segunda-feira, 13 de julho de 2009

Petrobras, ecologia e união, o caso do diesel menos poluente

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A prefeitura de São Paulo articulou-se com algumas entidades ambientalistas para "denunciar" a Petrobras na OEA (Organização dos Estados Americanos) por causa do diesel de baixo teor de enxofre. Há, é lógico, muito interesse político por trás de tal atitude.

O interesse político NÃO desmerece a ação da prefeitura.

Democracia é conflito.

O fato da prefeitura do DEM estar pressionando a Petrobrás é bom para todos nós.

Produzir o tal diesel de baixo teor de enxofre custa MUITO caro. São necessários investimentos de BILHÕES de reais. Em todos os países em que a produção de tal diesel está acontecendo, foi dada às empresas refinadoras de petróleos BILHÕES em subsídios para ajuda-las na mudança das plantas das refinarias.

O que se faz no Brasil: não há subsídio.

E o pior: cobra-se impostos em cima de tal investimento.

Consequência: fica caríssimo tal mudança para produzir o diesel de baixo teor de enxofre.

A Petrobras está investindo muito. Está aumentando MUITO a produção de gás e os gasodutos, que são MUITO mais ecológico que o tal diesel. Esta foi uma opção SENSATA em um país que está com profundas carências de energia. Todos se lembram do apagão da era FHC.

Investir em energia é um planejamento de décadas e não de anos. Somente agora estamos conseguindo um pouco de tranquilidade na questão energética.

Esta tranquilidade permite ao país investir fortemente em energias renováveis, eficiência energética e em tornar os combustíveis menos poluentes.

Esta é a hora da UNIÃO.

Os governos estaduais (municipais e federais) devem ZERAR os impostos incidentes sobre os investimentos na reconversão das refinarias para a produção do diesel menos poluente. Não tem cabimento a Petrobrás pagar BILHÕES em impostos para produzir tal diesel. Destaco aqui os impostos estaduais porque são os MAIORES que incidem em tais investimentos.

Os grandes municípios devem abrir mão de receber dinheiro do ICMS da Petrobrás e receberem ações da empresa em valor equivalente. Este dinheiro servirá para empresa se capitalizar e investir nesta mudança. Com isto DIMINUI os custos financeiros desta operação.

Eu entendo e apoio o jogo político da prefeitura de São Paulo. Afinal, a área de meio ambiente da prefeitura é de uma inutilidade incrível. Pelo menos sobrou a garganta, pois, então, que usem-na.

Não entendo a "inocência" e a falta de visão das entidades ambientais que se associaram à prefeitura nesta acusação contra a Petrobrás. Oferecem o apoio, mas não cobram contrapartidas.


Leia aqui a resposta da Petrobras sobre o diesel menos poluente:

Petrobras e o diesel menos poluente



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