terça-feira, 17 de março de 2009

O retrato da educação em São Paulo

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Hoje é 17 de março de 2009. As aulas das escolas estaduais de São Paulo começaram em fevereiro. Os livros didáticos mandados pelo governo federal chegeram nas escolas em janeiro.

Tudo certo para o começo das aulas?

Não. Está a maior bagunça nas esolas estaduais. Falta professores, falta manutenção, falta tudo.

Os jornais conservadores não expõem a calamidade. A classe média finge que não há problemas. E a classe baixa não se manifesta.

Fica tudo por isto mesmo. Afinal, educação não dá voto.

Para ter o que falar, o governo do estado de SP teve algumas idéias. Uma delas foi desprezar os livros que recebe GRATUITAMENTE E NA DATA CORRETA e gastar dinheiro com outros.

Para copiar a "grande qualidade" do Objetivo, COC, Anglo, etc. o governador resolveu apostar no marketing das APOSTILAS.

Isto mesmo. Despreza o que é gratuito e tem qualidade. Gasta tempo e dinheiro para fazer marketing.

Nas coxas, o governo fez apostilas para serem distribuídas para os alunos.

Começaram a distribuir agora, no meio do ano letivo.

Como as apostilas estão cheias de erros vão ter retirar de circulação muitas (a de geografia tem 2 Paraguais na América do Sul, por exemplo). Daqui a alguns meses chegarão as novas apostilas.

Este é o retrato de um projeto político tomando conta da educação em SP.

Existem outras idéias geniais do governador:

- comprar centenas de milhares de revistas recreio para distribuir para as crianças (marketing de graça para a Abril e muito milhões no bolso da editora). Só falta agora o governador, para ter o apoio do Renato Aragão, comprar todos os filmes dos Trapalhões para distribuir para as crianças.

- comprar centenas de milhares de revistas Nova Escola e distribuir para os professores. Um professor de história citou 4 revistas que seria mais útil para ele. Outro professor, de ciências, citou outras 5 revistas que seriam mais úteis para ele. Nenhuma delas é da turma da Abril e nenhuma delas está engajada na eleição do Serra.

- remunerar os professores por competência. Até que a idéia não é má. Mas o golpe eleitoral é básico. Para ter maiores salários o professores ficarão tentados a "ajudar os alunos" a terem notas maiores nas provas. Não necessariamente eles vão saber mais...

É a opção política de quem está louco para ser presidente e não tem limites e nem preço para conseguir seu intento.

Esta é a fraqueza do Serra.

Esta é desgraça da educação de SP, no governo Serra e na catástrofe que foi o governo Alckmin.




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Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Chicão
Por favor veja os números:

A secretária da Educação, Maria Helena Guimarães, informou que, na média do Estado, o Idesp aumentou. A evolução, porém, foi tímida. Em uma escala de zero a dez, a nota média dos estudantes de 1ª a 4ª série subiu de 3,23 em 2007 para 3,25 em 2008. De 5ª a 8ª, de 2,54 para 2,60. E, no ensino médio, de 1,41 para 1,95. A meta da secretaria para 2030 é que todas as escolas do Estado tenham, da 1ª a 4ª série, nota 7 no Idesp; da 5ª a 8ª, nota 6; e, no ensino médio, nota 5. Os patamares aproximariam São Paulo dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

De 1 a 4 ª série
de 3,23 para 3,25 significa 0,02 muito avanço mesmo

de 5 a 8 ª série
de 2,54 para 2,60 significa 0,04

no ensino médio
de 1,41 para 1,95 significa 0,44 menos de 0,5

Saudações
Avelino