segunda-feira, 16 de junho de 2008

As empresas estrangeiras e a CPMF (a arte de empobrecer um país)

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Um pouco antes da votação da CPMF eu escrevi este texto. Quem está acompanhando o noticiário econômico percebe que o Blog do Chicão acertou em cheio.

Leia abaixo o texto:

Nos últimos anos o Brasil se tornou um país atrativo para o investimento estrangeiro. O mercado interno e as condições macroeconômicas transformaram o Brasil num dos principais pólos de absorção do excesso de recursos financeiros do planeta. Isto significa que estas empresas conseguem dinheiro super barato para comprarem suas competidoras nacionais.

Depois de investir elas querem ter lucro e mandar para seus países de origem. Entre 2003 e 2006 as remessas destas empresas para suas matrizes no exterior foi de U$37,8 bilhões. Isto mesmo quase 38 bilhões de dólares.

Se acabar a CPMF elas poderão aumentar seus lucros e remeter mais dinheiro para fora do país. Isto mesmo: serão retirados bilhões da saúde e de outros programas sociais para que parte significativa deste dinheiro seja enviado para o exterior.
É uma boa troca para o país? Pense bem?

O que proponho:

- manutenção da CPMF

- eliminação de todos os impostos incidentes sobre o transporte público coletivo (ônibus, metrô, trens, etc)

- Taxas diferenciadas do BNDES para empresas estrangeiras, para que a diferença de juros seja investida em pequenas empresas e em cooperativas. Ex: empresa estrangeira paga 1% a mais de juros. Esta diferença será cobrada a menos de pequenas empresas e cooperativas. Como o total investido pelas grandes empresas multinacionais é grande, o desconto poderá ser bem maior do que 1%.

- Por fim, renovar o conceito de que o mercado interno do Brasil é patrimônio do povo Brasileiro e que para empresas estrangeiras o explorarem elas devem pagar por isto. Esta taxa poderia ser utilizada para a criação de um fundo de proteção ao meio ambiente.

Houve um tempo em que o Brasil tinha que se esforçar para buscar investimento estrangeiro. Hoje a realidade é outra. Está na hora de defendermos o patrimônio nacional.

Mas, é importante evitar o que aconteceu com a Ambev, que virou multinacional. Ou seja, todas as empresas de capital nacional e que seus sócios morem no Brasil, para terem acesso a crédito subsidiado ou a outros benefícios deveriam ter a obrigação de dar uma garantia jurídica ao povo brasileiro de não serem vendida a estrangeiros.

Está na hora de defendermos o Brasil.
Nosso maior patrimônio é nosso território e nosso mercado interno.


Observem como são as coisas na China:

“Para uma empresa se instalar na China ela tinha que ter autorização do governo, ter um sócio chinês, garantir transferência de tecnologia e ainda comprar produtos fabricados por empresas chinesas. Só instalavam na China empresas que eles queriam, nas condições que eles impunham. Uma diferença brutal com a realidade descrita pela imprensa burguesa brasileira.

Áreas inteiras do país estavam fechadas aos estrangeiros, setores inteiros da economia protegidos da concorrência predatória das multinacionais. Cada empresa que se instalava lá tinha que garantir vários benefícios para as empresas chinesas e aos empresários chineses. Que diferença do projeto neoliberal no Brasil! No Brasil se abriu toda a economia sem negociação de reciprocidade com as outras nações. Acabou com a diferenciação entre capital nacional e estrangeiro, não garantiu transferência de tecnologia, etc. Resultado: a China cresce e o Brasil patina”.

Do texto:
Golpe contra a classe média: fim da CPMF (leia no arquivo antigo do Blog do Chicão)

Observaram a diferença?
Agora é nossa vez de fazer a diferença...


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