sábado, 13 de dezembro de 2008

Estratégia eleitoral: um ex-deputado ruralista na secretaria do meio ambiente do estado de São Paulo

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Xico Graziano. Este é o nome que quase nunca aparece nos jornais e blogs conservadores.

Um ex-deputado federal ligado aos ruralistas, grande lutador CONTRA as medidas de proteção ao meio-ambiente.

Presidiu o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), foi pouco eficiente. Liderou a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo e tomou sempre partido dos ruralistas. Aliás, grandes ruralistas, pois o interesse do pequeno e do médio produtor poucas vezes foram atendidos.

Quando o Serra foi eleito, com a cabeça em 2010, ele chamou este senhor para cuidar do meio ambiente. O objetivo é se mostrar confiável para setores do meio rural. Principalmente para grileiros e desmatadores que possuem muita força política nos grotões do país.

A polícia florestal de São Paulo já era uma piada no governo Alckmin. Continuou sendo uma piada no governo Serra. A proposta do governo Serra para o Pontal do Paranapanema é entregá-lo para os grileiros. Um absurdo!

Tudo é feito para dizer a estes senhores que JAMAIS se interessam em preservar as florestas e a natureza que o Serra é “gente boa”.

São escolhas políticas. Uma estratégia política traçada com cuidado. Destinada a ganhar o poder, mesmo que o preço seja a destruição da Amazônia e da natureza.


Leia a notícia abaixo, uma notícia que os ruralistas odeiam:


Procuradoria no Pará ajuíza 107 ações por desmatamento

No total, são cobrados R$ 2 bi pela retirada ilegal de 1,77 milhão de m3 de madeira

Quantidade é suficiente para encher 71 mil carretas; seleção focou empresas que até 2007 deviam maiores quantias em multa ao Ibama


Os procuradores querem que os acusados paguem R$ 2,12 bilhões pela retirada de 1,77 milhão de metros cúbicos de madeira, suficiente para lotar 71 mil carretas. A área desmatada pelos acusados, segundo estimativa do Ministério Público Federal, é de 364 quilômetros quadrados, área pouco maior que Belo Horizonte.

O procurador da República Daniel César Azeredo afirma que quase todas as empresas ou pessoas acusadas de desmatamento ilegal possuíam planos de manejo florestal inadequado para a exploração de madeira.

Ele afirma que as ações criminais propostas no Estado foram ineficientes para combater as irregularidades ambientais. Sendo assim, a Procuradoria decidiu que a partir de agora ingressará com ações indenizatórias contra os que desmatarem.

Os procuradores selecionaram as empresas que, até 2007, deviam as maiores quantias em multa ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Também foram incluídos madeireiros investigados pela adulteração do sistema eletrônico de créditos florestais do órgão ambiental federal.

As 107 ações citam 202 pessoas. Além do pagamento das multas por irregularidades, os procuradores querem o reflorestamento das áreas desmatadas ilegalmente. A maioria das ações, 15, são de Paragominas (324 km de Belém).

A Procuradoria no Pará diz que praticamente metade das empresas denunciadas é alvo de outras investigações ou respondem a processos judiciais. O órgão afirma que a maioria das empresas já cometeu outras irregularidades, como uso de mão-de-obra escrava.
(folha de São Paulo)




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2 comentários:

Ricky Mascarenhas disse...

Parabéns velho Chico o Blog tá ótimo, como tudo que vc escreve.
Parabéns
abraços

Anônimo disse...

Chicão, sabe porque o pessoal não paga estas multas do IBAMA? Elas são iguais à multas aplicadas em um Carro com Placa Oficial (Do Governo). Você as pagaria? O jeito usado pelo IBAMA está totalmente equivocado.

A propósito, Chicão você já morou na região amazônica ou ao menos já viajou algumas vezes por aquela região?

Equivocado você está também com o Xico Graziano de São Paulo.

Att, Telmo Heinen - Formosa (GO)