sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O mundo está mudando 2

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Mudam as formas de organização e produção, mudam as oportunidades de empregos.

Se você está acostumado a imaginar os psicólogos trabalhando dentro de consultórios saiba que isto está mundando.

À medida que outras possibilidades de organização do povo brasileiro vão se consolidando, novas áreas de trabalho vão surgindo.

São centenas de psicólogos envolvidos nestas novas possibilidades.

A economia solidária deixou de ser pequena e hoje envolve centenas de milhares de empreendimentos e gera emprego para cerca de 2 milhões de brasileiros.

AUTOGESTÃO, este é um bom caminho a ser incentivado.

Investir em autogestão, principalmente acreditando na capacidade das pessoas mais simples é uma decisão MUITO IMPORTANTE.

Normalmente, no Brasil, as políticas e projetos econômicos são preparados para ajudar quem já tem bastante ajuda.

Desta forma o dinheiro circula somente entre quem já tem dinheiro.

Como se faz para que o dinheiro/oportunidade chegue a quem não tem?

A política de estímulo à economia solidária é um dos caminhos mais eficientes.

Certamente, os jornais conservadores irão a ela se referir quase sempre mostrando o que não deu certo (da mesma forma que fazem com a reforma agrária).

Ou ficarão em SILÊNCIO com relação aos milhares de empreendimentos autogestionários que deram certo e estão dando certo.

Para implantar projetos comunitários autogestionados eficientes é preciso enfrentar vários desafios. É neste contexto que os psicólogos (e outros profissionais) são muito úteis.


O texto abaixo é do Jornal PSI:


psicólogos na economia solidária


O setor de Economia Solidária vem avançado na América Latina. No Brasil,... envolvem dois milhões de brasileiros, segundo pesquisa realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Esse crescimento levou psicólogos a estudar e também a participar de cooperativas, associações, clubes de trocas e outras formas de empreendimentos solidários tanto no Brasil como na América Latina. Aqui, vão dois relatos.


Uma vez por mês, o psicólogo Jairo Broide sai do bairro de Perdizes, em São Paulo, para ir até o município de Catende, a 132 km de Recife (PE). Por dois dias, fica hospedado na antiga casa grande da usina de açúcar, que já foi a maior produtora do país. Nela trabalham quatro mil pessoas. Mas, diferente de uma empresa tradicional, não há chefes, patrões ou empregados. São todos “sócios” da Usina Catende. Desde 1995, quando foi decretada a falência da empresa, funcionários que tinham sido demitidos pelos antigos proprietários tomaram conta da empresa. Com 26 mil hectares de área, é a maior cooperativa e o maior assentamento da reforma agrária do país.

Tanta grandeza não impede o aparecimento de problemas. Por isso, no começo do ano, a cooperativa contratou Jairo, que é doutor em Psicologia Social pela PUC, e Sérgio Blasbalg Arruda Sampaio, especialista em desenvolvimento organizacional, como consultores. “Nós dois elaboramos o planejamento estratégico da usina e, ao mesmo tempo, trabalhamos os conflitos institucionais do grupo”. A cooperativa paga metade do valor do serviço dos profissionais e a Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES) a outra parte.

Durante os dois dias em que permanecem em Catende, Jairo e Sérgio conversam com os 40 membros da diretoria da cooperativa. “A minha função é trabalhar com eles os problemas de gestão. Verificar, nas relações existentes em Catende, o que pode ser um obstáculo para o avanço desse empreendimento, seja na área de produção, seja nos aspectos relacionados ao grupo. Assim, trabalhamos com a interpretação da dinâmica grupal, os aspectos conscientes e inconscientes que afetam no dia-a-dia.”

O texto completo está aqui


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