quinta-feira, 14 de maio de 2009

Transparência pública e a defesa dos acusados

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Os políticos normalmente tem muito medo da Tansparência Pública. Deixar às claras o que fazem com o dinheiro público é um risco.

Mas é também uma segurança. Quando existe uma denúncia falsa é mais fácil para o político se defender.

Veja o que aconteceu com o Ex-tesoureiro do PT em Mato Grosso, o superintendente regional do Incra, Willian Sampaio.

Ele foi acusado pela ONG mato-grossense Moral, de combate à corrupção de ter utilizado "nas viagens o carro e o motoristas do órgão e, em algumas, recebeu diárias referentes aos dias em que cumpria compromissos com o partido". (FSP)

"Destes dez encontros (do partido), em sete deles o representado se apresentou, inclusive na mesa de honra, durante o dia todo, recebendo diárias do Incra, mesmo sendo final de semana", diz um trecho do documento" da ONG. (FSP)

"Dois dos seminários do partido ocorreram nos dias 28 e 29 de março nos municípios de Terra Nova e Sorriso, respectivamente. À ocasião, diz a ONG, a agenda de compromissos do superintendente incluiu uma viagem de trabalho pelos mesmos municípios". (FSP)

"Chegou a Terra Nova, com carro oficial, no dia 27, participou do evento do PT no dia seguinte, e foi a Sorriso, para o evento do PT, no dia 29", relata a ONG na representação". (FSP)

Esta é a acusação da entidade. ACUSAÇÃO NÃO QUER DIZER QUE É VERDADE. As pessoas tem o direito de se defenderem.

O jornal Folha de São Paulo pesquisou no Portal da Transparência e o que estava lá praticamente inocenta o político das principais acusações. Leia abaixo:

"No site Portal da Transparência, do governo federal, consta o pagamento de quatro diárias ao superintendente, totalizando R$ 1.601,53 em 2009. Os pagamentos foram realizados nos dias 20 e 26 de fevereiro e 16 de março".

Ou seja, nos dias dos tais seminários (28 e 29, fim de semana) ele não usou dinheiro do INCRA.

Este é um dado racional e uma defesa muito melhor do que a nota do tal Sampaio, abaixo:

"Em nota divulgada ontem, Sampaio disse que "não utilizaria, não utilizou e não utilizará diárias e veículos do Incra para participar de atividades político-partidárias". Segundo ele, "sua conduta ética e seu discernimento técnico" são "suficientes para impedir tal prática".

Notas como esta qualquer um escreve. O que serve como defesa são os dados do Portal da Transparência.

"Ele negou também que tenha recebido diárias referentes aos dias em que participou dos eventos". Isto já está provado. É a vantagem para todos nós, cidadãos. As pessoas devem pagar pelo erro que COMETERAM.

É péssimo que alguma pessoa que agiu corretamente seja condenada ou vilipendiada por mentiras, erros ou politicagem.

Uma sociedade justa pressupõem que os errados pagem o preço do erro. E, principalmnete, que os certos não sejam injustiçados. A Transparência Pública ajuda a que esta justiça seja realizada.

"Na nota, Sampaio diz que irá processar os responsáveis pela denúncia, "visando a reparação moral e responsabilização criminal". O MPF não se pronunciou sobre a representação".

As ONGs de combate a corrupção são MUITO importante. Estão surgindo agora e a maioria ainda são muito imaturas. Todavia, é um bom começo. Todos devem aprender e ganhar experiência. Com o tempo vão melhorando e ajudando a diminuir a corrupção.

obs: as partes entre aspas são da reportagem da Folha de São Saulo. O original está aqui.


PS: quero dar uma opinião pessoal. A maior parte das pessoas estão se apegando ao que é secundário e esquecendo o essencial. O que deve ser cobrado deste sujeito não é sua participação política. Deve-se cobrar competência e eficiência. Para poder cobra-lo tem que ter metas, objetivos e parâmetros claros para poder avalia-lo.

Para o interesse público não faz a menor diferença O DIA em que ele visita uma cidade. Faz diferença se há atividade de interesse público relacionada a atividade que ele exerce. Se NÃO houver interesse público na viagem é ERRADO e o sujeito deve perder cargo e responder a processo.

Portanto, se ele foi à uma cidade perto do dia de um seminário político e ficou lá no dia seguinte não tem a menor importância. A questão é: o que ele foi fazer lá, a trabalho, é importante? Necessitava uma viagem? Este é o fundamental. O que ele fez na final de semana é irrelevante, é um problema pessoal.

Leia este texto:

A pergunta que não foi feita





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