sábado, 16 de maio de 2009

Transgênicos e direito dos consumidores

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A propaganda dos grande grupos econômicos a favor dos transgênicos sempre apregoou a superioridade econômica deste plantio.

Dinheiro! Este é o canto da sereia.

Os transgênicos são vendidos como um produto de tecnologia, portanto mais confiável. Quem é contra é porque tem medo do novo e do moderno.

Abaixo trechos de um texto da Gazeta Mercantil:

"O custo de produção da soja não transgênica na última safra foi de 35,06 sacas por hectare, uma substancial economia de 7,37% em relação ao custo de produção da soja transgênica, que ficou em 37,85 sacas por hectare".

"Desde a liberação do cultivo da soja geneticamente modificada no Brasil - a chamada soja transgênica -, rios de tinta e toneladas de papel foram consumidos, destacando-se a superioridade técnica da novidade agronômica, a ponto de diversas vozes profetizarem o fim dos cultivos convencionais. Discussões ideológicas à parte, tais afirmações incorrem em evidente exagero. Se os produtos geneticamente modificados apresentam inegáveis vantagens, o fato é que as culturas convencionais não apenas têm espaço assegurado no cenário da produção agrícola brasileira, como também são aquelas que efetivamente maior valor agregam ao agronegócio nacional".

"Com isso, o Brasil figura na liderança mundial da produção e exportação de produtos não transgênicos, posição que, mais do que ser motivo de orgulho, é um diferencial de mercado que merece ser preservado por conta de suas vantagens econômicas. Isso porque os principais países do mercado europeu fazem sérias restrições ao cultivo e à comercialização de grãos geneticamente modificados por razões de biossegurança e ambientais, posição adotada por outras nações asiáticas. E, o mais importante, pagam substanciais prêmios para ter acesso a esses produtos diferenciados".

"Para assegurarem a identidade dos grãos não geneticamente modificados que exportam, indústrias e traders arcam com os custos de segregação da produção - o chamado "Hard Identity Preserved", contratando empresas certificadoras independentes, internacionalmente reconhecidas, que atestam a qualidade e a sanidade da produção em todos os seus estágios, do plantio ao transporte, do processamento ao embarque. Mais ainda: ganham os agricultores que optam pelo cultivo de não transgênicos porque as indústrias e traders que investem neste modelo de produção repassam a eles parte de seus prêmios. Na safra que acaba de ser colhida, cooperativas e agroindústrias pagaram prêmios de até R$ 2 por saca".

"Seu interesse repousa não apenas no diferencial de mercado que representa, mas também por constituir reserva genética estratégica como alternativa para a ocorrência de fatores imprevistos na produção de grãos geneticamente modificados".

"Tal desempenho derruba o mito de que as culturas tradicionais são "atrasadas" e "ultrapassadas". Na verdade, os grãos não transgênicos carregam elevada carga de tecnologia, a ponto de constituírem referência para o trabalho de desenvolvimento genético dos próprios transgênicos. Prova do potencial produtivo dos grãos convencionais é o trabalho de melhoramento genético que vem sendo desenvolvido pela Embrapa com a soja não transgênica, focado num aumento de produtividade da ordem de 1,5% ao ano, nos próximos dez anos".

O autor chama-se Ricardo T. de Souza. Ele é um defensor da transgenia. Mas, entende mais do bolso e raciocina com a mão no bolso. Por isto é capaz de enxergar o óbvio: a soja NÃO transgênica dá mais lucro.

Ele escreve sobre um mercado específico para os produtores rurais. Mercado que será destruído se as antas ruralistas conseguirem realizar seu projeto maquiavélico de acabar com a rotulagem dos transgênicos.

Nenhum cidadão, nenhum consumidor saberá o que há dentro de um alimento. Não haverá opção de escolha entre transgênicos e não transgênicos. Simplesmente porque não haverá como saber.

Além do óbvio prejuízo para todos nós, há o prejuízo para os produtores rurais.

"Ganham os agricultores que optam pelo cultivo de não transgênicos porque as indústrias e traders que investem neste modelo de produção repassam a eles parte de seus prêmios. Na safra que acaba de ser colhida, cooperativas e agroindústrias pagaram prêmios de até R$ 2 por saca".

Abrir mão de um mercado BILIONÁRIO porque as grandes empresas do agronegócio focam seus lucros na transgenia é muita burrice.

Os ruralistas estão sendo suicidas. Cada vez mais suicidas.

E o pior, a imensa maioria dos agricultores acreditam neste discurso.

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