segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Segurança pública: a realidade da periferia

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Neste domingo fui até um bairro da periferia da minha cidade. Neste bairro existe um trabalho de assistência social feito pelos espíritas da minha cidade com adolescentes.

Era um bairro violento. Hoje não é mais. Com certeza este trabalho social ajudou a melhorar a situação.

O desemprego dos jovens também diminuiu muito. Principalmente das meninas (que abandonam menos a escola e se aplicam mais nos estudos).

Estou ajudando a organizar as atividades do natal e de fim de ano. Tivemos reunião e atividades uma boa parte do dia.

Neste período não vi uma única viatura da polícia militar de SP. Vi somente viatura da guarda municipal da cidade (que na minha cidade tem o dobro do efetivo da PM e é bem melhor equipada).

Encontrei com um grupo de evangélicos que ajuda drogados e seus filhos.

Vi o pessoal de uma empresa que estava organizando um campeonato de futebol.

Vi o pessoal de um "centro cultural" que é mantido por uma ONG da cidade.

Ao voltar para casa, satisfeito e grato a Deus, fiquei pensando: como é diferente a realidade daquilo que sai nos jornais.

Na minha cidade a violência diminuiu (acredito nisto).

Segundo os jornais o herói é o PSDB/Serra, mesmo que a Polícia Militar mal tenha carro para fazer ronda.

Segundo eles as ONGs são antro de corrupção, as guardas municipais nem são citadas, o trabalho de quem vai nas áreas de maior risco de violência é desconsiderado.

O menor desemprego é relativizado, o fato de alguns jovens terem bolsa do PROUNI não é sequer analisado, o trabalho das igrejas é desprezado.

Eu sei quem são os verdadeiros heróis e sei quem não contribui.

Eu sei porque eu participo e ajudo ao próximo. Aqueles que ficam sabendo da realidade somente pelos jornais, Tvs e rádios, com a bunda no sofá, não sabem de nada. Estes observam o mundo segundo os "olhos" dos donos dos meios de comunicação.

Estes donos não enxergam a luta de quem realmente ajuda e luta por um Brasil melhor. Quer dizer, de vez em quando enxerga. Aí fazem aqueles programas melosos e com pouco conteúdo. Só isso. Nada mais.

Por interesse econômico, político e ideológico desconsideram e agem com preconceito centenas de vezes (principalmente contra as ONGs).




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Um comentário:

PABLO ROBLES disse...

Caro Chicão, gostei muito do seu blog, também atuo em projetos sociais e acredito muito na força autônoma da sociedade civil, infelizmente, às vezes parecemos formigas invisíveis e impotentes, mas isso nunca será verdade, temos muito a fazer, na realidade presencial e na conscientização pela internet, parabéns pela proposta de seu blog, que vou adicioná-lo ao meu.

Abraços solidários!

Grito Pacífico

www.gritopacifico.blogspot.com