terça-feira, 5 de agosto de 2008

Os poderosos estão com medo, eu não.

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Da Folha SP:

Gilmar Mendes vê Estado de "medo" e pede controle de ações da PF

Tarso Genro discorda e afirma que declaração do presidente do STF é exagero

Ministro do STF defende maior restrição a grampos, endurecimento da lei de abuso de autoridade e varas para apurar erros da polícia.


O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, defendeu ontem um maior controle sobre as ações da Polícia Federal. Pediu maior restrição à interceptação telefônica, o endurecimento da lei de abuso de autoridade para evitar a exposição indevida de presos e a criação de vara especializada na apuração de erros cometidos por policiais.

"Acho que há na sociedade um sentimento de medo. As notícias de abuso [da PF] se espalham", disse o ministro, para quem só há Estado de Direito numa sociedade que tenha a tranqüilidade de saber que quem bate à porta da casa de alguém às 6h é o leiteiro, não a polícia. "Hoje andamos um pouco confusos", declarou.


Nota do Chicão:

Ministro Gilmar,

quem está confuso é o senhor e não a sociedade. Não confunda a sociedade com os seus amigos e seus colegas "bem de vida".

Onde eu vivo estão todos satisfeitos. Aliás, ficaríamos mais satisfeitos se o judiciário agisse mais rápido e fosse mais duro com estas pessoas. Sei que muitas delas fizeram parte de um governo passado e foram seus chegados, mas pense em nós (o povo brasileiro).

Ministro tem muita gente com medo, mas não é da PF. São dos bandidos. Se tocar a campainha da minha casa sei que não será a PF, pois cumpro com as minhas obrigações.

Gostaria de dizer que o senhor teve duas boas idéias: endurecimento da lei de abuso de autoridade e varas para apurar erros da polícia.

Polícia, assim como todos nós, devem ser responsabilizados por suas ações. Eu não penso nos seus amigos nobres e ricos. Penso no trabalhador da periferia que é agredido quase todos os dias por policiais mal treinados e mal orientados.

Ministro, deixe a lei de escutas telefônicas como está. Não mexe com isto não.


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