Dois Brasis diferentes

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Meu blog é um chamado a todos os brasileiros para que tenham RACIONALIDADE.

Não deixem que seus pensamentos sejam envolvidos pela emoção. Pois esta distorce a realidade e engana a verdade.

Vou dar um exemplo:

No governo federal a Controladoria Geral da União (CGU) está fazendo um trabalho maravilhoso de fiscalização do uso dos recursos públicos.

Um trabalho tão bom que deveria ser ampliado.

Com isto tem sanado vários problemas, não só de corrupção, mas também de desperdício, descontrole, desorganização.

É um ponto altamente positivo do atual governo. Você se lembra de algo de útil que A CGU tenha feito na era FHC? Eu não. Era um órgão desaparelhado, com poucos funcionários e, principalmente, sem vontade de fiscalizar.

Isto mudou e mudou para melhor.

Naturalmente que começam a APARECER vários problemas em vários órgãos da adiministração pública.

Os problemas aparecem porque está pior a corrupção ou porque hoje TEM MAIS FISCALIZAÇÃO?

HOJE tem mais fiscalização. Muito mais fiscalização (e deveria ter mais ainda).

Antes era o reino da IMPUNIDADE garantida. O ápice desta impunidade garantida foi o período da ditadura militar. Com a democratização a situação melhorou um pouco.

O trabalho da CGU está sendo um marco importantíssimo nesta fiscalização e combate ao mau uso do dinheiro público.

A mídia onservadora quer negativizar esta realidade.

A estratégia é induzir as pessoas a acreditarem que a corrupção no Brasil está piorando. Para isto repetem diariamente que há uma avanço da corrupção no país.

Qual o objetivo dela? Dificultar a associação entre maior fiscalização e mais casos aparecendo publicamente.

Observem o que acontece no estado de SP. Os governos locais nos últimos 13 anos impediram mais de 70 CPIs para apurar denúncias gravíssimas de corrupção e desmando do governo estadual. Os serviços de auditoria e controladoria do governo simplesmente NÃO FUNCIONAM. Não controlam nada, nada mesmo.

O ministério público estadual é uma piada. Não investiga nada que seja do interesse da população, mas contra o interesse do governador. A imprensa não se interessa por nada e não investiga nada.

Assim forma-se um CIRCUITO DA IMPUNIDADE em São Paulo.

O caso Alstom, que envolve contratos de muitos bilhões de reais só teve um pouco de exposição na mídia porque está sendo investigado na EUROPA.

São dois Brasis diferentes. Um investiga e encara a podridão de frente (governo federal).

Outro esconde tudo e tenta passar a IMAGEM de honestidade, quando na realidade o que existe é um CIRCUITO DE IMPUNIDADE conquistado sabe-se lá a que PREÇO (governo de São Paulo).

Abaixo você vai ler um texto que fala da fiscalização na UNIFESP. Quando é que você ouviu dizer de fiscalização (mesmo de mentirinha) na USP ou na UNICAMP? NUNCA!


CGU lista 94 irregularidades na Unifesp, que omite gastos

Alvo da CPI dos Cartões, universidade deixou de apresentar contas de R$ 178 mi

Controladoria apontou em 2005 e 2006 problemas na entidade como "risco de sobrepreço" e "pagamentos sem processo licitatório"

DA REPORTAGEM LOCAL

Estrela involuntária na CPI dos Cartões depois de constatado que tinha feito gastos de caráter estritamente pessoal e pendurado a conta (de cerca de R$ 12 mil) na fatura do governo, o reitor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Ulysses Fagundes Neto, terá de se explicar no TCU (Tribunal de Contas da União) a respeito de contas que envolvem cifras bem mais vultosas.
Ainda não há previsão para o julgamento dessas contas, referentes a 2005 e 2006. Só em 2005, auditoria da CGU (Controladoria Geral da União), regional São Paulo, apontou falta de prestação de contas de mais de R$ 178 milhões.
Nas auditorias da CGU aparecem problemas que vão muito além do cartão corporativo: "falta de prestação de contas", "pagamentos sem processo licitatório", "direcionamento em processos de dispensa de licitação", "imóveis pertencentes à Unifesp utilizados comercialmente por terceiros ou sem utilização", "risco de sobrepreço".

(FSP)

Lembrem: onde não há fiscalização é onde os ratos buscam a SEGURANÇA para fazerem lambança.
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