quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Crianças ficam reféns precocemente da publicidade e do marketing

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A publicidade e o marketing para as crianças, atualmente, estão entre os principais fatores que levam a distúrbios alimentares - como a obesidade e a anorexia -, à sexualização precoce, a comportamentos agressivos e a problemas familiares. O alerta é da professora e pesquisadora de Harvard, a norte-americana Susan Linn, que está no Brasil para o 2º Fórum Internacional Criança e Consumo - que termina amanhã. A informação é da Folha, de hoje.


"Hoje, elas [as crianças] são bombardeadas por uma série de estímulos para que consumam cada vez mais", afirma. De acordo com a pesquisadora de Harvard, em 1983, o gasto com publicidade voltada para crianças nos Estados Unidos era de US$ 100 milhões por ano. Atualmente, afirma Linn, esses valores chegam a US$ 17 bilhões por ano.


“Hoje em dia, - diz a pesquisadora norte-americana – qualquer pessoa precisa estar preocupada com a saúde do planeta e com o aquecimento global. Quem tem esse tipo de preocupação tem que estar atento ao consumo, porque é ele que tem que mudar. Isso está muito claro. Os hábitos começam com a criança e hoje em dia elas são bombardeadas por uma série de estímulos para que consumam cada vez mais” – completa Susan Linn.

Diário Gauche


Nota do Chicão:

Meus filhos aprenderam desde cedo a ter menos e ficarem satisfeitos.

A essência da propaganda é gerar insatisfação nas pessoas para depois vender uma "solução".

Me lembro quando o meu filho me pediu uma camisa oficial de um time de futebol. Eu fui com ele até a loja e mostrei a camisa e o preço. Falei para ele sobre ficar satisfeito em ter algo mais simples. E o preço que ele pagaria por acreditar em alo que não existe (o status).

Foram milhares de conversas. Dezenas de vezes propus para eles escolherem entre ter algo caro ou ficar com o pai e a mãe. Explicava que precisaria trabalhar mais para ter dinheiro extra, e mesmo assim haveriam muitas outras coisas que eles não teriam.

Ensinei meus filhos a brincarem sem televisão. Deu um pouco mais de trabalho. Mas eles aprenderam a brincar, chamar amigos, se satisfazerem com seus brincados e aproveitarem de cada um deles.

Hoje sou um pai satisfeito com o resultado.

Quando olho para trás vejo que curti muito meus filhos (e ainda curto). Lemos juntos, jogamos juntos, conversamos.

Minha casa só tem uma televisão. Todos conseguem dividir e viver em paz.

Minha casa tem paz e harmonia.

Aqui um ajuda o outro.

Conversamos muito e somos satisfeitos.

Certamente, se tivesse várias televisões, com as pessoas se alienando separadas NÃO HAVERIA espaço para o diálogo e para o COMPARTILHAR DE AÇÕES, ATIVIDADES, ETC.

Fizemos outra escolha. Fico muito feliz com isto.



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