quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Expedição registra experiências de restauração em quatro municípios de MT

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A 1ª Expedição de Restauração Florestal das Cabeceiras do Rio Xingu aconteceu entre os dias 4 e 10 de outubro de 2009, passando por quatro municípios do nordeste do Mato Grosso, ao longo de 850 km de estradas de terra, organizada pelo Instituto Socioambiental (ISA), no âmbito da Campanha Y Ikatu Xingu.


Durante uma semana, 27 pessoas, vindas de 11 cidades diferentes de Mato Grosso, São Paulo, Amazonas, Bahia e também da Noruega, visitaram oito áreas experimentais, e dois viveiros onde estão sendo testadas diversas técnicas de Restauração de Áreas Degradadas, que têm em comum o uso de semeadura direta de sementes florestais nativas consorciadas com plantas anuais e semi-perenes, como leguminosas de adubação-verde e variedades agrícolas. (Saiba mais~no site do ISA).

As áreas experimentais visitadas contemplaram tanto a realidade da agricultura familiar, como a da média propriedade e grande propriedade. As técnicas utilizadas em cada local são tentativas de se encontrar as que se adequem melhor às condições socioeconômicas e ambientais de cada perfil de produtor rural. No planejamento de cada experimento foi observado, além das condições de solo e potencial de regeneração natural, também o maquinário e a mão de obra disponível na propriedade, assim como as técnicas de plantio e as variedades agrícolas e nativas, que esses produtores dominam mais. As experiências e aprendizados foram apresentados pelos próprios agricultores que as estão desenvolvendo, discutindo-se com os membros da expedição e com o precursor da agrofloresta no Brasil, o pesquisador Ernst Gostch, que participou nos três primeiros, visitando algumas áreas que ele mesmo havia implantado em assentamentos da região em 2006.

“São plantios planejados junto aos agricultores que toparam testar técnicas inovadoras de reflorestamento, frustrados com as técnicas convencionais de plantio de mudas e coroamento, Eles agora desenvolvem técnicas promissoras para cada realidade da região, mas ainda há muito o que melhorarmos", avalia Eduardo Malta, responsável técnico do ISA pelos projetos de restauração florestal da Campanha Y Ikatu Xingu.

Leia mais aqui:
http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=2976


Nota do Chicão:

Em um período de destruição em larga escala, aprender a recuperar é fundamental.

A ser humano sempre foi destrutivo.

O desafio agora é deixar de sê-lo.

Dominar seus instintos e cultivar o que há de nobre dentro de cada um.

É um caminho de construção de conhecimentos técnicos e de busca da espiritualidade e da caridade.

São dois vetores que devem andar juntos.

A construção de conhecimentos adequados à preservação e à sustentabilidade deve ter primazia dos recursos públicos.

Hoje recebe muito pouco do dinheiro investido em pesquisa.

Estes valores devem aumentar e até ser maioria.

Devemos pressionar para que esta mudança ocorra.



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Um comentário:

dirlene@face.ufmg.br disse...

Oi Chicao
Eu tambem concordo com voce. Ou acordamos agora, ou vamos amargar a destruiçao de um belissimo pais, como é o Brasil. Ja nao da mais o Lula afirmar que, se os outros puderam desenvolver destruindo a natureza, que temos de fazer o mesmo. Gostaria de entrar em contato com os responsaveis pela expediçao.
Saudacoes
Dirlene