Outro caso é o de Luís dos Santos, de aparentes 60 anos, que passou 20 anos separado da família após ter uma crise epilética no meio da rua e ser internado em Franco da Rocha (Grande São Paulo).
Em seus relatos, dizia ter sido abandonado. Após contato feito pela equipe médica de Casa Branca, reencontrou a irmã, com quem vive em Osasco.
Segundo Sueli Pereira Pinto, diretora do hospital de Casa Branca, histórias como a de Alcione e Luís só ocorreram porque a relação entre pacientes e profissionais de saúde mudou. Desde 2001, com a lei da reforma psiquiátrica, pacientes são incentivados a voltar para casa.
Para isso foram criados os Caps (Centros de Atenção Psicossocial), que hoje ajudam 360 mil pessoas ao ano em todo o país e prestam atendimento clínico sem internação.
"Antes, o tratamento visava a exclusão. Pessoas eram retiradas do convívio das famílias e ninguém se importava com o que o paciente dizia. O recurso era a internação. Hoje, o que o paciente diz é relevante para que ele reencontre sua história e identidade", disse Sueli.
A Secretaria de Estado da Saúde iniciou um censo para saber quantos pacientes psiquiátricos estão há mais de um ano internados. O Estado tem 58 hospitais psiquiátricos e cerca de 6.500 pacientes psiquiátricos de longa permanência internados (folha de São Paulo).
Nota do Chicão: Imagine o custo financeiro deste Luis dos Santos para o governo (e para todos nós) ao ficar 20 anos internado.
Imagine o custo, não financeiro, de uma vida perdida.
Alguém está ganhando com esta situação.
Quem são?
É a indústria farmacêutica que ganha mais dinheiro com um paciente que ADOECE MAIS ao estar em uma situação terrível. São alguns médicos que tiram dali seu público CATIVO, e os donos de hospitais psiquiátricos que ficam com fregueses garantidos por anos (mesmo oferecendo péssimos serviços).
Muita gente ainda fica mentalmente presa ao nome HOSPITAL e associa este nome com tratamento.
No caso dos HOSPITAIS PSIQUÁTRICOS existe um NÃO TRATAMENTO.
É por isto que um cara que tem uma crise de epilepsia fica por lá por 20 anos.
Volto a lhes informar: quando um paciente precisa ser contido (está agressivo, por exemplo) ele é internado em um hospital geral e lá fica alguns dias até melhorar.
Depois que sai do hospital ele é acompanhado (COM TRATAMENTO DE VERDADE) nos CAPS, centro de atenção psicossocial.
A vida dos que tem a oportunidade de se tratarem neste “novo” modelo é bem melhor e mais produtiva.
Muitos conseguem ter uma vida comum, trabalhando, namorando, passeando.
Atualmente a luta dos médicos, psicólogos, assistentes sociais, etc. é criar uma rede de CAPS em todo o país que possam atender dignamente todos os que necessitam.
Um livre pensador deve ficar atento ao domínio que as palavras possuem sobre a própria mente.
Hospital é onde os doentes são tratados?
Em alguns casos são lugares onde os doentes são mal-tratados.
No caso dos hospitais psiquiátricos são lugares onde normalmente há um
NÃO TRATAMENTO.
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