quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Toda burocracia nasce de uma "boa alma"

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A mudança na lei do divórcio é um momento interessante para entender como nascem as burocracias que infernizam a vida das pessoas.

Pela proposta em votação "casais que estejam de acordo sobre a decisão de se separar e que não tenham filhos menores e incapazes, a requerer sua separação judicial por meio eletrônico" (Jornal da Tarde).

Ou seja, se as pessoas querem se separar usa-se a internet. É mais rápido, simples e objetivo.

É aí que aparecem as "almas bondosas" preocupadíssimas com a banalização do casamento.

Estas almas bondosas sempre estão preocupadas com alguma coisa e querem ajudar.

Quase sempre esta ajuda significa criar REGRAS E MAIS REGRAS que só servem para pentelhar a vida das pessoas.

Para não "banalizar" o casamento a solução é complicar o divórcio.

Quanto mais complicado menos divórcio?

Se o divórcio for muito complicado será que os casais vão ser mais felizes?

Estas pessoas não entendem que cada pessoa tem o direito de cuidar da própria vida.

Será que estas almas não entendem que a burocracia cria, no máximo, mais infelicidade e corrupção?

Se elas querem salvar alguns casamentos não é mais simples ajudar casais a se entenderem?

Outro dia eu li um texto de uma destas almas maravilhosas e interessadíssimas no futuro do planeta propondo que em todas as escolas as crianças deveriam aprender a cultivar árvores. Uma tolice total. Certamente ela gostaria que surgisse mais uma lei que obrigasse tal fato.

Seria mais uma burocracia a ser cumprida.

Provavelmente já ultrapassamos a marca de um milhão de leis estaduais, municipais e federais. (Quem souber o número exato por favor me mande ).



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