Não sei se votaria nela.
Não sei de nada.
Sei que ela ganhou muitos créditos comigo.
Quando o senador José Agripino falou que ela defendia a mentira e que tinha mentido quando da sua prisão ela disse:
“Eu tinha 19 anos, eu fiquei três anos na cadeia e eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogadores compromete a vida dos seus iguais e entrega pessoas para serem mortas. Eu me orgulho muito de ter mentido, porque mentir na tortura não é fácil. Na democracia, se fala a verdade. Diante da tortura, quem tem coragem, dignidade, fala mentira. Esse diálogo é democrático. A oposição pode me fazer perguntas e vou poder responder. Estamos em igualdade de condições humanas e materiais. Nos não estamos em um diálogo entre o meu pescoço e a forca, senador. Eu acredito que nós estávamos em momentos diversos da nossa vida em 1970”.
Uma mulher de fibra e de coragem.
Eu gosto de pessoas assim.
Direta.
Objetiva.
Racional.
Que diferença de caráter entre ela e o senador que a questionou!
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