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A mudança na lei do divórcio é um momento interessante para entender como nascem as burocracias que infernizam a vida das pessoas.
Pela proposta em votação "casais que estejam de acordo sobre a decisão de se separar e que não tenham filhos menores e incapazes, a requerer sua separação judicial por meio eletrônico" (Jornal da Tarde).
Ou seja, se as pessoas querem se separar usa-se a internet. É mais rápido, simples e objetivo.
É aí que aparecem as "almas bondosas" preocupadíssimas com a banalização do casamento.
Estas almas bondosas sempre estão preocupadas com alguma coisa e querem ajudar.
Quase sempre esta ajuda significa criar REGRAS E MAIS REGRAS que só servem para pentelhar a vida das pessoas.
Para não "banalizar" o casamento a solução é complicar o divórcio.
Quanto mais complicado menos divórcio?
Se o divórcio for muito complicado será que os casais vão ser mais felizes?
Estas pessoas não entendem que cada pessoa tem o direito de cuidar da própria vida.
Será que estas almas não entendem que a burocracia cria, no máximo, mais infelicidade e corrupção?
Se elas querem salvar alguns casamentos não é mais simples ajudar casais a se entenderem?
Outro dia eu li um texto de uma destas almas maravilhosas e interessadíssimas no futuro do planeta propondo que em todas as escolas as crianças deveriam aprender a cultivar árvores. Uma tolice total. Certamente ela gostaria que surgisse mais uma lei que obrigasse tal fato.
Seria mais uma burocracia a ser cumprida.
Provavelmente já ultrapassamos a marca de um milhão de leis estaduais, municipais e federais. (Quem souber o número exato por favor me mande ).
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Mensagem da noite
Há 2 semanas
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