segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Boa notícia: a operação boi pirata continua e é um sucesso (por isto os jornais escondem)

.






Retirada de mais de 3.300 reses encerra Operação Boi Pirata na Terra do Meio


Ibama - Chega ao fim a Operação Boi Pirata realizada na região do rio Iriri, no Pará, para retirada de gado ilegal apreendido dentro das unidades de conservação. Para finalizar a primeira operação, 3.300 reses foram removidas da Fazenda Lourilândia, uma área ocupada ilegalmente para criação de gado bovino situada no interior da Estação Ecológica (Esec) Terra do Meio. Com a retirada desse gado, a estimativa é a de que cerca de 30 mil reses tenham sido removidas da Esec desde o início da operação.

Apesar do encerramento dessa ação, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), vai continuar na região não só para concluir outras operações em curso e iniciar novas ações, mas também para manter o controle do Mosaico de Unidades de Conservação Terra do Meio e garantir a recuperação da floresta. Está prevista, por exemplo, a entrega de outros mandados de segurança para desapropriação de terras públicas já expedidos pela Justiça do Pará.

O gado removido nos últimos 20 dias é parte das cerca de 120 mil reses que, segundo estimativa do ICMBio e do Ibama, calculada com base nas fiscalizações iniciadas em 2006, estão no interior das unidades. A remoção das 3.300 reses mobilizou vaqueiros, policiais militares, servidores do ICMBio e do Ibama e um destacamento do Exército, que montou uma base de apoio no município de Vila Central. [...]

[...] Para o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, “a operação Boi Pirata teve um efeito muito maior do que o simples resultado do leilão. Ela gerou um efeito dominó, a ponto de os 14 fazendeiros notificados realizarem a retirada de mais de 30 mil cabeças da região. Teve também um efeito de dissuasão em relação ao objetivo central, garantir a integridade da unidade de conservação e a redução do desmatamento na região, isso mostra como a fiscalização ambiental federal estará aplicando a lei com rigor”, disse.

O procurador da República do MPF-PA, Alan Rogério Mansur, disse que a Justiça vai continuar expedindo ações civis públicas até eliminar as ocupações irregulares na região. Além da desapropriação, os grileiros terão de pagar pelo dano ambiental e material que provocaram. Segundo ele, a devastação de cinco mil hectares pode gerar uma multa de R$ 20 milhões.

Leia a matéria completa no site do Ibama

o Blog do Alê Porto


Nota do Chicão:

Em política pública é necessário perseverança e determinação. Não se pode desistir com as dificuldades iniciais.

Continuidade é a palavra chave.

A operação boi pirata foi chamada de pirotecnia, exibicionismo... tudo que pudesse negativizar e ridicularizar a iniciativa.

Aos poucos foram superados obstáculos (muitos ainda existem) e atingido objetivos.

O principal deles é inibir os grileiros de terra e gerar prejuízo para eles.

Tornar um mau negócio invadir reserva ecológica é o objetivo. Estas pessoas só sentem quando são atingidos "no bolso".

Hoje em dia as operações não são noticiadas pelos jornais conservadores. Faz parte da estratégia deles.

Leia também:

Boi pirata: o negativismo da imprensa conservadora

Paciência para aprender

Grilagem de terra no Brasil é uma festa

Amigos protegem amigos. A grande aliança con$ervadora.



.

Nenhum comentário: