quarta-feira, 1 de abril de 2009

Free Eliana! É o instinto de autopreservação da elite

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Belém - Um amigo jornalista que está acompanhando a prisão/soltura da dona da Daslu, Eliane Tranchesi, (condenada em primeira instância a 94 anos de cadeia por sonegação e outros crimes financeiros) me encaminhou o e-mail abaixo (em itálico). Ele - o e-mail, não meu amigo - está circulando entre a alta classe paulistana.

Queridos amigos ,

Gostaria de convidá-los a se juntarem à corrente FREE ELIANA, um movimento que criei a favor da libertação e contra a condenação da nossa amiga Eliana Tranchesi. Podemos contribuir com força e energia positiva . Usem FREE ELIANA no status de vocês em redes sociais e coloquem o laço da esperança em seus blogs, perfis pessoais do MSN, Twitter, Facebook, Orkut, Hi5, e outras redes sociais em que estiverem presentes.
Passem essa corrente para os amigos de vocês também.

Agradeço muito o apoio de TODOS vocês.

Beijos.


Free Eliana? Laço da esperança? Fala sério!...

Servidores públicos, cumprindo as suas obrigações previstas em lei, fazem uma diligência surpresa e constatam que as denúncias que haviam recebido sobre as irregularidades eram procedentes. Ou condenam os acusados. Estes, proprietários – ricos e respeitados, bem relacionados nas cúpulas do poder – reclamam do tratamento “violento” que teriam recebido da Polícia Federal ou da Justiça.

Logo em seguida, surgem reclamações de políticos, pessoas influentes, juristas, corneteiros de luxo em geral: “Os investimentos estrangeiros vão secar com esse tipo de fiscalização/condenação”, dizem uns. “É um ultraje contra o setor que gera empregos”, bradam outros. Surge pressão para que o governo federal afrouxe as decisões (afinal de contas, é impossível ser um fiel cumpridor da lei nesse país, não é?).

Federações patronais reclamam no Congresso contra os desmandos do poder público, manifestam apoio aos proprietários da empresa e tentam até realizar uma passeata em prol da “legalidade”. Alguns jornalistas e veículos de comunicação defendem que a violência perpetrada tem cunho político para desviar o foco da crise.

Lembro que o finado senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA) e o então prefeito José Serra (PSDB-SP), entre outros, saíram em defesa de Eliane Tranchesi durante a Operação Narciso. Pressionaram o governo federal, reclamando de que a ação viria da revanche do governo petista. Políticos encheram o ouvido do então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos (que, agora, está defendendo a Camargo Corrêa contra a Polícia Federal - irônico o que o “profissionalismo” não faz, não?)

Em São Paulo, a toda-poderosa Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) saiu em defesa da Daslu através do seu dirigente Paulo Skaf e ensaiou uma manifestação de protesto. Ressaltou-se que a empresa gera empregos e contribui para o desenvolvimento da região. Empresários lembraram que fiscalizações como essa afugentariam possíveis investidores. Os defensores da Daslu disseram que é impossível pagar todos os impostos.

A elite assume um papelzinho mais ridículo do que de costume quando se sente acuada. E o instinto de autopreservação, desenvolvido ao longo de séculos de Casa-grande e Senzala, surge de forma semelhante em ambientes tão diferentes como os cabides da Vila Olímpia, as usinas de cana de Pernambuco, as minas do Pará.

Exposta a uma situação que considera de risco à sua posição hegemônica na sociedade, essa elite esquece que tanto a utilização de mão-de-obra escrava, em vez da assalariada, quanto a sonegação de impostos representa concorrência desleal. Acha normal que Tranchesi passava a perna no empresário ao lado e lucra cometendo um crime. Afinal, ela é hype. É uma das nossas.

Ao cobrar que a lei seja totalmente aplicada, os bons empresários estão apenas tomando conta de seus investimentos. Quem não faz isso atua em um corporativismo burro achando que é sua “classe social” que está sendo ameaçada (e, como empresário, perde dinheiro com isso).

Ou faz isso como medida preventiva. Até para evitar devassas na contabilidade ou a verificação da condição social de seus empregados no futuro…

Do blog do Sakamoto

http://colunistas.ig.com.br/sakamoto/2009/03/27/soltem-eliana-e-o-instituto-de-autopreservacao-da-elite/


Nota do Chicão:

Até a Veja caiu fora do "apoio" a esta tal de Eliana Daslu. Coisa deve estar muito preta para o lado dela.

Não tenha dúvida de que deve ter amigos dela agindo para "ajuda-la".

Será que o Serra e o Alckmin, que sempre foram ligados a ela, estão ajudando-a por debaixo dos panos?

Este ato pegaria muito bem na classe dos muito, muito ricos. A mior parte dos muito, muito ricos agem fora da lei e precisam de pessoas que sejam confiáveis.

Veja como a Grande Aliança Conservadora funciona:

"Gravações telefônicas feitas pela Operação Satiagraha mostram que o ex-presidente do PFL (atual Dem) e ex-senador por Santa Catarina, Jorge Bornhausen, logo que soube da investigação da Polícia Federal, ligou para Carlos Rodenburg, homem de confiança de Daniel Dantas, para oferecer ajuda. De acordo com a conversa do dia 29 de abril, divulgada pela “Folha de S. Paulo”, Bornhausen entra em contato com Rodenburg, que fala sobre o medo de ser preso. Bornhausen diz: “Se você precisar de mim, me avise”.

Além de Bornhausen, as escutas externam Rodenburg organizando um leilão de gado em sua fazenda em Uberaba (MG), para o qual mobilizou boa parte da cúpula do Dem e os expoentes da bancada ruralista no Congresso. Na lista de políticos inscritos para se hospedar em sua fazenda estavam Heráclito Fortes (Dem-PI), Ronaldo Caiado (Dem-GO), Abelardo Lupion (Dem-PR), Ônyx Lorenzoni (Dem-RS) e Kátia Abreu (Dem-GO).

Num dos trechos Rodenburg combina buscar Heráclito para o leilão: Heráclito: “Onde estás?”; Rodenburg: “Ainda estou solto!”; Heráclito: “Que milagre!”.(...) Heráclito: “Carlinhos, estou indo para aí agora”; Rodenburg: “Que horas que você chega?”; Heráclito: “Três, três e pouquinho”; Rodenburg: “Então eu te pego lá e a gente vem para a fazenda direto”; Heráclito: “Não, não. Eu vou ficar com Mariana, a gente tem um hotel reservado”; Rodenburg: “Não vai ficar em hotel, tem uma casa boa aqui”.

http://conexaopolitica.blogspot.com/2009/01/bornhausen-ofereceu-ajuda-homem-de.html


Amigos protegem amigos. A grande aliança con$ervadora


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2 comentários:

Anônimo disse...

Vomito, nojo, esgoto, sarcasmo e indignacao ... q mais tenho q sentir pela repulsa q tal nota me traz?

Inté,
Murilo

Anônimo disse...

Quantas fitinhas dessas daria para comprar com a sonegação que ela fez?????!!!!!!
Murilo to contigo...
Saudações
Avelino