terça-feira, 19 de maio de 2009

Mais mil fiscais para proteger a natureza. Mais mil novos funcionários públicos.

.


Minc não consegue todo o efetivo de proteção à Amazônia

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, perdeu duas brigas dentro do governo para aumentar o efetivo de combatentes aos desmatamentos na Amazônia. Dos 3 mil novos funcionários que pretendia contratar para cuidar das reservas florestais amazônicas, ele conseguiu arrancar da equipe econômica apenas 1 mil. E sua intenção de criar a Guarda Florestal Nacional ficou só na intenção. Não poderá criá-la.

Desse modo, com um terço da força que pretendia, Minc terá, neste ano, 550 novos fiscais para o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e 450 para o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade. A Guarda Florestal não prosperou porque, para criá-la, seria necessário mudar a Constituição. E o governo não quis arrumar briga com a oposição e com partidos aliados em votação tão difícil, que exige o voto favorável de 308 dos 513 deputados e de 49 dos 81 senadores.

Afinal, adversários dos que vigiam o meio ambiente existem em todos os partidos e, no momento, há uma forte movimentação entre parlamentares de oposição e da base do governo para mudar o Código Florestal. Até estudos de cientistas da Empresa Brasileira de Pecuária e Agricultura (Embrapa), que afirmam ser o Código uma ameaça ao plantio de grãos e à criação de gado estão sendo usados pelos ruralistas. Eles querem ainda flexibilizar o Código, deixando para os Estados a decisão quanto ao tamanho da reserva legal dos vários biomas, além das áreas de preservação permanente.

Santa Catarina, cujo governador é o aliado Luiz Henrique (PMDB), já fez um código ambiental para o Estado que confronta o federal. Exige, por exemplo, conservação de cinco metros de mata ciliar nas propriedades abaixo de 50 hectares, enquanto o florestal federal determina 30 metros. A aprovação do código de Santa Catarina criou uma crise entre Luiz Henrique e Carlos Minc. Os dois até se ameaçaram publicamente.

"Fui muito pressionado pelo ministro Carlos Minc, mas não deu para ceder mais do que 1 mil vagas para o ministério", disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

O Ministério do Meio Ambiente engoliu a derrota, por enquanto, mas promete lutar. De acordo com a assessoria do ministro Minc, as 1 mil vagas serão abertas neste ano e servirão para um reforço substancial às reservas florestais, na Amazônia Legal. Nos anos seguintes, o ministério continuará a correr atrás de autorização para contratar novos agentes. Quanto à criação da Guarda Florestal, nessa ideia houve um refluxo. Minc, que via na sua criação a salvação do meio ambiente, convenceu-se de que não dá para mudar a Constituição. (Fonte: João Domingos/ Estadão Online)


Nota do Chicão:

Meu texto Boa Notícia: Lula anula enxugamento de servidores públicos após o Plano Real causou indignação em alguns incautos. Recebi um email em que o sujeito dizia que haviam sido contratados apenas sindicalistas do PT. Recebi um monte de bobagem de pessoas que não refletem e nem avaliam a realidade.

O texto acima chegou em boa hora. Faltam fiscais para o IBAMA e para o instituto Chico Mendes (que cuida das reservas florestais).

Contratar mil fiscais para estes órgãos é MUITO BOM.

É ruim para quem defende a impunidade.

É ruim para quem vai atrás de estatísticas de jornais conservadores.

Eu digo: o importante é saber quais funções estas pessoas vão cumprir. Neste caso é uma função MUITO IMPORTANTE.

Observe bem a loucura: o FHC deixou o IBAMA completamente desaparelhado, desarticulado, desorganizado e sem pessoal (funcionários). O elemento FHC ficou numa boa quando o assunto é estatística. A manchete dos jornais conservadores realçam sua "capacidade" administrativa, pois ele diminuiu a quantidade de funcionários públicos (Às custas da destruição da prestação de serviços do IBAMA, das universidades, do inss, ...).

O FHC também é felicitado pelos grileiros, desmatadores, traficantes e outros bandidos em geral.

Quando o Lula entrou e fez uma pequena recomposição do quadro de funcionários do IBAMA a coisa inverteu. Afinal, colocar fiscal para fiscalizar desmatamento gera custo (o tal custeio), aumenta os gastos com viagens (afinal, ninguém fiscaliza de dentro do escritório), hospedagens e outros atributos que são próprios da FUNÇÃO de fiscalização e proteção ao meio-ambiente.

Com estas novas contratações o governo do PT vai ficar pior ainda nas estatísticas dos jornais conservadores.

Eu fico feliz que o dinheiro do meu imposto esteja sendo gasto assim. Acho que é um bom uso.

Gostaria que tivessem autorizado a contratação de mais fiscais. Sou daqueles que querem atormentar a vida de quem quer destruir a natureza. E para isto é necessário a fiscalização.

Para fiscalizar é necessário contratar pessoal e aumentar o gasto de custeio.

Pois só na cabeça de quem é dominado pela mídia é que gasto de custeio é algo horrível.

Afinal manter hospitais, escolas, e outros, é gasto de custeio. Pagar os medicamentos de uma UTI é gasto de custeio. Pagar as operações da PF é gasto de custeio.

O que importa não é a quantidade de funcionários e sim a função que desempenham.

Não deixe sua mente ser dominada.





.

2 comentários:

Anônimo disse...

E a direit rosna, baba, espuma a boca de ódio.

Tudo o q eles NAO qerem é fiscalizar, punir, enjaular os bandodos q fomentam a corrupcao, mantendo o Brasil na piada, a Banana República é o país q essa gente adora.

Inté,
Murilo

Anselmo disse...

Poderia ser usada a mão de obra do Exército na fiscalização ambiental.
O que equivaleria a criação da guarda florestal. Além de tirar a Força da "ociosidade", serviria para que fossem injetados recursos em um corpo que agoniza, O EB.