terça-feira, 24 de junho de 2008

Toda burocracia nasce de uma boa intenção

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O mundo precisa muito plantar árvores?

Qual a solução?

Obrigar alguém que se casa a plantar árvores? Esta é a proposta de um ilustre deputado.

Como se faz: usa-se testemunhas para dizerem ao juiz que os noivos plantaram árvores? Depois o juiz manda um fiscal para fiscalizar o bom cumprimento da lei?

Ou então pode-se cadastrar empresas para fazer o serviço. A pessoa paga para a empresa plantar. Mais uma taxa, mais papéis, mais necessidade de controle.

Veja bem: o cara só quer casar e viver junto da pessoa amada. Já pensou que inferno ter que plantar árvore para se casar?

Qual será a próxima boa intenção? Só pode casar depois de fazer teste de aids (assim contribui para a prevenção da doença). Ou quem sabe: só pode casar depois de fazer curso de educação sexual (muitos casais são pouco informados sobre o assunto).

Logo, logo, teríamos nas esquinas camelôs vendendo resultados de teste de aids, certificado de plantação de árvores e diplomas de cursos de educação sexual para noivos.

Um livre pensador deve saber determinar qual é a real e imediata necessidade de cada problema. Ou seja, a necessidade de quem vai casar é que a burocracia se restrinja apenas ao casamento e seja a menor possível.

Isto se chama OBJETIVIDADE E FOCO.

Boas intenções transformadas em leis tornam a vida das pessoas em um inferno e geram um desperdício brutal de recursos, seja financeiro ou humano.

Você já pensou para que serve o seguro obrigatório do automóvel? Alguma boa alma resolveu ajudar a sociedade... e criou um monstro.

Lao Tse já dizia: quanto mais regras, mais pessoas dispostas a burla-las.

Veja abaixo o projeto de lei de um deputado:


Projeto prevê plantio de árvore para casar ou se divorciar

"Já podemos dar mudas de presente de casamento".. .


Um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados pode tornar obrigatório o plantio de mudas de árvores toda vez que alguém casar, se divorciar, comprar carro zero quilômetro ou construir imóveis residenciais e comerciais.

Pelo projeto, do deputado M.(ME RECUSO A DIVULGAR O NOME DELE POIS É ISTO QUE ELE QUER, APARECER), noivos teriam que plantar 10 mudas de árvores para casar. No divórcio, a conta aumentaria: 25 mudas. No caso da compra de veículos, são 20 mudas para carros novos, 40 para os de médio porte e 60 para veículos pesados. Construtoras seriam
obrigadas a plantar 10 mudas para cada imóvel residencial e 20 para cada unidade comercial.

Por uma conta conservadora com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sindicato da construção civil e dos fabricantes de veículos, se for transformado em lei, o projeto obrigará o plantio de pelo menos 65 milhões de árvores por ano pelo país.

Segundo a
entidade ambientalista SOS Mata Atlântica, isso equivaleria a ocupar com árvores
uma área de 38.235 hectares, ou o equivalente a 46.346 campos de futebol com
dimensões oficiais (8.250 metros quadrados).

A quantidade de árvores
plantadas seria suficiente para recompor a mata ciliar de 6.366 quilômetros de
rios brasileiros com uma faixa de 30 metros de vegetação em ambas as margens.
Para efeito de comparação, o rio Amazonas tem 5.825 km de extensão.

Para
a SOS Mata Atlântica, toda iniciativa para incentivar o plantio de árvores é
válida, mas NEM SEMPRE EFICAZ. De acordo com o coordenador de fomento florestal
da entidade, Nilson Máximo, depois de plantada uma muda é preciso um
acompanhamento de dois anos para que ela tenha chances de chegar à fase
adulta.

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