quarta-feira, 18 de março de 2009

Rede Record, Rede Globo e Folha de São Paulo e NACIONALISMO

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Fiquei sabendo que a circulação do jornal Folha de São Paulo diminuiu de 513 mil (1998) para 299 mil (2008). Uma queda enorme.

Com menos leitores o jornal torna-se mais dependente dos anunciantes. Principalmente dos grandes anunciantes. Os maiores anunciantes são governos e algumas empresas (boa parte delas multinacionais).

Quem tem dinheiro tem poder. Poder de influenciar juízes, jornalistas, políticos e a linha editorial de jornais.

A liberdade de imprensa acaba se tornando liberdade de quem tem dinheiro, pois custa muito caro manter um jornal.

Isto explica muitas notícias que saem na Folha de SP. E explica muitas notícias que DEIXAM de sair no jornal. Os assentamentos ligados ao MST produzem MILHÕES de toneladas de alimentos. Qual a probabilidade deste fato virar notícia, ser debatido e receber muitas reportagens? NENHUMA.

A imprensa conservadora depende cada vez mais, para sobreviver, de ser compromissada com os grandes interesses, principalmente do capital internacional.

Continuar a ter acesso a linhas do BNDES em igualdade de condições com pequenas e médias empresas genuinamente nacionais é um dos pontos que interessam ao grande capital internacional.

Imagine você: uma empresa de logística inglesa vem para o Brasil e começa a transportar carga. Ela tem acesso a linhas de créditos da mesma forma que uma pequena transportadora do interior. Advinha se a concorrência vai ser justa?

Moral da história: a classe média reclama de que está cada vez mais difícil montar pequenos negócios no Brasil. Elas acham que o problema é apenas os impostos e burocracia. Não, não é apenas isto. Os créditos mais baratos acabam indo, em grande parte, para financiar o grande capital. Um exemplo é a empresa Anglo-american (minérios) que veio para o Brasil e já "papou" alguns bilhões do BNDES. Tudo dentro da lei e com o apoio dos jornais conservadores que dependem das verbas destas grandes empresas.

Mudando de assunto: quem desafia a rede Globo? A rede Record. Acho que no final deve vencer a Record. A globo e outros vão fazer muita pressão para aumentar o capital estrangeiro na área de televisão. Querem ter sócios "fortes" para sobreviver.

Dois pontos:

1) muito pior que a hegemonia da Globo será uma possível hegemonia da Record (igreja universal). Bem pior que uma hegemonia Americana será uma hegemonia chinesa.

2) parece piada os estrategistas militares brasileiros acharem que o risco para nossa nação são as reservas indígenas. Quem é verdadeiramente nacionalista deve estar atento a alguns fatores:

- desnacionalização da imprensa e da TV, Tv a cabo, rádio, etc. Muito melhor do que invadir um país é fazer a cabeça da população para seguirem os interesses dos dominadores estrangeiros.

- desnacionalização da educação (escolas e universidades) - fazer a cabeça da juventude para acreditarem no que interessa aos outros países.

- acordos globais de empresas que não dão a mínima oportunidade de empresários brasileiros se mostrarem competentes e concorrerem de igual para igual. (Quem quiser um exemplo estudem o acordo entre a Motorola e a Manpower. A Manpower passou a cuidar da área de seleção de pessoal da Motorola e os empresários de Campinas, que faziam muito bem feito a tarefa, foram jogados NA LATA DO LIXO).

QUEM É VERDADEIRAMENTE NACIONALISTA DEVE PRESTAR MUITA ATENÇÃO AO QUE FOI DESCRITO NESTE TEXTO E PARAR DE FOCAR NOS ÍNDIOS QUE SÃO TÃO BRASILEIROS QUANTO NÓS.



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