quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Bom exemplo de Seul e o mal exemplo de São Paulo

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Era assim:





Ficou assim:















São Paulo está gastando R$ 1,3 bilhão para ampliar a marginal Tietê, ou seja, para sufocar ainda mais as margens do rio com asfalto. Como não esperar mais enchentes?

Como lembrou ontem na Folha o engenheiro Roberto Watanabe, da Unicamp, Seul está fazendo o oposto.

Decidiu encolher as pistas que percorrem 40 km ao longo do rio Han pela capital sul-coreana.

Em 20 anos de programa de despoluição, que localiza e multa quem lança dejetos no rio, o Han está mais limpo e agora chegou a vez de mudar o entorno.

O projeto foi lançado há dois anos, mas eles já conseguiram inaugurar três parques ao redor do rio em 2009. Planejam criar outros 30 espaços verdes até 2013, ligados por ciclovias, acessos para pedestres e terminais de ônibus.

Dezoito quilômetros de concreto ao longo do Han DESAPARECERÃO nos próximos três anos. De embarcações turísticas a restaurantes e ginásios, a prefeitura já pensa na nova vocação econômica da área recuperada.

“De uma cidade orientada para carros viramos um lugar pensado para humanos”, diz Lee In-Keun, secretário de Infraestrutura. Um canal está em construção para evitar enchentes.

Em 2003, Seul ressuscitou um riacho que tinha sido canalizado e coberto por um elevado de 6 km, o dobro do Minhocão. O elevado foi demolido e o novo rio virou cartão-postal -o parque horizontal às suas margens recebe 90 mil pessoas por dia.

... Mas São Paulo não tem coragem de interromper o que não deu certo nas últimas sete décadas. Refém de empreiteiras, dinheiro não falta para viadutos e túneis que só mudam os congestionamentos de lugar, priorizando o uso do carro ao transporte público.

Cada túnel prometido como solução se revela ineficaz logo após ser inaugurado. Como o Minhocão, as marginais que asfixiam os rios são um legado do malufismo urbanístico.
A falta de uma política habitacional permitiu a ocupação e a favelização de áreas de mananciais e riachos da periferia. O escoamento natural da água das chuvas foi concretado pelo homem.

Se as marginais Tietê e Pinheiros encolherem, talvez milhares de paulistanos comecem a exigir mais transporte público em vez de novos túneis e viadutos. Para um caos que parece irreversível, será auspicioso. (Folha de SP)


Nota do Chicão:


Ainda dá tempo de parar o investimento da "nova marginal".

A voz do atraso tem que ser vencido.

Enquanto o governo de São Paulo tem um déficit de 80 mil professores que NÃO SÃO CONTRATADOS sobra dinheiro para obras faraônicas.

O Serra torra dinheiro, endivida o estado, não paga dívidas e, ainda, investe mal.

É um ser atrasado.

Um novo Maluf.

Uma pessoa cuja sede de poder superar todos os limites.

Um espírito pouco evoluído. Pouco ético e pouco verdadeiro.


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Mais pontes e avenidas, mais congestionamento.

Mais metrô e ciclovias, menos poluição.



Texto realizado com o apoio do Blog do Luis Favre



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