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Perguntei aproximadamente o seguinte: “Ministro Patrus, eu gostaria de trazer a discussão para o campo da Comunicação. Ontem mesmo, o Bolsa Família foi pauta do Jornal Nacional. Na matéria, mostraram uma moça que recebe o auxílio, dizendo que preferia que a renda viesse de um emprego, e um especialista, dizendo que o Governo deveria investir mais e gastar menos. Sendo ‘o gasto’ o Bolsa Família. Matérias como essa dão a entender que Programas de Transferência de Renda inibem ou prejudicam a geração de emprego. Entretanto, a realidade mostra justamente o oposto. Como o Senhor avalia a relação da mídia com a temática da transferência de renda?”
... Patrus Ananias foi categórico! Não tive como registrar as palavras exatas, infelizmente. Mas o Ministro falou que os Programas Sociais têm grandes inimigos, a Rede Globo é certamente um dos maiores. Disse que já ouviu de editores globais que eles respeitam a pessoa do Ministro, sua trajetória, mas são contra os Programas do Governo. Para Patrus, é nítida a má vontade da mídia para com as ações do Desenvolvimento Social, pois existe uma verdadeira disputa pelos próprios recursos da nação.
Enquanto os Governos anteriores investiam em infra-estrutura, para que a classe empresarial fosse beneficiada, este Governo destina parte dos recursos públicos para a população mais pobre. O discurso do “mais investimento e menos gasto” está mascarando uma falácia: de que o desenvolvimento econômico por si só garante avanço social. Para o Ministro, isto não procede, já que o próprio Brasil teve momentos de grande crescimento econômico, mas a pobreza e a miséria persistiram. Daí a necessidade de Políticas Sociais. Ficou claro que o Bolsa Família não está isolado, mas compõe toda uma rede de Programas, que também incluem capacitação profissional, doação de equipamentos, compra da produção de pequenos agricultores, financiamento pelo Pronaf, democratização do acesso à água (com Cisternas) e à eletricidade (com o Luz Para Todos), Restaurantes Populares, enfim. Uma série de medidas que substituem 'assistencialismo' por Políticas Públicas de Desenvolvimento Social, e resgatam brasileiros da situação de miséria e pobreza, incluem massas no mercado de consumo – o que gera um efeito multiplicador e beneficia toda a economia, e garantem o direito constitucional ao mínimo de dignidade, à segurança alimentar, à vida.
Do Blog Crápula Mor
Nota do Chicão:
O programa Bolsa Família é um dos melhores programas econômicos que o Brasil poderia ter.
Nesta crise estamos aprendendo isto. Os empresários dizem: os empregos dependem do CONSUMO. Ou seja, se o povo comprar e as empresas venderem, elas terão que contratar funcionários para fabricarem os produtos.
Ou seja, o desenvolvimento do Brasil depende do CONSUMO. E O CONSUMO DEPENDE DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA.
Já cansei de escrever aqui no Blog do Chicão. Uma pessoa que ganha 50 mil reais por mês vai tomar tanto leite quanto uma pessoa que ganha mil reais. Portanto, para aumentar o total de leite vendido é muito melhor ter 50 pessoas ganhando mil do que uma ganhando 50 mil.
De modo tímido, é o que o Bolsa Família faz. Gera distribuição de renda. Pessoas pobres aumentam um pouco o seu poder de compra. Com isto podem fazer a economia brasileira girar, ou seja vender mais.
Vendendo mais os emrpesários investem mais e por aí vai...
A luta da Globo não é somente contra o Bolsa Família, é contra toda e quaisquer leis e programas que possam transferir renda e democratizar a sociedade. Vide o desejo dela da auto-regulação (nós mandamos e vocês ficam só "olhando").
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Mensagem da noite
Há 4 dias
3 comentários:
Nossa! É realmente escandalosa a inversão de valores e a manipulação das informações que a mídia tem feito neste caso do Castelo. Estão se superando na desonestidade intelectual. Acho que desde o caso dossiê não via algo tão acintoso. Gostaria que todos os brasileiros tivessem acesso a esse lado da história que você coloca. À versão da mídia, certamente, muitos terão acesso. Pesquisei no Google o título da reportagem do Estadão que você citou e ela foi reproduzia em várias agências de notícias e jornais locais. O que seria do Brasil se dependessemos da mídia?
Bom dia a todos.
Lamentavelmente, o próprio governo brasileiro é condescendente com a rede globo de manipulação; poderia ser pedido o direito de responder à estas "informações" distorcidas, cujo objetivo é apenas confundir os mais descuidados (que são maioria) e denegrir a imagem do ótimo governo Lula. Mas o govern o prefere anunciar sem parar na globo e manter os cofres desta organização nefasta abastecidos. PAREM DE ANUNCIAR NA GLOBO e deixem a Globo desaparecer. Limparia o ar que respiramos.
H. Cantanhede.
A pornografia das notícias continua.
Nossa mídia faz boqete, bola gato, ball-kat, qlqr outro nome desde q seja prá o poder economico representado pelo lixo q reflete a s FIESP + FIERJ +FIEMG + FIER o cacete.
Nao temos mæidia, temos esgoto a céu aberto - escrito, falado, televisado, radiofonizado, etc.
A verdadeira mæidia do Brasil nasce na blogosfera.
A inclusao digital vai matar e desempregar essa cambada, prá sempre.
Mas, cuidado!.
A 1ra gercao de blogues/blogueiros veio do tal período mensalao.
A 2da, veio dos q receberam 1 pé na bunda da Der Göbbels, q abriram freguesia no cyber botecos e fizeram a fama - q nos lhes demos por terem atacado a maldita imprensalao.
Mas, c/ o passar dos tempos, vao caminhando pro centro, senao prá direita sem escrúpulos.
Vide Na$$If + PHTamborim + Azenhenhém + WHO?drigo Vianna + Mino Berlusconi + ...
A 3ra turma é q tá pegando pesado contra a mídia podre e do atraso. E inclusive, contra esses psudo blogueiros da contra-informacao.
Inté,
Murilo
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