sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Saiba porque é tão difícil combater o trabalho escravo

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Adolescentes eram escravos em fazenda de deputado do PSDB

E quem foi eleito para proteger a dignidade do cidadão, acaba sendo exatamente seu algoz. Dessa vez, com o agravante dos nobres políticos também explorarem adolescentes em suas terras, jogando uma pá de cal no futuro do país. E eu fico me perguntando por que ainda me surpreendo com isso…

O deputado federal Urzeni Rocha (PSDB-RR) e o prefeito de Toledo (MG), Vicente Pereira De Souza Neto (PSDB) foram flagrados explorando mão-de-obra escrava em Roraima e Goiás, respectivamente. Ao todo, 47 pessoas foram libertadas de condições análogas à escravidão das propriedades dos políticos no último mês. A apuração foi de Bianca Pyl, aqui da Repórter Brasil, da qual reproduzo alguns trechos:

A primeira fiscalização aconteceu na Fazenda Santana, propriedade do prefeito do município mineiro localizada em Vianópolis (GO), região sudeste do Estado. A operação teve início no dia 13 de novembro e libertou 21 trabalhadores, incluindo dois adolescentes de 16 e 17 anos de idade. Os trabalhadores foram aliciados no Maranhão pelos “gatos” (intermediários de mão-de-obra) Ésio de Jesus Rocha e Walter Moreira da Silva, há cerca de um mês. Os gatos recebiam 4% de toda a produção realizada pelos trabalhadores. Os empregados colhiam batatas.

A jornada de trabalho era exaustiva e os empregados não tinham descanso semanal. A colheita não era suspensa nem nos domingos e feriados. “A pausa para as refeições durava alguns minutos porque, após colhidas, as batatas não podem ficar expostas ao sol por muito tempo”, detalha Roberto.

Os trabalhadores afirmaram que dormiam no chão e tinham que dividir as despesas com alimentação. Eles declararam ter passado fome. O alojamento era uma casa velha sem camas, colchões ou roupas de cama. Os trabalhadores dormiam em redes ou colchonetes velhos e sujos. A cozinha tinha apenas um fogão de duas chamas e uma mesa improvisada, sendo que os alimentos e panelas eram colocados no chão. Havia apenas um banheiro e um chuveiro para todos os trabalhadores.

Durante o dia, os empregados consumiam a água captada das torneiras do alojamento. Nas frentes de trabalho, Não havia água potável nem instalações sanitárias. O mato era usado como banheiro. O empregador não fornecia equipamentos de proteção individual (EPIs) e a maioria trabalhava descalço ou de chinelos, sem luvas ou chapéus. O ônibus que transportava os trabalhadores não possuía certificado de inspeção e não tinha sequer carteira de habilitação para dirigir.

Após a fiscalização, foram emitidas Guias de Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado para as vítimas. O pagamento das verbas da rescisão do contrato de trabalho foi efetuado. A Repórter Brasil não conseguiu localizar o prefeito Vicente Pereira De Souza Neto (PSDB-MG).

A fiscalização na Fazenda Paraíso, do deputado federal Urzeni Rocha (PSDB-RR), no município de Cantá (RR), foi motivada por uma denúncia de um trabalhador à Polícia Federal (PF). A operação ocorreu em 23 de novembro e contou com a participação da Superintendência Regional do Trabalho de Roraima (SRTE/RR), Ministério Público do Trabalho (MPT) e agentes da PF. Foram libertados 26 trabalhadores, incluindo quatro adolescentes, com idades entre 16 e 18 anos. A propriedade tem mais de 3,5 mil cabeças de gado.

Os empregados dividiam a água de um igarapé com os animais. “A mesma água era utilizada para beber, preparar as refeições e tomar banho”, explica Gilberto Souza dos Santos, procurador do trabalho. De acordo com Mário Rocha, auditora fiscal do trabalho, a comida fornecida era de péssima qualidade e quando a fiscalização chegou ao local estava quase acabando. Os trabalhadores eram responsáveis pelo roço de juquira – limpeza de terreno para a formação de pastagem para pecuária.

O empregador assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em que se compromete a pagar R$ 100 mil por danos morais coletivos. “O valor será revertido para programas de alfabetização na região, já que os trabalhadores eram analfabetos. Foi o maior acordo realizado pela nossa Procuradoria [Regional do Trabalho da 11ª Região (PRT-11)] e tem um cunho pedagógico para o fazendeiro”, explica Gilberto, do MPT.

A Repórter Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do deputado na Câmara e foi informada que ele ficará fora até terça-feira (8) e não havia possibilidades de entrevistá-lo. Detalhe: o deputado federal votou a favor da chamada “Emenda 3″, incluída no projeto de lei da “Super Receita”, que impedia que auditores fiscais do trabalho apontassem vínculos entre patrões e empregados quando de irregularidades. Graças ao veto à emenda, a fiscalização realizou com plenitude a sua atribuição na fazenda do político.

Do Blog do Sakamoto
http://colunistas.ig.com.br/sakamoto/2009/12/09/adolescentes-eram-escravos-em-fazenda-de-deputado/


Nota do Chicão:

Existe uma parte da elite brasileira que faz absolutamente tudo fora da lei.

Esta elite elege deputados, senadores, contratam jornalistas, são donos de jornais.

Ela não tem o MENOR INTERESSE que o judiciário funcione e que tenhamos leis eficientes.

Vão boicotar sempre.

Eles buscam a impunidade total.

Aliás, para esta elite o problema do Brasil são os direitos trabalhistas.

Imagine o que eles farão se conseguirem acabar o diminuir os direitos trabalhistas?





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2 comentários:

Jbmartins-Contra o Golpe disse...

Se alguém quiser saber, como o Aécio Neves (pior que Serra) consegue ser tão blindado, de uma olhada aqui
http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/EdicaoNoticiaIntegra.asp?id_artigo=1403

Polistyca disse...

PT escraviza mentes. Lavagem cerebral.
E a Copa do Mundo no Brasil, o que dizer?
“Muito engana-me, que eu compro”
Em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis. A Copa das Copas®, do PT e de lula.
Estilo PT de ser, hein?
Jamais esquecer a Comunicação Petista: PT [TM] = “Me engana que eu compro”.
E PT®?
“Muito engana-me, que eu compro” = Partido dos Trabalhadores[™].
E o PT®? Qual o poder constante de sua propaganda ininterrupta?
Eis:
Vive o PT© de clichês publicitários bem elaborados por marqueteiros. Estilo do brilhante e talentoso João o Milionário Santana. Nada espontâneo.
Mas apenas um frio slogan (tal qual “Danoninho© Vale por Um Bifinho”/Ou: “Skol®: a Cerveja que desce Redondo”/Ainda: “Fiat® Touro: Brutalmente Lindo”). Não tem nada a ver com um projeto de Nação.
Aqui a superficialidade do PETISMO:
0. “Coração Valente©”
1. “Pátria Educadora™” [Buá; Buá; Buá].
2. “Pronatec©”
3. “A Copa das Copas®”
4. “Fica Querida©”
5. “Impeachment Sem Crime é Golpe©” [lol lol lol]
6. “Foi Golpe®”
7. “Fora Temer©”
8. “Ocupa Tudo®”
9. “Lula Livre®”
10. “®eleição sem Lula é fraude” [kuá!, kuá!, kuá!].
11. “O Brasil Feliz de Novo®”
12. “Lula é Haddad Haddad é Lula®” [kkkk]
13. “Ele não®”.
14. “Minha Casa, Minha Vida©”
15. “Saúde não tem preço®”
16. “Haddad agora é verde-amarelo®” [rsrsrs].
17. “Bolsa Família®”
18. “LUZ para TODOS™”(kkk).
19. (…e agora…): “Ninguém Solta a Mão de Ninguém©”
20. “Água para todos©” (é mesmo?)
21. “Mais Médicos®”, pura propaganda e publicidade
22. PT = “Controle social da mídia” [™] (hi! hi! hi!): desejo do petismo.
23. “Brasil Carinhoso©” [que momento açucarado].
24. “bela, recatada e do lar”
25. “Rede cegonha©”
26. “SKOL®: a Cerveja que desce RedondO”.
PT© é vigarista e aderente ao charlatanismo.
Vive de ótimos e CALCULADOS mitos publicitários.
É o tal de: “me engana que eu compro”.
Produtos disfarçados, embalagens mascaradas e rótulos mentirosos. PT™!
Nós todos gostamos de consumir alguma coisa, com certa constância. Então isso seria bom… Mas não nesse caso. PT™ é uma farsa, simulacro Kitsch. Um partido de extremo mau gosto.