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O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, vai pedir ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, a redução de impostos que incidem sobre os equipamentos de geração de energia solar e eólica com o objetivo de incentivar o desenvolvimento dessas tecnologias, ainda muito atrasadas no Brasil.
"O nosso parque de produção de equipamento eólico ainda é fraco", afirma.
Minc está preocupado com o resultado dos últimos leilões de energia. A matriz energética brasileira está ficando cada vez mais suja com o avanço das térmicas a carvão e óleo.
Por esse motivo, o ministro afirma que serão anunciadas medidas para estimular o crescimento das energias renováveis no Brasil.
"Nós estamos perdendo o "vento" da história com as eólicas no Brasil. Estamos muito atrás da China. Nosso modelo de leilão de energia eólica está muito travado", diz.
Segundo o ministro, a crise global pode se transformar em oportunidade para o ambiente. A ameaça do aumento do consumo de petróleo por conta da queda no preço do barril não o assusta.
"Não acho que agora vai ser "viva o petróleo". Eu vejo a crise mais como uma oportunidade de descarbonizar."
A idéia do ministro é exigir alguma contrapartida ambiental para os setores que receberem alguma ajuda do governo.
Segundo Minc, o apoio oferecido pelo governo à indústria automotiva, por exemplo, pode ser uma oportunidade para as energias alternativas.
"Queremos que se invista mais no desenvolvimento de carros elétricos, por exemplo. Já que vamos ajudar, uma parte dos recursos deve ser destinada ao desenvolvimento de carros que emitam menos poluentes."
Em 2009, Minc pretende lançar uma campanha de redução da emissão de gases poluentes. "Vamos fazer uma campanha nacional para as pessoas regularem os motores dos carros. A poluição causa três buracos: um no clima, um no pulmão e um no bolso."
Nota do Chicão:
O Brasil tem uma alta carga tributária. Porém, os muitos ricos pagam pouco imposto, as classe média e a classe mais pobre pagam muito imposto.
Reduzir impostos é uma opção para promover o desenvolvimento de algumas atividades. É uma boa notícia.
Todavia, devemos ter propostas de longo prazo. Ou seja, setores poluidores devem pagar mais caro, e pagar para um fundo que invista (por exemplo) em educação. Setores que tiverem benfícios fiscais devem devolver parte do valor sob a forma de ações que comporão os fundos públicos. NADA DEVE SER DADO DE GRAÇA.
O dinheiro público tem sido absorvido por setores privados de várias formas. Uma delas é o uso do dinheiro em "projetos culturais". É preciso mudar estas formas de apropriação do que é público por empresas e pessoas ricas e bem relacionadas.
Por isto, apesar de ser boa a idéia do ministro devemos pensar numa forma de garantir com que os recursos públicos sejam apropriados por fundos públicos que beneficiam diretamente os mais humildes, a ciência, o meio ambiente e a cultura.
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Mensagem da noite
Há 2 dias
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