O artigo fala sobre os conservadores que sempre combateram a inclusão social.
A dominação sempre acontece através da desqualificação de tudo que visa beneficiar os mais humildes.
Ou melhor dizendo: desqualificação de tudo que leva a que o FLUXO do dinheiro seja desviado rumo ao bolso dos mais humildes.
Vale a pena ler de novo.
Vale a pena ler de novo.
ParaPAN e a história da inclusão social
Esta é comemoração pela conquista da medalha de ouro no vôlei pelo Brasil.
É belo ver esta imagem.
Um pouco de história: faz apenas 20 anos que os movimentos sociais lançaram campanhas para a inclusão social. Estas campanhas incluíam, entre outras reivindicações:
- esporte adaptado para os deficientes físicos.
- reservas de vagas para deficientes físicos no serviço público e na iniciativa privada.
Eu me lembro bem da reação dos atuais cansados a estas reivindicações. Vamos relembrá-las:
- os jornais conservadores (Globo, Folha, Estado, etc.) sequer noticiaram as campanhas.
- os empresários, quando eram obrigados a se manifestarem, alegavam queda no lucro e ingerência indevida do governo nas empresas, gerando burocracia.
- nas rodas de conversa da classe alta o tema era motivo de piadas e deboches. Eu me lembro que em uma reunião de negócios, depois que expus o tema, fui alvo de gozação generalizada. Uma pessoa(?) até comentou que em corrida de cadeira de rodas o competidor vai capotar e ainda vai usar isto como desculpa para pedir aposentadoria. Triste, não! Esta é nossa elite: desqualifica até o sujeito da cadeira de rodas, como se todos fossem sacanas.
Só ela, a elite, não é.
NÃO ENTENDER A HISTÓRIA É REPETIR OS ERROS NO PRESENTE.
Os movimentos sociais conseguiram ganhos maravilhosos na sua luta por boas políticas de inclusão social. Ainda há muito o que fazer, muito já foi feito. Mas, é um engano achar que a elite mudou sua forma de ser e pensar. Apenas se tornou deselegante falar em público o que só deve ser dito em privado sobre o tema inclusão social.
A postura é a mesma: dentro do possível a mídia não divulga e muito menos debate o tema.
Dentro do possível a mídia destila seus preconceitos com argumentos pseudo-racionais.
A elite compra os jornais e revistas e suas empresas anunciam nelas. A classe média sonha em ser da elite e bobamente entrega o jogo.
Exemplo: o programa de inclusão social dos Correios permitiu com que milhões de pessoas recebessem em casa cartas e encomendas.
Receber carta em casa, do mesmo modo que acontece nos bairros da elite e nos de classe média.
Você viu alguma notícia sobre isto nos jornais?
Você sabia que os Correios, antes do atual governo, considerava antieconômico levar cartas até esta população?
Observe bem – a exclusão social NÃO acontece por que a elite diz: somos sacanas, tudo para nós e nada para eles.
Ela não fala isto, jamais.
É dissimulada. Há sempre razões de ordem “prática” e “racional” que geram a exclusão.
E os bobos da classe média apóiam esta situação.
Não se entregava carta na casa dos mais humildes por ser antieconômico.
“Estudos” foram feitos para provar que era pior para o país o “populismo” de entregar cartas nas casas mais humildes.
Resultado: as cartas chegam na casa dos mais ricos e não chegavam nas casas dos mais humildes.
Onde usar o dinheiro público segundo a elite?
Onde usar o dinheiro público segundo a elite?
Para financiar peças de teatro que só as elites assistem, por exemplo.
Ou o dinheiro público deve ser utilizado para que artistas como a Ivete Sangalo façam o DVD do seu show (e assim ficar bem mais riquinha e cansadinha).
Isto é cultura, segundo eles.
Isto vale a pena investir e apoiar. São quase um milhão de reais de recursos públicos para a princesa Ivete fazer o DVD do seu show.
Tudo dentro da lei. Já que a lei é feita para levar o dinheiro para os bolsos dos mais ricos e deixar sem recursos os mais pobres.
Afinal, entregar cartas nas casas dos mais humildes é antieconômico, não era isto que se dizia.
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