quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ecologia, lixo e a incompetência em São Paulo

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O lixo é um problema seríssimo em qualquer cidade.

É, também, caro resolver este problema.

Quem suja tem que limpar. Hoje em dia não queremos pagar este preço.

Veja o que aconteceu na cidade de São Paulo:

"Desde o último domingo a cidade de São Paulo está mandando para aterros em outros municípios as 13 mil toneladas diárias de lixo domiciliar e comercial que produz, pois se esgotou a capacidade de seu último aterro em funcionamento..." do jornal O estado de S. Paulo

O modo mais "barato" de lidar com o lixo é enterrando-o. O modo mais rápido de varrer um quarto é jogando o sujeira debaixo da cama. É mais ou menos a mesma solução.

Desde a polêmica taxa do lixo da Marta, que fez ela perder as eleições, o lixo de São Paulo é uma sucessão de mazelas.

Cuidar do lixo NÃO dá voto. Portanto, colocar dinheiro aí é perder voto.

Muito melhor construir pontes e mais pontes.

Asfalto, concreto, lugar para carro ficar parado no congestionamento... é isso que dá voto.

É isto que o Serra e o Kassab fizeram com o lixo: empurraram e empurram o problema com a barriga.

Não resolvem. Nem caminham para a resolução. Nem resolvem parcialmente.

Nada! Nada! Nada!

Não é apenas incompetência. É uma forma de administrar.

AIDS sai no jornal? Tuberculose NÃO sai no jornal?

Advinha onde o Serra gasta dinheiro e quem fica SEM dinheiro?

Na época do Serra ministro da saúde o combate à tuberculose recebia investimentos de 5 milhões para o Brasil INTEIRO.

O combate à tubercolose ficava sem medicamentos... Nos últimos anos o tratamento foi reorganizado e os investimentos federais subiram para 75 milhões. O número de casos de tuberculose está diminuindo.

Se aparece no jornal o Serra presta atenção, se não aparece... fica sem investimento.

É o que está acontecendo com os hospitais estaduais que já existiam: estão cheios de equipamentos quebrados. Dá pena!

O mesmo aconteceu com o lixo.

É muito mais caro a coleta seletiva e a compostagem do material orgânico.

É muito caro. E não rende voto.

Por isto eu defendo a cobrança de uma taxa específica para o lixo. Ela é muito mais pedagógica. Pois dói no bolso a cada pagamento.

Outros impostos podem ser diminuídos, por que não.

Mas, a consciência de que quem suja é quem deve arcar com os custos da limpeza é fundamental.




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