domingo, 10 de maio de 2009

Dica de leitura: Em busca da nova energia

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Recebi de um leitor do Blog uma boa dica de reportagem.

Chama-se: Em busca da nova energia

É da revista Época, mas você pode ler de graça no link abaixo:

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI69912-16270-1,00-EM+BUSCA+DA+NOVA+ENERGIA.html

Vale a pena ler.

Abaixo segue alguns trechos:

"Poucas vezes a nomeação de um secretário representou uma mudança tão grande. Steven Chu, o novo secretário de Energia dos Estados Unidos, é quase o oposto de Samuel Bodman, seu antecessor. Bodman era um engenheiro químico que entendia pouco de questões energéticas quando foi nomeado pelo então presidente, George W. Bush, em 2004. Ele fez carreira na Cabot Corporation, uma indústria química que, sob sua direção, foi apontada como uma das maiores poluidoras do país, com 60.000 toneladas de emissões tóxicas por ano em suas refinarias. E dava pouca atenção ao aquecimento global. Chu é um físico americano descendente de chineses e foi um dos três ganhadores do Prêmio Nobel de Física, em 1997, por seus estudos sobre átomos. Era professor da Universidade Berkeley, na Califórnia. Costumava ir ao trabalho de bicicleta. Defensor de fontes alternativas de energia..."

"Trata-se de uma corrida para preservar o planeta. Mas há outro motivo para tanto investimento em infraestrutura ambientalmente limpa. Os governos pressentem que vivemos um momento de ruptura tecnológica. E, historicamente, os países que largam na frente no desenvolvimento de tecnologias de base têm mais chance de se tornar as novas potências econômicas. Essa percepção transforma os gastos com pesquisas e mudanças em suas matrizes energéticas em investimentos estratégicos.

É por isso que, mesmo numa época de crise financeira, os investimentos de capital de risco em tecnologias limpas nos Estados Unidos atingiram no ano passado o recorde histórico de US$ 8,4 bilhões. É um número oito vezes maior que o de 2002. Cerca de 68% disso foi para empresas americanas. “Pode ser efeito do pacote de estímulo oficial ou do retorno dos bancos, mas há evidências de apetite crescente por projetos de pequena a média escala”, diz Tuck Twitmyer, da empresa de investimentos EnerTech Capital".


"Mas os carros são apenas um pedaço do desafio. A outra parte é gerar a eletricidade necessária para as cidades e indústrias. A maior aposta mundial tem sido o vento. A capacidade instalada dos cata-ventos triplicou entre 2005 e 2008. Os geradores eólicos produzem 1,5% da eletricidade do mundo. Essa fatia vai crescer. Na quarta-feira, o presidente Obama prometeu que até 2030 os Estados Unidos vão gerar 20% de sua eletricidade com os cata-ventos. Só no ano passado, o país investiu US$ 17 bilhões na energia eólica. As usinas inauguradas em 2008 geram energia suficiente para abastecer 2 milhões de casas. Com isso, os Estados Unidos superaram a Alemanha, que sempre foi líder nesse tipo de geração. A China também tem investido maciçamente na energia dos ventos: até 2020, deve expandir a geração de energia eólica para 100.000 megawatts, o equivalente a toda a geração elétrica do Brasil".

"Uma vantagem colateral da luta contra as mudanças climáticas são as oportunidades de negócios e os novos postos de trabalho. O setor de energia eólica nos Estados Unidos já emprega 85 mil pessoas. A economia limpa está transformando empresas como a General Electric. Desde 2005, o presidente da empresa, Jeffrey Immelt, investiu no programa Ecomagination (contração das palavras imaginação ecológica) para desenvolver energias renováveis. Hoje, a divisão GE Energy é a líder global em tecnologias limpas, inclusive na produção de turbinas eólicas. O programa lucrou US$ 17 bilhões em 2008 e já representa 10% das vendas globais da GE. O novo plano da GE é produzir aviões que não emitam poluentes. Em parceria com a Virgin, de Richard Branson, a GE fez o primeiro voo de um avião de passageiros movido a biocombustíveis, no início de 2008, entre Londres e Amsterdã, na Holanda".




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