quarta-feira, 20 de maio de 2009

Perdigão e Sadia, a vitória da competência dos fundos de pensão

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Alguns anos atrás a Sadia quis comprar a Perdigão. As matérias dos jornais conservadores deixavam claro que a empresa que queria comprar era mais competente porque era ligada à iniciativa privada. A outra, a Perdigão, seria piorzinha pois era gerida pelos fundos de pensão.

A lógica é esta: usar todas as notícias para fazer a cabeça dos incautos. O problema da Perdigão eram os fundos de pensão, diziam. O problema dos fundos de pensão são os Petistas que estão nas suas direções.

O tempo passou, companhias privadas quebradas pelo mundo inteiro e TRILHÕES de dólares sendo gastos pelos governos para salvar estas empresas.

Aqui no Brasil a gestão da Perdigão é melhor, mais equilibrada e dinâmica. A Sadia tem uma GESTÃO pior. Durante um tempo a Sadia ganhou dinheiro no câmbio, depois perdeu dinheiro. Aí ficou claro as fragilidades da empresa Sadia.

Agora a Perdigão está incorporando a Sadia. A nova empresa tem 62% da Perdigão e 38% da Sadia.

Os fundos de pensão estatais, sob a gerência dos Petistas (que aliás são preparados para o cargo e defendem com "unhas e dentes" o dinheiro dos funcionários) estão ganhando rios de dinheiro, estão mais sólidos, com melhor governança e mais tansparência.

Notícia boa, que vai contra a ideologia da Grande Aliança Conservadora, não é publicada. O Blog do Chicão publica, aqui você fica sabendo o que não interessa aos conservadores.

Veja esta notícia do jornal conservador O Estado de São Paulo:

"Os fundos de pensão - que controlam a Perdigão - e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) planejam comprar pelo menos 50% - se possível até 65% - das ações a serem emitidas até o fim de julho pela Brasil Foods, a companhia formada por Sadia e Perdigão. A oferta dos papéis para reforçar a companhia deverá atingir R$ 4 bilhões. Com essa compra agressiva, os fundos querem ampliar, de 26% para 35%, sua participação no capital total da nova empresa. O BNDES ficaria com algo como 9%. Juntos, passariam a ter 44% da Brasil Foods".


"Os fundos contam com o BNDES para criar um grupo de acionistas afinado e forte o suficiente para definir os rumos da Brasil Foods, sem depender de outros sócios. Pertencentes a estatais, são liderados pela Previ, do Banco do Brasil. Deverão investir de R$ 1,3 bilhão a R$ 2 bilhões".


PS: os jornais conservadores querem passar a ilusão de que o problema da Sadia foi apenas o prejuízo do câmbio. Não acredite nisto. Isto foi a ponta do iceberg de uma empresa que estava mal gerida, mal organizada e com planejamento estratégico ruim.



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