sexta-feira, 2 de julho de 2010

Imposição de mãos tem ação sobre o corpo

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GRAD e colaboradores (1961) estudaram o desenvolvimento do bócio tireoideano induzido em ratos tratados por impostação de mãos. Para produzir a doença nos animais, o pesquisador os submeteu a dietas especiais, que favoreciam o surgimento do bócio... À medida que os animais desenvolviam o bócio, eram separados em dois grupos: um controle e um experimental, que eram expostos ao tratamento por impostação de mãos. Também foram criados subgrupos para controlar a possível influência de fatores como os efeitos térmicos produzidos pelas mãos do terapeuta e os efeitos comportamentais resultantes da manipulação dos ratos pelos tratadores.

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O experimento foi realizado em 40 dias, sendo que no final desse período todos os ratos foram examinados para que se determinasse quantos animais em cada grupo apresentavam um bócio significativo. Embora todos os animais apresentassem um aumento no tamanho da tireóide ao término do período de teste de quarenta dias, verificou-se que os animais tratados apresentavam uma proporção significativamente mais baixa de casos de bócio.

Utilizando-se de uma metodologia semelhante quanto a forma e tempo de tratamento, LEI (1991) estudou os efeitos de um tratamento de Qi Gong em camundongos inoculados com diferentes linhagens tumorais (Erlich e Sarcoma-180) sobre a atividade citotóxica NK de células esplênicas, citólise tumoral mediada por macrófagos e níveis de produção de IL-2. Os resultados demonstraram que o tratamento empregado, além de apresentar um efeito inibidor sobre o crescimento de ambas linhagens tumorais, elevou os efeitos das funções imunológicas antitumorais, através de uma elevação da atividade citotóxica das células NK esplênicas.

Estes resultados em modelos animais de experimentação, embora com modelos que possam ser discutidos, reforçam a sugestão de que tratamentos de impostação de mãos, independentemente da técnica empregada, produzem alterações fisiológicas, principalmente no sistema imunológico, e que provavelmente independam de fatores condicionantes, sejam eles ambientais ou psicológicos, envolvidos com o efeito placebo.
 
O texto acoima é parte de uma tese muito interessante apresentada na USP
http://www.amebrasil.org.br/html/Disserta__o_de_Mestrado___Oliveira_RMJ.pdf
 
 
 
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