terça-feira, 19 de agosto de 2008

PAC - A DANÇA DOS NÚMEROS AO SABOR DA POLÍTICA

.



"Levantamento feito pela Folha de São Paulo em números oficiais dos projetos do PAC para a cidade de São Paulo mostra que, no total, Estado e prefeitura são responsáveis por 65% dos valores previstos contra 35% da União".

"A Folha considerou apenas o dinheiro que tem como origem os orçamentos da União, do Estado e da prefeitura, excluindo financiamentos da Caixa Econômica Federal e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e investimentos privados".


Nota do Chicão:

Eu parei de assinar a Folha de SP por este motivo. Teve uma vez que um empresário comprou uma empresa e a manchete do jornal foi assim: “fulano X GANHA YY milhões em contrato com a prefeitura”. A prefeita da época era a Marta. A empresa tinha contratos com a prefeitura há muitos anos. O tal empresário comprou a empresa. Como na época não tinha nada para falar da prefeitura este fato virou manchete de primeira página do jornal (sugerindo algo errado).

Foi o meu limite. Liguei para o jornal e cancelei a assinatura. Hoje o que leio é o que sai de graça na internet. Não pago para fazer papel de bobo.

Lembrei desta história ao ler o texto acima.

O jornal seleciona o que interessa e ESQUECE o resto. Tipo assim: o trem bala. “Obra insignificante”, que vai ligar Campinas, são Paulo, Rio de Janeiro.

Também esquece que do total investido no PAC pela prefeitura e o governo estadual quase tudo virá de recursos da Caixa Econômica Federal e do BNDES. São recursos federais e devem ser computados como tais em tal campeonato bobo. Percebe porque ela NÃO levou em consideração esta origem do dinheiro?

Não entendo porque o jornal usa de argumentos tão rasteiros. Existem tantas coisas passíveis de críticas... porque partir para a pura enganação?

Abaixo, em um parágrafo no meio das notícias está a informação do governo federal.


“A Secretaria de Comunicação da Presidência, diz que a maior parte dos R$ 72,5 bilhões que serão aplicados exclusivamente no Estado de São Paulo sairão dos cofres federais.

O número inclui verbas do Orçamento Geral da União, todos os projetos de desenvolvimento do pré-sal na Bacia de Santos gerenciados pela Petrobras, além dos empréstimos de bancos federais, como BNDES e Caixa Econômica Federal”.



.




.

Nenhum comentário: