quinta-feira, 8 de maio de 2008

Grande Dilma!

Eu não sei se ela seria uma boa presidente.

Não sei se votaria nela.

Não sei de nada.

Sei que ela ganhou muitos créditos comigo.

Quando o senador José Agripino falou que ela defendia a mentira e que tinha mentido quando da sua prisão ela disse:

“Eu tinha 19 anos, eu fiquei três anos na cadeia e eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogadores compromete a vida dos seus iguais e entrega pessoas para serem mortas. Eu me orgulho muito de ter mentido, porque mentir na tortura não é fácil. Na democracia, se fala a verdade. Diante da tortura, quem tem coragem, dignidade, fala mentira. Esse diálogo é democrático. A oposição pode me fazer perguntas e vou poder responder. Estamos em igualdade de condições humanas e materiais. Nos não estamos em um diálogo entre o meu pescoço e a forca, senador. Eu acredito que nós estávamos em momentos diversos da nossa vida em 1970”.

Uma mulher de fibra e de coragem.

Eu gosto de pessoas assim.

Direta.

Objetiva.

Racional.

Que diferença de caráter entre ela e o senador que a questionou!


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