sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Transparência pública

.

O cientista político e professor da Universidade de Brasília Alexandre Pereira Rocha endossa que a falta de educação, sobretudo, a orçamentária, é um dos fatores impulsionadores da corrupção no país. “Devido à falta de conhecimento e visão da sociedade de como funciona o Estado, os políticos se apropriam dos recursos dizendo que estão fazendo da forma correta quando, na verdade, não estão”, argumenta. “Quanto mais amplo o controle social, menos tende a ser o desvio de recursos públicos”, completa.

Em âmbito federal, as investigações sobre atos ilícitos feitas pela Receita Federal, Ministério Público, CGU e TCU, aliadas ao trabalho da Polícia Federal, têm apresentado resultados expressivos, essencialmente, nos últimos anos. A CGU, por exemplo, foi responsável pela expulsão de 1.750 agentes públicos federais envolvidos em práticas desonestas. Todavia, o controle social, como ferramenta para o combate à corrupção, ainda é um pleito não concretizado. “Quanto mais amplo o controle social, menos tende a ser o desvio de recursos públicos”, lembra o cientista político Alexandre Pereira Rocha.

Ainda de acordo com o cientista político Alexandre Pereira Rocha, o controle social no Brasil ainda não é cidadão, pois é feito por organizações e não por um indivíduo da sociedade. Para ele, o maior embargo à transparência é a falta de clareza dos sistemas. “Para a sociedade que sequer tem idéia sobre o orçamento, é preciso alocar a informação de forma mais educativa e interpretada. Do contrário, a informação não chega à sociedade”, afirma.


Amanda Costa
Do Contas Abertas

Nenhum comentário: