sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ética: é isto o que incomoda os conservadores

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Você se indigna com o senado?

Torce contra o Sarney e "esquece" do senador Arthur Virgílio?

Conversa sobre a mentira da Lina Vieira?

Diz que o Brasil tem que combater a corrupção?

Conversa somente sobre aquilo que os jornais e TV fazem VERDADEIRAS CAMPANHAS?

Pois eu te pergunto:

você acha que a família Marinho (Globo), bipo Macedo (Record), família malufista Saad (Band), a família Civita e o grupo sul-africano que ficou bilionário defendendo o racismo (editora Abril) querem mesmo que o Brasil acabe com a impunidade?

Eu não acredito.

E dou um exemplo: qual é uma das principais ações que o Brasil precisava fazer para diminuir a corrupção e lavagem de dinheiro?

Qual é uma das principais ações que o Brasil precisava fazer para dificultar e tornar mais cara a vida daqueles que roubam MUITO, desviam MUITO e aprontam MUITO?

É fundamental controlar o fluxo clandestino de dinheiro. Principalmente através do câmbio ILEGAL. O chamado dolar paralelo, que sempre foi divulgado pelos jornais conservadores.

Sempre foi divulgado como se fosse algo normal, natural. Afinal, a lei não serve para os amigos dos donos das empresas jornalísticas que sempre usaram em larga escala o câmbio ILEGAL.

Veja esta notícia, que logo vai ser esquecida. Ela é fundamental para vocês entenderem o incômodo que algumas ações causam. É POR ISTO QUE AS FAMÍLIAS ACIMA FAZEM QUESTÃO DE FALAR QUASE NADA SOBRE O ASSUNTO E ESCREVER MENOS AINDA.

ELA DEVE SER UMA QUASE NÃO NOTÍCIA.

É uma notícia que incomoda quem faz coisas erradas.

Está lotado de colarinhos brancos doidinhos para tornar esta notícia coisa do passado.

Leia esta notícia, porque outra igual vai ser difícil de encontrar (as fámílias preferem o que distrai a platéia e não mexe com os interesses de seus amiguinhos).


Câmbio ilegal se torna cada vez mais caro e raro

Desde maio de 2003, quando foi montada uma força-tarefa no Ministério Público Federal no Paraná para investigar a remessa ilegal de divisas feita por meio das contas CC5 do Banestado, a profissão de "doleiro" tornou-se um negócio arriscado no Brasil. O caso do Banestado deu início ao uso da delação premiada na investigação de crimes contra o sistema financeiro nacional no país. O foco dos acordos fechados entre a Justiça e os réus é, em geral, o doleiro. Ou seja, aquele que tem as provas: sabe de que forma, de onde veio e para onde foi o dinheiro. De delator em delator, a Polícia Federal acabou por criar um verdadeiro efeito cascata no combate ao mercado de câmbio negro no país.

Desde 17 de agosto de 2004, quando a Operação Farol da Colina pôs nas ruas 800 policiais federais com 215 mandados de busca e apreensão e 123 mandados de prisão temporária em oito Estados do país, outras 18 operações da Polícia Federal tiveram como foco o combate ao mercado negro de moeda estrangeira no país - o que tornou o negócio do câmbio ilegal extremamente arriscado no país. Desde o início das operações de combate e das consequentes denúncias do Ministério Público e abertura de ações penais na Justiça, o spread entre o dólar comercial e o dólar-cabo - nome pelo qual é chamado o sistema ilegal usado para a evasão de divisas - só aumenta: a mediana da diferença entre o dólar comercial e o dólar cabo, que em 1999 era de 3,29%, passou a ser de 11,64% em 2008. Ontem, enquanto a cotação do dólar comercial ficou em R$ 1,8650, a do dólar cabo foi de R$ 1,9900.

Pelo sistema do dólar cabo, um cidadão que queira enviar recursos ao exterior, mas prefere não utilizar a remessa legal registrada no Banco Central - pelo fato de o dinheiro ser proveniente de crimes como corrupção, sonegação fiscal ou tráfico de drogas, por exemplo - , opera com um doleiro que faz uma operação casada: recolhe reais de quem quer enviar os dólares para fora e entrega o equivalente a quem está vendendo com um deságio, que é o ganho do doleiro. As operações, no entanto, passam por um banco, que, pelas regras existentes hoje, deve informar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) todas as operações suspeitas e as que movimentam valores acima de R$ 10 mil. "Hoje é muito difícil fazer operações de câmbio ilegal", diz o advogado criminalista Jair Jaloreto, sócio do escritório Portela, Campos Bicudo e Jaloreto Advogados.

Com essas regras e a atenção da Polícia Federal voltada para os crimes contra o sistema financeiro nacional, o câmbio ilegal fica cada vez mais raro - e CARO.

Advogados criminalistas que acompanham processos penais decorrentes de operações da Polícia Federal dizem que, por conta das delações premiadas, não há quase doleiros presos no país.

Ainda assim, poucos se arriscam a usar seus serviços - uma vez que foi pego em uma operação da Polícia Federal, qualquer contato com o doleiro se torna alvo de investigações, sendo ele delator ou não. "Sempre acho que esse tipo de câmbio ilegal vai acabar, mas a cada seis meses surge uma nova operação da Polícia Federal", diz a advogada Heloísa Estellita, do escritório Toron, Torihara e Szafir Advogados.

O caso do Banestado investigou mais de 1.170 contas no exterior - que movimentaram ilegalmente US$ 28,1 bilhões -, segundo um balanço da operação feito pelo Ministério Público Federal no Paraná após o fim da força tarefa, em setembro de 2007.

do jornal Valor Econômico




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