hoje estaria concentrada no poder público. Ele afirmou que a Zbdib vai implementar um programa para pesquisa e desenvolvimento corporativo.

Godoy afirmou que o empresariado quer criar no Brasil uma perspectiva de desenvolvimento industrial, tecnológico e de engenharia.

"Nós temos a condição de criar o maior centro mundial de tecnologia e processos industriais para prospecção em águas profundas", disse Godoy.

O presidente da Abdib declarou que o próximo passo "nesse esforço de nacionalização" é discutir a desoneração de impostos --como PIS e Cofins--, a exemplo do que já ocorre com investimentos em infra-estrutura.

Recursos

O presidente da Petrobras afirmou que os investimentos para expansão da empresa serão captados no mercado financeiro. Segundo Gabrielli, o nível de alavancagem atual da Petrobras é de 17%, mas que já chegou em 55% em 2003. O "nível ótimo", segundo o presidente, está entre 25% e 30%.

"Uma empresa que tem os projetos que tem a Petrobras, o dinheiro mais caro é o dinheiro próprio. Uma empresa que está melhorando e cada vez mais captando a custos menores, é muito melhor endividar", disse Gabrielli.

(Folha on-line)


.

Nenhum comentário: