quarta-feira, 17 de junho de 2009

Após flagra de escravidão, ex-ministro da Agricultura ataca fiscais

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Após flagra de escravidão, ex-ministro da Agricultura ataca fiscais
Figura de destaque entre produtores rurais, Antonio Cabrera foi ministro da Agricultura do governo Collor. Em abril deste ano, fiscais encontraram 184 trabalhadores escravos na sua fazenda de cana em Limeira do Oeste (MG)

Por Maurício Hashizume*

O roteiro é conhecido. Depois do flagrante de trabalho escravo, o fazendeiro responsável vem a público declarar que não houve irregularidades, que todos os empregados viviam em condições exemplares, que a fiscalização foi "arbitrária", "truculenta" e "ideológica", que a legislação é vaga (e a interpretação da mesma acaba sendo subjetiva) e que está sendo injustiçado.

Incomum é o fato de que esse discurso esteja na boca de um ex-ministro. Aliás, de um ex-ministro da Agricultura. Em entrevista à Repórter Brasil, Antonio Cabrera, que foi chefe da pasta durante o governo Fernando Collor de Melo (hoje senador) entre 1990 e 1992, classificou a libertação de 184 trabalhadores da sua Fazenda Bela Vista, em Limeira do Oeste (MG), no Triângulo Mineiro, no último mês de abril, como "propaganda enganosa e mentirosa".

Leia o resto da reportagem no site Reporter Brasil


Nota do Chicão:

Os que desmatam irregularmente, desrespeitam os direitos humanos básicos, usam agrotóxicos proibidos, etc. agem assim POR DINHEIRO E PODER.

Para estas pessoas é importantíssimo a IMPUNIDADE. Eles ajudam a eleger deputados e senadores que fazem leis que ajudem a manter a segurança destas pessoas.

Como são ERRADOS, precisam da certeza da impunidade.

As leis são feitas para proteger estas pessoas. Quando algo sai do controle, eles partem para o ataque e para a desqualificação.

O juiz De Sanctis é um caso deste. Os outros juízes bundões ficam sendo paparicados. Quem resolve aplicar a lei, no pouco que ela pode incomodar estas pessoas, é imediatamente atacado, ridicularizado, ironizado, perseguido, etc.

O mesmo acontece com a fiscalização de combate ao trabalho escravo. Já existem propostas no congresso para "limitar" o poder de fiscalização. Estas propostas não são feitas por deputados "incompetentes". São feitas por deputados e senadores que sabem muito bem a quem servem e quem lhes dá apoio político e financeiro.

O duro é o povo brasileiro não entender este jogo político.

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